RESUMO
Os futebóis ainda não se constituem como uma prática integrante na dinâmica de vida de muitas mulheres no Brasil. Para buscar entender as relações e os motivos que as fazem não vivenciar estas determinadas modalidades, este artigo aborda as experiências de mulheres menos habilidosas com as aulas de futebol/futsal na Educação Física escolar. A partir do aporte teórico/metodológico da História Oral foram realizadas dezoito entrevistas com mulheres adultas que tiveram contato com a modalidade na escola, mas que hoje não possuem ligação com estes esportes. Através dos relatos, conclui-se que o desinteresse pelo futebol/futsal por parte das meninas menos habilidosas e a resistência dos meninos em jogar com as meninas, são resultado de tecnologias de gênero que constituem não só os alunos e alunas, mas também os professores/as que acabam sendo agentes que contribuem para as normas sociais de gênero estabelecidas.
Football is not yet an integral practice in the life dynamics of many women in Brazil. In order to seek to understand the relationships and the reasons that make them not experience these certain modalities, this article addresses the experiences of less skilled women with soccer/futsal classes in school Physical Education. From the theoretical/methodological contribution of Oral History, eighteen interviews were carried out with adult women who had contact with the modality at school, but who today have no connection with these sports. Through the reports, it is concluded that the lack of interest in soccer/futsal on the part of the less skilled girls and the resistance of the boys to play with the girls, are the result of gender technologies that constitute not only the students, but also the teachers. who end up being agents that contribute to established social gender norms.
El fútbol aún no es una práctica integral en la dinámica de vida de muchas mujeres en Brasil. Con el fin de buscar comprender las relaciones y las razones que hacen que no experimenten estas determinadas modalidades, este artículo aborda las experiencias de mujeres menos hábiles con las clases de fútbol/fútsal en la Educación Física. A partir del aporte teórico/metodológico de la Historia Oral, se realizaron dieciocho entrevistas a mujeres adultas que tuvieron contacto con la modalidad en la escuela, pero que hoy no tienen vinculación con estos deportes. A través de los informes se concluye que el desinterés por el fútbol/fútbol sala por parte de las niñas menos habilidosas y la resistencia de los niños a jugar con las niñas, son resultado de tecnologías de género que constituyen no solo a los estudiantes, sino también los docentes, quienes terminan siendo agentes que contribuyen a las normas sociales de género establecidas.