RESUMO
Neste trabalho, será abordado o tema do pai na transmissão da obra lacaniana a partir de dois momentos privilegiados em seu ensino: o seminário conhecido como O avesso da psicanálise e um seminário interrompido, Os nomes-do-Pai. Na única aula deste seminário, Lacan partiu dos nomes de Deus no Antigo Testamento para avançar no conceito de Nome-do-Pai. O Pai, enquanto Deus dos judeus, aparece ali sob três nomes, indicando por onde teria prosseguido aquele seminário: entre singular e plural dos nomes do Pai. Em O avesso da psicanálise, retoma as vertentes freudianas da narrativa edípica Édipo, Pai da Horda e Moisés extraindo delas o que opera enquanto estrutura discursiva. Afirma que o complexo de Édipo é um sonho de Freud que clama por interpretação. (AU)
In this article, we address the theme of the father in the transmission of the Lacanian work from two privileged moments in his teaching: the seminar known as The other side of psychoanalysis and an interrupted seminar, The names-of-the-Father. In the only class of this seminary, Lacan departed from the names of God in the Old Testament to advance the concept of Name-of-the-Father. The Father, as God of the Jews, appears there under three names, indicating where this seminary would have continued: between singular and plural of the Fathers names. On The other side of psychoanalysis, he takes up the Freudian strands of the Oedipal narrative Oedipus, Father of the Horde and Moses extracting from them what operates as a discursive structure. He claims that the Oedipus complex is a dream of Freud and calls for interpretation. (AU)
Assuntos
PsicanáliseRESUMO
Em Psicologia de grupo e análise do ego, Freud estabeleceu os parâmetros que lhe pareciam essenciais para a formação de qualquer grupo, resumindo-os a dois laços emocionais: o amor ao Pai e a identificação aos irmãos. A possibilidade de algo diverso é a questão que move este texto. Também são abordados problemas institucionais no que se convencionou chamar a formação do psicanalista, contrapondo-se uma tendência freudiana a uma lacaniana em relação a estas questões. É sugerida uma aproximação com o anarquismo como forma de retomar e ampliar o debate (AU)
RESUMO
Este artigo inicia retomando a teoria freudiana dos sonhos, acentuando seu caráter imaginário e o processo de transposição para uma literalidade realizado pela análise. Em seguida, trabalha e isola o traço de histrionismo na histeria, tomado da semiologia médica. Em primeiro lugar mostrando as duas posições do discurso médico frente a este traço e, em segundo, mostrando como a psicanálise, tal qual opera frente ao sonho, procura transpor este dar a ver numa literalidade a ser decifrada em mensagem inconsciente dirigida a um Outro, com a consequente implicação subjetiva do sujeito neste processo. Desvela-se assim o aspecto relacional do sofrer e gozar histérico. Ao final, temos o relato de uma sessão intricando teoria e clínica (AU)