RESUMO
Num enfoque antropológico e bio-social o autor estabelece um verdadeiro diálogo do passado com o presente, conjeturando que o processo de descaracterizaçäo do sistema estomatognático, face à influência da alimentaçäo civilizada, constituída de dietas moles, exarcebadas a partir da Revoluçäo Industrial, já era perceptível na Idade média com o acelerado processo de abandono do campo e o consequente crescimento das cidades medievais; período em que se assiste também à legitimizaçäo social do estado da miserabilidade . Considera este autor que quase todos os problemas do nosso sistema estomatognático säo originários de atrofia funcional mastigatória, e embasa seus postulados na Teoria da Matriz Funcional, de Melvin Moss, as Leis do Desenvolvimento de Pedro Planas, e as mais recentes pesquisas de Petrovic, McNamara e Moriyón. Num estudo de casos de maloclusäo, observa-se que a distoclusäo sobressai-se sobre as outras maloclusöes por deficiências no aleitamento à peito e a alimentaçäo preponderantemente mole