RESUMO
Para bactérias e vírus não há fronteiras e muito menos restrições políticas. As epidemias, desde sempre, não reconhecem as fronteiras políticas, as classes sociais, as escolhas religiosas. A circularidade dos microrganismos exige que os pesquisadores da história desses movimentos não se restrinjam a um espaço e a tempo muito delimitado, como é comum aos trabalhos de história em geral. É necessário comparar, ampliar o círculo de informação para além do próprio objeto. Pesquisar os sinais de rupturas, mudanças abruptas, interrupção de fluxos são movimentos importantes para compreendermos a história das doenças. As comunidades de pesquisadores precisam estabelecer diálogos em múltiplas escalas. Hoje não somos mais um grupo pequeno, envolvendo pesquisadores de uma ou outra região. Nossos eventos contam com representantes de todas as regiões e sempre com a participação dos colegas estrangeiros. Nossa inserção no cenário internacional se ampliou. Nossas contribuições junto aos nossos respectivos programas de pós-graduação demonstram a inserção na formação de novos profissionais e impactam nas avaliações do sistema. As nossas publicações indicam o fortalecimento da área, com dossiês especiais publicados em revistas acadêmicas de diversos programas nacionais e internacionais. O livro que ora temos à disposição é resultado de dois movimentos: o primeiro refere-se à construção de uma área de saber no Brasil, já o segundo reflete os esforços para se pensar e produzir a história da ciência e, especialmente, a história das doenças no Brasil. (AU)
