RESUMO
Na previsão orçamentária do Ministério da Saúde, entre 2008 e 2011, o governo pretende gastar R$ 12 bilhões por ano com compras na área farmacêutica para o atendimento das necessidades do sistema de saúde. Avaliar o desenvolvimento tecnológico implícito na produção competitiva de 20 produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde é objetivo relevante de análise, se a evolução do vínculo entre produção nacionalizada de fármacos e a gestão em rede do SUS também for avaliada. A nova política de medicamentos visa conter tanto o déficit comercial do setor farmacêutico como garantir forte investimento na complementaridade da oferta de medicamentos, com o programa Aqui tem Farmácia Popular. Essa política terá impacto na questão orçamentária da saúde e na execução do Programa Mais Saúde: Direito de Todos 2008 - 2011 a partir de medidas estruturadas em sete eixos com objetivo definido: "articular a dimensão econômica e a social da saúde". A hipótese de análise principal avalia se o perfil desses novos "eixos integradores" funciona como faces interativas de um "pacto de gestão" que inclua oferta de medicamentos. A hipótese secundária avalia se o princípio de rede tem conexão operacional com eixo Complexo Industrial da Saúde. As conclusões sugerem que "previsão de demanda" não foi contemplada na lógica de gestão em rede e, não foi ponderado que atendimento em saúde compõe "mercado imperfeito". Também identificou na nova política de medicamentos prioridade para a concepção de rede interorganizacional, preservando dependência de instâncias, sem incentivo à descentralização dos processos decisórios.
In the Ministry of Health's budget prediction between 2008 and 2011, the government intends to spend R$ 12 billion each year on purchases in the pharmaceutical industry to meet the health system's needs. This study's main objective is to evaluate the implied technological development in the competitive production of 20 strategic products for Sistema Único de Saúde (SUS - Brazil's National Health System), as well as the evolution of the link between national medicine production and the network management of SUS. The new Ministry of Health's medicine policy aims at containing the pharmaceutical industry's commercial deficit by encouraging the link between national productions of pharmaceuticals and the SUS network management. There is also a strong official investment in medicine distribution through the program Aqui tem Farmácia Popular (Here there is a Popular Drugstore). This policy will have an impact on the Health budget and on the process of carrying out Programa "Mais Saúde": Direito de Todos 2008 - 2011 (More Health Program - Everyone's right 2008-2011), based on practices structured in seven different axes with a defined purpose: "To articulate the economic and social dimensions of healthcare". The main hypothesis of analysis evaluates whether the profile of these new "integrator axes" works as interactive faces of a "management pact" which includes medicine offers. The secondary hypothesis evaluates whether the network principle has an operational link with the Healthcare Industrial Complex axis. The conclusions suggest that the concept of "demand prediction" was not included in the network management logic, especially when healthcare is thought of as not composing an "imperfect market". In addition, the study identified, in the new medicine policy, that priority was given to the conception of an interorganizational network, preserving dependency among levels, without incentive to the decentralization of the decision making processes.
Assuntos
Controle de Medicamentos e Entorpecentes , Gestão em Saúde , Preparações Farmacêuticas , Sistema Único de SaúdeRESUMO
A complexidade dos problemas sociais torna necessário integrar os diversos atores sociais organizacionais na gestão das políticas sociais, privilegiando a ação intersetorial. A intersetorialidade, enquanto integra saberes e experiências das políticas setoriais, constitui um fator de inovação na gestão da política e possibilita também a articulação da diversas organizações que atuam no âmbito das políticas sociais, constituindo as redes sociais. A intersetorialidade e a rede, para dar eficiência e eficácia a gestão das políticas sociais, exigem mudanças significativas na lógica da gestão tanto das organizações publicas estatais como das organizações sem fins lucrativos, integrando-as para atender os interesses coletivos.
Assuntos
Administração Privada , Administração Pública , Colaboração Intersetorial , Política , Organizações sem Fins Lucrativos , Organizações , Política Pública , Equidade , Qualidade de Vida , Setor Privado , Setor PúblicoRESUMO
Pretende discutir as relaçoes setorias, configurando a saúde como empreendimento social e contextualizando o terceiro setor na economia social e particularmente nos EUA. Argumenta que o desenvolvimento de um terceiro setor independente é estratégico para a construçäo continuada do Sistema Unico de Saúde (SUS), reconhecendo uma variedade de desafios sociais, políticos e econômicos para sua efetivaçäo. Afirma que um terceiro setor forte, inserido como protagonista e näo apenas coadjuvante no panorama socioeconômico e cultural, politicamente independente, é fundamental para efetivar açöes que visem novos pactos sociais e o progresso social do país.
Assuntos
Organizações , Organizações sem Fins Lucrativos , Reforma dos Serviços de Saúde/organização & administração , Colaboração Intersetorial , Brasil , Economia e Organizações de Saúde , História , Justiça Social , Estratégias de Saúde , Sistema Único de Saúde , Estados UnidosRESUMO
Discorre sobre a complexidade da realidade social que tem exigido dos diversos atores sociais, a busca de conceitos que possibilitem analisar as mudanças e intervir nessa realidade. Aborda os conceitos de sistema e rede como meio de articular diversos atores sociais para criar conhecimentos e intervir. Discute a intersetorialidade e a transetoriedade como processos de integração de saberes e experiências. Situa o SUS, como um projeto de caráter transetorial que se constrói socialmente para garantir direitos.
Assuntos
Redes Comunitárias , Organização Social , Sistema Único de Saúde , Colaboração Intersetorial , Brasil , Comportamento Cooperativo , Formulação de Políticas , Política Pública , Resolução de Problemas , Promoção da Saúde/organização & administração , Problemas SociaisRESUMO
Descreve o processo de descentralizaçäo que está ocorrendo na administraçäo municipal de Fortaleza. Discute os conceitos de descentralizaçäo e intersetorialidade. Apresenta o modelo adotado, visualizando o processo de mudança organizacional da prefeitura daquela cidade.
Assuntos
Política , Administração Municipal , Inovação Organizacional , Colaboração Intersetorial , Brasil , Formulação de PolíticasRESUMO
Analisa a municipalizaçäo da política de saúde no estado de Säo Paulo como estratégia para a reconfiguraçäo progressiva do estado. Trata da descentralizaçäo da açäo governamental. Propöe focos de atuaçäo para o governo estadual, com vistas ao cumprimento de seu papel de instância de coordenaçäo e articulaçäo regional da política de saúde.
Assuntos
Política , Política de Saúde , Sistemas de Saúde/organização & administração , Brasil , Cidades , Sistema Único de Saúde/organização & administraçãoRESUMO
Discute a mudança organizacional ocorrida nos serviços de saúde e no seu aparato institucional no Estado de Säo Paulo, bem como estratégias para a criaçäo dos escritórios regionais de saúde. Analisa a descentralizaçäo e suas repercussöes no processo de municipalizaçäo, após a instituiçäo do SUS.
Assuntos
Política , Inovação Organizacional , Sistemas de Saúde/organização & administração , Atenção à Saúde , Sistemas Locais de Saúde/organização & administração , Sistema Único de SaúdeRESUMO
Identifica e aborda o desafio à gestäo pública: a intersetorialidade.
Assuntos
Colaboração Intersetorial , Setor Público/organização & administração , Sistemas Locais de Saúde , Governo EstadualRESUMO
Este artigo discute os resultados de uma pesquisa em que os serviços municipais de saúde em Guarulhos foram avaliados a partir do delineamento de um quadro teórico que privilegia algumas das dimensões explicitadas por Donabedian. A qualidade dos serviços de saúde foi analisada levando em conta tanto o ponto de vista do usuário como o do prestador, pois sua produção resulta da relação entre esses fatores. A pesquisa considerou a satisfação dos usuários, seus motivos e determinações, resgatando a percepção e a satisfação dos funcionários no processo de produção dos serviços prestados pelas unidades de saúde de Guarulhos que satisfazem as necessidades e expectativas da sua clientela
Assuntos
Qualidade da Assistência à Saúde , Satisfação do Paciente , Serviços de SaúdeRESUMO
Na primeira parte, apresenta alguns aspectos do histórico recente da Secretaria da Saúde do Estado, que, enquanto instituiçäo responsável pelo gerenciamento do sistema estadual de saúde em Säo Paulo, vem respondendo às mudanças na política nacional da área e à releitura do modelo no Estado. Em seguida, analisa a situaçäo em que se encontra a organizaçäo da Secretaria como rresultado desses processos. Formula, finalmente, algumas sugestöes que têm como referência a necessidade de implementar o Sistema Unico de Saúde no Estado de Säo Paulo como uma das estratégias para melhorar a qualidade de vida da sua populaçäo
Assuntos
Órgãos Estatais de Desenvolvimento e Planejamento em Saúde/organização & administração , Sistemas de Saúde/organização & administração , Brasil , Inovação OrganizacionalRESUMO
É apresentado, primeiro, o perfil epidemiológico do Estado de Säo Paulo na década de 80 e, em seguida, säo delineados a capacidade instalada da rede de serviços e o modelo de atençäo à saúde do Estado de Säo Paulo.Neste item é contemplada a gestäo do sistema de saúde do Estado, para configurar sua açäo programática.Finalmente, säo consideradas as mudanças necessárias ao sistema de atençäo, visualizando através da projeçäo das necessidades de assistência à populaçäo um plano estratégico para a década. A partir da projeçäo da demanda potencial, seräo aferidos os custos de investimento e custeio para implantar as mudanças e superar, pelo menos em parte, os problemas de saúde da populaçäo paulista na década dos 90.
Assuntos
Políticas, Planejamento e Administração em Saúde , Planos Governamentais de Saúde , Brasil , Atenção à Saúde , Gastos em Saúde , Perfil de Saúde , Recursos em Saúde , Redes Locais , Sistemas Locais de Saúde , Regionalização da SaúdeRESUMO
A rede de serviços de saúde, na década dos 80, no Estado de Säo Paulo, foi analisada levando-se em conta os dados da pesquisa AMS/IBGE sobre estabelecimentos existentes no Brasil, na regiäo Sudeste e no Estado de Säo Paulo, em 1985 e 1987. No entanto, no decorrer da década outros eventos determinaram alteraçöes na rede, como, por exemplo, a municipalizaçäo ocorrida principalmente a partir de 1987. Assim, o crescimento da rede ambulatorial e hospitalar será apreendido näo apenas pela análise dos dados de pesquisa AMS/IBGE, mas também pela análise de outros dados fornecidos pelo Centro de Informaçöes de Saúde (CIS), da Secretaria de Estado da Saúde de Säo Paulo
Assuntos
Políticas, Planejamento e Administração em Saúde , Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos , Recursos em Saúde/provisão & distribuição , Mão de Obra em Saúde/provisão & distribuição , Assistência Ambulatorial/estatística & dados numéricos , Assistência Médica/estatística & dados numéricos , Assistência Odontológica/estatística & dados numéricos , Brasil , Cobertura de Serviços de Saúde , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Instalações de Saúde/estatística & dados numéricos , Número de Leitos em Hospital/estatística & dados numéricos , Encaminhamento e Consulta/estatística & dados numéricosRESUMO
Para se propor um novo modelo de prestaçäo de serviços de saúde para o Estado de Säo Paulo, deve-se partir da revisäo do modelo atual, de modo a visualizar suas sucessivas transformaçöes, e asim adequá-lo ao contexto político e institucional. Nesse sentido, ao planejar para a década o setor saúde no Estado de Säo Paulo, é necessário delinear também a adequaçäo do modelo assistencial, seu gerenciamento e os programas de saúde a serem implementados. O modelo de atençäo à saúde é abordado em dois aspectos neste capítulo: quanto ao seu gerenciamento, contemplando inclusive as açöes que deveräo ser desencadeadas para o desenvolvimento institucional; quanto à açäo programática de saúde, para dar respostas às questöes indicadas pelo perfil epidemiológico da populaçäo, a partir da análise dos programas em desenvolvimento na Secretaria de Estado da Saúde de Säo Paulo
Assuntos
Políticas, Planejamento e Administração em Saúde , Atenção à Saúde/organização & administração , Sistemas de Saúde/organização & administração , Brasil , Cidades , Política , Serviços de Saúde , Regionalização da Saúde , Planos Governamentais de SaúdeRESUMO
Para dimensionar o custo das açöes de saúde no Estado de Säo Paulo, para a década dos 90, parte-se de simulaçöes das necessidades de atendimento da populaçäo, que possibilitem quantificar tais necessidades, para em seguida projetar seu custo. Essas projeçöes permitem delinear o montante de recursos que o Estado deverá dispor na década, para atender às demandas projetadas de saúde. Portanto, para visualizar o quadro geral do custo do setor saúde no Estado de Säo Paulo, para a década do 90, säo apresentados os gastos do Estado no setor, na década dos 80, e a projeçäo do custeio das açöes de saúde para a década, a partir da demanda projetada
Assuntos
Custos e Análise de Custo , Gastos em Saúde , Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde/economia , Brasil , Cobertura de Serviços de Saúde/economia , Hospitalização/economia , Investimentos em Saúde , Encaminhamento e Consulta/economiaRESUMO
Apresenta o perfil epidemiológico do Estado de Säo Paulo na década de 80. Delineia a capacidade instalada da rede de serviços e o modelo de atençäo à saúde do Estado. Analisa a gestäo do sistema de saúde do Estado, para configurar sua açäo programática. Considera as mudanças necessárias ao sistema de atençäo, visualizando através da projeçäo das necessidades de assistência à populaçäo um plano estratégico para a década. A partir da demanda potencial, afere os custos de investimento e custeio para implantar as mudanças e superar os problemas de saúde da populaçäo paulista na década de 90.
Assuntos
Políticas, Planejamento e Administração em Saúde , Cobertura de Serviços de Saúde , Recursos em Saúde/organização & administração , Morbidade , Mortalidade , Administração em Saúde Pública , Diagnóstico da Situação de Saúde , Gastos em Saúde , Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde , Perfil de Saúde , Mão de Obra em Saúde , Sistemas de SaúdeRESUMO
Procura delinear o quadro onde ocorre o gerenciamento no setor público e, particularmente, da saúde, no Brasil. Discute, a partir das características do aparato estatal e de seus reflexos no gerenciamento, o papel dos gerentes para o desenvolvimento da participaçäo e da criatividade, a questäo do compromisso e as condiçöes para o exercício de uma nova prática gerencial, de modo a implementar uma lógica da eficácia no setor público
Assuntos
Administração Pública , Serviços de Saúde/organização & administração , Brasil , Política , Eficácia , Participação nas Decisões , Organizações , Política , Sistemas de SaúdeRESUMO
Delineamento da metodologia de mudança organizacional adotada pela Fundap em trabalhos realizados em organizaçöes públicas, em especial de saúde