RESUMO
Introdução: a cirurgia guiada é uma técnica de planejamento virtual para instalação de implantes dentários que possibilita maior precisão e confiabilidade para o cirurgião, possibilitando menor morbidade ao paciente. Entretanto existem erros e distorções durante o processo, que podem resultar em desvios no posicionamento dos implantes. Objetivo: aferir a fidedignidade da tomografia computadorizada de feixe cônico para uso em cirurgia guiada, comparando as medidas reais dos corpos de prova com as obtidas pela tomografia de feixe cônico para identificar distorções e quantificá-las. Metodologia: Foram utilizados três corpos de prova posicionados para tomada tomográfica. 180 medidas foram realizadas com paquímetro digital, e então, submetidos à tomografia computadorizada de feixe-cônico. Após a obtenção das imagens, os pontos foram medidos na tomografia e os valores obtidos no corpo de prova e os da tomografia foram comparados e analisados. Resultados: em 80% das medidas, a tomografia foi superestimada e em 18,33%, mostrou-se menor. Em uma medida (1,67%), as médias dos corpos de prova e da tomografia impressa foram iguais. Na região anterior, a diferença das aferições da tomografia impressa e do corpo de prova foi de 0,45mm, na região posterior foi de 0,34mm, em média. Conclusão: a tomografia computadorizada de feixe cônico é uma ferramenta confiável desde que sejam observadas as margens de erro que apresenta. A aquisição de imagens é apenas uma das etapas da cirurgia guiada, a qual apresenta erros cumulativos que podem comprometer o resultado final se não forem observados e contornados pela experiência do cirurgião.
Introduction: guided surgery is a technique of virtual planning of placement of dental implants that allows greater precision and reliability for the surgeon, allowing less patient morbidity. However, there are errors and distortions during the process, which can result in deviations in implant placement. Objective: to assess the reliability of concomitant computed tomography for use in guided surgery by comparing the actual measurements of the specimens with those obtained by conical beam tomography to identify distortions and quantify them. Methodology: three specimens positioned for tomography were used. 180 measurements were performed with a digital caliper, and then, submitted to computed tomography of beams. After obtaining the images, the points were measured on the tomography and the values obtained in the test specimen and those of the tomography were compared and analyzed. Results: in 80% of the measurements, the tomography was overestimated and in 18.33%, it was lower. In one measurement (1.67%), the means of the test specimens and the printed tomography were the same. In the anterior region, the difference between the measurements of the printed tomography and the test specimen was 0.45mm, in the posterior region it was 0.34mm, on average. Conclusion: conebeam computed tomography is a reliable tool as long as the margins of error are observed. The acquisition of images is only one of the stages of guided surgery, which presents cumulative errors that can compromise the final result if not observed and circumvented by the experience of the surgeon.