RESUMO
A ideia de fazermos um trabalho sobre histeria surgiu a partir de nossa pratica no ambulatorio do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. Dentre os pacientes atendidos pelos alunos do Curso de Especializacao de Patologia em Saude Mental, observamos que grande parte destes receberam o diagnostico de Neurose Histerica. Um aspecto que nos chamou a atencao foi o fato de que a maioria destes pacientes eram mulheres. A partir dai realizamos um levantamento do diagnostico de todos os casos atendidos no ambulatorio desta instituicao, no ano de 1982. Vericamos, entao, que havia tambem um grande numero d epacientes com o diagnostico de Neurose Histerica, do sexo feminino. Como era de se esperar em um ambulatorio que mantem convenio com o INAMPS, a grande maioria destes pacientes pertenciam a classe social de baixa renda. O presente trabalho, portanto, se propoe a uma reflexao sobre a estreita relacao entre histeria e feminilidade e na possivel relacao entre histeria e classe social de baixa renda, ressaltando as modificacoes que ocorreram no conceito e quadro clinico de histeria desde a Antiguidade ate os dias de hoje.
