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1.
Porto Alegre; s.n; 2020. 1-92 p.
Tese em Português | MOSAICO - Saúde integrativa | ID: biblio-1343778

RESUMO

A Educação Popular em Saúde é um processo de construção de conhecimentos que busca articular os saberes das pessoas com os saberes dos profissionais de saúde, formando um conjunto de práticas (convencionais ou não) que contribuam para a autonomia e a potência das pessoas nas suas práticas de cuidado em saúde. O referencial teórico da Educação Popular em Saúde parte da Educação Popular, utilizando-se da concepção ampliada de saúde e suas dimensões social, cultural e histórica para pensar e desenvolver cuidado em saúde e suas práticas. Este estudo tem por objetivo conhecer e analisar as práticas e o cuidado em saúde, realizadas por usuários, na perspectiva de unidades de atenção básica do município de Araricá/RS e como estas práticas podem se relacionar com as práticas complementares propostas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e com os saberes populares, na produção do cuidado. Este é um estudo exploratório, descritivo e de abordagem qualitativa do tipo estudo de caso. Os dados produzidos foram organizados para interpretação a partir da análise do discurso (AD). Participaram do estudo 64 usuários das unidades de saúde do município de Araricá/RS com o modelo Estratégia de Saúde da Família, que consentiram e assinaram o TCLE e o termo de uso de imagem e voz. Foram realizadas rodas de conversa com grupos de usuários em locais da comunidade abordando os temas de educação popular em saúde, saberes populares de saúde e cuidado em saúde. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, conforme orienta a Resolução do Conselho Nacional de Saúde n° 466/2012, parecer 3.510.088. Dentre os principais resultados destacamos o cuidado relacionado às práticas saudáveis e ao conviver. As práticas de cuidado desvelam práticas sociais da comunidade, como o compartilhamento de histórias, de receitas culinárias e de comidas, de chás, o uso de plantas. Sobre as formas de cuidado o estudo aponta o uso das práticas alternativas (não convencionais) como parte do cotidiano da comunidade, trazendo para o contexto dos profissionais de saúde das unidades de atenção básica a necessidade de oferecer escuta e dar voz ao que pensam, praticam e acreditam as pessoas em sua singularidade de cuidado. As rodas de conversa, como efeito, fortaleceram um espaço de fala no qual foi possível conhecer as necessidades de saúde dos usuários no território e apontaram o potencial das PICS como dimensão educativa e emancipatória da educação popular. Os processos educativos da prática de cuidar e do cuidado em saúde se afirmam por trocas intersubjetivas entre as pessoas, pelo vínculo e pelo respeito ao Outro enquanto ser cognoscente. A partir desta afirmação é imperativo que se encontre espaço para a expressão dos saberes populares e assim foram desenvolvidos cinco produtos como resultado do processo de pesquisa: a) "SABERES POPULARES: Guia de Chás de Araricá" apresentando as plantas, os chás, as especiarias e os temperos mais utilizados no município de Araricá/RS; b) Documentário "Saberes Populares e Cuidados em Saúde (ARARICÁ, 2020)" mostrando a Educação Popular e como se esta constitui num movimento que se expressa através de práticas de cuidado, na produção de conhecimentos compartilhados, possibilitando a aproximação e diálogo entre o saber popular, o saber científico, os profissionais e as instituições de saúde daquela comunidade; c) Ação de extensão - Sessão cinema ­ o documentário será projetado no Centro Municipal de Cultura de Araricá, como uma sessão de cinema e a comunidade será convidada para assistir e prestigiar um trabalho que foi desenvolvido em conjunto entre usuários, profissionais da saúde e gestão; d) Blog da pesquisadora: utilizado para tornar público e com livre acesso o documentário e o guia de chás, assim como para explicitar os objetivos da pesquisa, apresentar os autores, entre outras informações; e) elaboração de artigo científico; f) elaboração de texto compondo capítulo de livro: A produção de redes de Integração Ensino-Saúde: Experiências de Ensino e Pesquisa. Como considerações finais, compreendemos que ao articular as práticas Integrativas e complementares em saúde (PIC), a educação popular em saúde e o cuidado em saúde mostrou-nos um caminho aberto, uma página em branco para receber os desenhos de vida de cada um, para pensar em novas formas de produzir saúde, com oportunidade de diálogo entre usuários e profissionais da saúde, buscando a decisão em conjunto sobre possíveis formas de unir saberes, com assunção dos sujeitos, com amorosidade, com escuta, construindo itinerários de cuidado e de educação em saúde libertadores, singulares, pautados pelo afeto e pelo compromisso ético do respeito aos saberes, à cultura e à diversidade.


Assuntos
Educação em Saúde , Atenção à Saúde , Atenção Primária à Saúde , Terapias Complementares , Cuba
2.
Rev. Subj. (Impr.) ; 19(3): 1-14, set.-dez. 2019. tab
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1092255

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo investigar a percepção do amor, compreendendo como esse sentimento é vivenciado nas relações amorosas em diferentes etapas do desenvolvimento - adolescência, adultez e velhice. Utilizou-se um delineamento exploratório, de abordagem qualitativa e transversal. Foram selecionados por conveniência nove adolescentes, nove adultos e oito idosos, que estavam em um relacionamento amoroso há, no mínimo, seis meses. Todos responderam a uma entrevista semiestruturada, que versava sobre a percepção do amor e como era vivenciado em seu relacionamento. A análise de conteúdo dos dados indicou diferenças e semelhanças entre as etapas investigadas. Em todas elas o amor foi associado ao apoio, cuidado, respeito e confiança, bem como sua vivência evidenciada pela troca de carinhos. Especificamente na adolescência, os relatos apontaram para um amor com características mais efêmeras, porém os participantes destacaram que estavam aprendendo a se relacionar. Entre os adultos se evidenciou um amor caracterizado como sólido e maduro, além do compartilhamento de sonhos e planos para o futuro. Já os idosos relataram que percebiam o amor como cuidado, principalmente devido ao medo da perda do parceiro. Evidenciou-se que a forma como o amor é percebido e vivenciado não está relacionada especificamente à idade, mas às experiências de vida e à relação que se constrói com o/a parceiro/a. Espera-se que os resultados encontrados promovam a reflexão sobre o amor e suas vivências nos relacionamentos atuais e que sirvam de subsídio para fundamentar intervenções que tenham como objetivo fomentar a qualidade das relações afetivas.


This study aimed to investigate the perception of love, understanding how people experience this feeling in love relationships at different stages of development - adolescence, adulthood, and old age. We used an exploratory design with a qualitative and cross-sectional approach. Nine adolescents, nine adults, and eight elderly, who had been in a love relationship for at least six months, were selected for convenience. All responded to a semi-structured interview, which focused on the perception of love and how it was experienced in their relationship. Data content analysis indicated differences and similarities between the investigated steps. In all of them, love was associated with support, care, respect, and trust, as well as their experience evidenced by the exchange of affection. Specifically, in adolescence, the reports pointed to love with more ephemeral characteristics, but the participants pointed out that they were learning to relate. Among adults, there was a love characterized as solid and mature, as well as sharing dreams and plans for the future. The elderly reported that they perceived love as care, mainly due to the fear of losing their partner. It was evidenced that the way love is perceived and experienced is not specifically related to age, but to life experiences and the relationship that is built with the partner. It is expected that the results found promote reflection on love and its experiences in current relationships and serve as a basis for interventions aimed at fostering the quality of affective relationships.


El presente trabajo objetivo investigar la percepción del amor, comprendiendo como este sentimiento es vivido en las relaciones amorosas en distintas etapas del desarrollo - adolescencia, adultez y vejez. Fue utilizado un delineamiento de exploración, de enfoque cualitativo y transversal. Fueron seleccionados por conveniencia nueve adolescentes, nueve adultos y ocho ancianos, que estaban en un relacionamiento amoroso con un mínimo de seis meses. Todos contestaron a una entrevista semiestructurada que se refería a la percepción del amor y como era vivido en su relacionamiento. El análisis de contenido de los datos indicó diferencias y similitudes entre las etapas investigadas. En todas ellas el amor fue asociado al soporte, cuidado, respeto y fiabilidad, así como su experiencia evidenciada por el cambio de cariños. Específicamente en la adolescencia, los informes indicaron para un amor con características más efémeras, sin embargo los participantes resaltaron que estaban aprendiendo a relacionarse. Entre los adultos se evidencio un amor caracterizado como sólido y maduro, además del intercambio de sueños y planes para el futuro. Ya los ancianos informaron que percibían el amor como cuidado, principalmente debido al medo de la pérdida del compañero(a). Se puso evidente que la forma como el amor es percibido y vivido no está relacionado específicamente a la edad, sino a las experiencias de vida y a la relación que se construye con la pareja. Se espera que los resultados encontrados promuevan la reflexión sobre el amor y sus experiencias en los relacionamientos actuales y que sirvan de subsidio para basar intervenciones que tengan el objetivo de fomentar la calidad de las relaciones afectivas.


Cette étude a eu comme objectif d'étudier la perception de l'amour, en comprenant comment ce sentiment est vécu dans les relations amoureuses à différentes étapes du développement - l'adolescence, la vie adulte et la vieillesse. Une conception exploratoire avec une approche qualitative et transversale a été utilisée. Neuf adolescents, neuf adultes et huit personnes âgées, qui vivaient dans une relation amoureuse depuis au moins six mois, ont été sélectionnés. Ils ont tous répondu à un entretien semi-structuré, qui portait sur leurs perceptions de l'amour et sur la manière comment ils ont vécu dans leurs relations. L'analyse du contenu des données a révélé des différences et des similitudes entre les étapes étudiées. Dans toutes les ages, l'amour était associé au soutien, aux soins, au respect et à la confiance, ainsi qu'à leur expérience attestée par l'échange d'affection. Plus précisément à l'adolescence, les reportages indiquaient un amour avec des caractéristiques plus éphémères. Toutefois, les participants ont souligné qu'ils étaient en train d'apprendre à établir des relations. Parmi les adultes, il existait un amour caractérisé comme solide et mature, ainsi que des rêves et des projets d'avenir partagés. Les personnes âgées ont déclaré percevoir l'amour comme un soin, principalement en raison de la peur de perdre leur partenaire. Il a été démontré que la manière dont l'amour est perçu et vécu n'est pas liée spécifiquement à l'âge, mais aux expériences de la vie et à la relation qui se construit avec le partenaire. On espère que les résultats obtenus favoriseront la réflexion sur l'amour et ses expériences dans les relations actuelles et serviront de base aux interventions visant à renforcer la qualité des relations affectives.


Assuntos
Relações Interpessoais , Amor , Apego ao Objeto
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