RESUMO
A detecção direta do polimorfismo HLA, que até recentemente era uma tarefa difícil, principalmente para os antígenos HLA de classe II, foi facilitada com o advento da reação de polimerização em cadeia (PCR) na definição de alelos por biologia molecular. Os métodos, sorológico e reação de amplificação em cadeia utilizando-se primer de seqüência específica (PCR-SSP), foram comparados na tipificação dos antígenos/alelos HLA-DR e -DQ em doadores saudáveis com o fenótipo de homozigose (blanks) e em pacientes que, por alguma razão, não foi possível tipificá-los pelo método sorológico. Este estudo demonstrou que 21 por cento dos doadores, apresentando blanks pelo método sorológico, tiveram seus alelos definidos pelo método molecular e 17 por cento dos pacientes renais, que não apresentavam quantidade e qualidade adequada de linfócitos B para a definição de seus antígenos HLA de classe II, todos foram definidos pelo método PCR-SSP. A tipagem molecular mostrou-se adequada para tipificar pacientes com baixa quantidade e qualidade de linfócitos B circulantes, diminuiu o índice de homozigose fenotípica para HLADR, possibilitou melhor definição dos splits de HLA-DQ1 e também evidenciou o estabelecimento de associações raras entre DRB1 e DQB1