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GE Port J Gastroenterol ; 31(4): 256-261, 2024 Aug.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-39022304

RESUMO

Introduction: The outbreak of coronavirus disease 2019 (COVID-19) had affected clinical practice in several ways, including the restriction of nonessential endoscopic procedures. Therefore, our aim was to evaluate how colorectal cancer (CRC) diagnosis and management was affected during the first year of pandemics in Portugal. Methods: This is a Portuguese substudy of the French retrospective multicentric study ETICC (Etude de l'Impact de la pandémie COVID-19 sur le diagnostic et la prise en charge du Cancer Colorectal). We compared patients' characteristics, clinical manifestations, CRC staging at diagnosis, delay to first medical appointment, histological diagnosis, surgical and medical treatments between the year previous to the pandemics (control) and the first year of pandemics. Results: We included 766 patients: 496 in the control group and 270 in the COVID group. There was no significant difference in CRC staging at diagnosis between both groups, with 21% being diagnosed as metastatic in the control group and 22% in the first year of pandemics (p = 0.770). Contrary to what happened in France, there was a significant decrease in CRC diagnosis in asymptomatic patients (25-8.4%; p < 0.001) and after a positive fecal immunochemical test (20.8-11.3%; p = 0.002) during the pandemics. Although the increase in the overall complication rate at diagnosis was nonsignificant, in Portugal, there was a significant increase in diagnosis of abdominal occlusion (12.1-18.1%; p = 0.033). In Portugal, time between the beginning of symptoms and the first medical appointment significantly increased from a median of 50 days to 64 days during COVID (p < 0.001). On the contrary, time between histological diagnosis and tumor resection had significantly decreased from a median of 65 to 39 days (p < 0.001). Time between histological diagnosis and neoadjuvant treatment was not statistically different (median of 64-67 days; p = 0.590), as was time between histological diagnosis and palliative chemotherapy (median of 50-51 days; p = 1.000). Time from CRC resection and adjuvant treatment has significantly decreased from a median of 54 to 43 days (p = 0.001). Discussion: We found a significant impact in CRC diagnosis in the first year of pandemics, more pronounced than what was found in France. These are likely related not only with the closing of endoscopy units but also with the difficulties patients had in finding an appointment with their general practitioners. On the other hand, both in France and Portugal, the first year of pandemics did not worsen CRC staging at diagnosis and did not significantly affect medical and surgical treatments once the diagnosis was made.


Introdução: A pandemia provocada pelo coronovírus (COVID-19) condicionou a prática clínica de múltiplas formas, incluindo a restrição a exames endoscópicos não urgentes. Por este motivo, decidimos avaliar o impacto do primeiro ano de pandemia no diagnóstico e tratamento do cancro colorretal (CCR) em Portugal. Métodos: Este é um subestudo do estudo Francês retrospetivo multicêntrico ETICC (Etude de l'Impact de la pandémie COVID-19 sur le diagnostic et la prise en charge du Cancer Colorectal). Foram comparadas as características dos doentes, manifestações clínicas, estadiamento do CCR ao diagnóstico, intervalos entre primeiro contacto médico neste contexto, diagnóstico histológico e tratamentos, entre o primeiro ano de pandemia e o ano precedente. Resultados: Foram incluídos 766 doentes, 496 no grupo controlo e 270 no grupo COVID. Em França e em Portugal não se verificou um agravamento no estadiamento do CCR à data do diagnóstico no primeiro ano de pandemia, com 21% dos casos metastáticos à data de diagnóstico no grupo controlo e 22% no primeiro ano da pandemia (p = 0.770). Contudo, apenas em Portugal se constatou uma redução significativa do número de CCR em doentes assintomáticos (25% para 8.4%; p < 0.001) ou após uma pesquisa de sangue oculto positiva (20.8% para 11.3%; p = 0.002) durante a pandemia. Apesar do aumento na taxa de complicações ao diagnóstico não ser significativa, em Portugal a taxa de diagnósticos em contexto de oclusão intestinal aumentou significativamente (12.1% para 18.1%; p = 0.033). Em Portugal, o tempo entre início dos sintomas e a primeira consulta médica aumentou significativamente, de uma mediana de 50 para 64 dias durante o COVID (p < 0.001). Por outro lado, o tempo entre diagnóstico histológico e resseção tumoral reduziu significativamente de 65 para 39 dias (p < 0.001). O tempo entre diagnóstico histológico e tratamento neoadjuvante (mediana de 64 para 67 dias; p = 0.590) ou quimioterapia paliativa (mediana de 50 para 51 dias; p = 1.000) não foi estatisticamente significativo, tendo decrescido significativamente o tempo entre resseção e adjuvância (mediana de 54 para 43 dias, p = 0.001). Discussão: Este estudo evidenciou um impacto significativo no diagnóstico de CCR durante o primeiro ano de pandemia, mais pronunciado que em França. Este achado dever-se-á não só à limitação do acesso aos exames endoscópicos, mas também à dificuldade da população portuguesa em aceder aos Cuidados de Saúde Primários. Por outro lado, tanto em França como em Portugal, no primeiro ano de pandemia não se verificou um agravamento no estadiamento ou atraso no tratamento médico e cirúrgico do CCR.

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