RESUMO
Os objetivos do estudo foram investigar a influência de produtos naturais como capim-limão (Cymbopogon citratus), folhas de abacateiro (Persea americana), casca de café (Coffea arabica) e sementes de mamona (Ricinus communis) na defensividade de Apis mellifera, e avaliar o efeito destes produtos no desenvolvimento populacional da colmeia. O comportamento defensivo foi avaliado por meio do tempo da primeira ferroada (TPF), número de ferrões (NFB) e, o desenvolvimento populacional, pela área de cria aberta e fechada. Observou-se que o tratamento fumaça + sete sementes de mamona apresentou aumento significativo no TPF, em relação ao tratamento sem e com fumaça de maravalha. Com relação ao NFB, verificou-se que os tratamentos fumaça de maravalha + sete sementes de mamona e fumaça de maravalha + 20% de folhas de café foram diferentes do tratamento sem e com fumaça. Os demais tratamentos não diferiram significativamente em relação ao uso da fumaça ou sua ausência. A casca de café e a semente de mamona não interferiram no desenvolvimento populacional, sugerindo que estes compostos não foram tóxicos. Pode-se concluir que o uso de sementes de mamona e casca de café na fumaça pode representar importante ferramenta para a redução da defensividade, sem promover toxicidade para A. mellifera.
The goal was to investigate the influence of natural products such as lemongrass (Cymbopogon citratus), dried avocado leaves (Persea americana), coffee husk (Coffea arabica) and castor bean (Ricinus communis) in the defense of Apis mellifera, as well the effect of these products on the population development of the beehive. Defensive behavior was evaluated by time of first sting (TFS) and number of stingers (NS), and population development, by open brood area and operculated brood. It was observed that the treatment with smoke + seven castor beans presented significant increase in the TFS, for treatment without and with smoke. Regarding NS, it was verified that the treatments with smoke + seven castor bean and smoke + 20% coffee husk were different from the treatment without and with smoke. The other treatments did not differ significantly with respect to the use of smoke or its absence. The application of coffee husk and castor bean did not interfere in the development of the population, suggesting that these compounds were not toxic. It can be concluded that the use of castor bean and coffee husk in smoke may represent an important tool for the reduction of defensiveness, without promoting toxicity for A. mellifera.