Detection of human papillomavirus in laryngeal squamous cell carcinoma: Systematic review and meta-analysis.

BACKGROUND: Recent studies have reported a human papillomavirus (HPV) prevalence of 20% to 30% in laryngeal squamous cell carcinoma (LSCC), although clinical data on HPV involvement remain largely inconsistent, ascribed by some to differences in HPV detection methods or in geographic origin of the studies. OBJECTIVE: To perform a systematic review and formal meta-analysis of the literature reporting on HPV detection in LSCC. METHODS: Literature was searched from January 1964 until March 2015. The effect size was calculated as event rates (95% confidence interval [CI]), with homogeneity testing using Cochran's Q and I(2) statistics. Meta-regression was used to test the impact of study-level covariates (HPV detection method, geographic origin) on effect size. Potential publication bias was estimated using funnel plot symmetry. RESULTS: One hundred seventy nine studies were eligible, comprising a sample size of 7,347 LSCCs from different geographic regions. Altogether, 1,830 (25%) cases tested HPV-positive considering all methods, with effect size of 0.269 (95% CI: 0.242 to 0.297; random-effects model). In meta-analysis stratified by the 1) HPV detection technique and 2) geographic study origin, the between-study heterogeneity was significant only for geographic origin (P = .0001). In meta-regression, the HPV detection method (P = .876) or geographic origin (P = .234) were not significant study-level covariates. Some evidence for publication bias was found only for studies from North America and those using non-polymerase chain reaction methods, with a marginal effect on adjusted point estimates for both. CONCLUSIONS: Variability in HPV detection rates in LSCC is explained by geographic origin of study but not by HPV detection method. However, they were not significant study-level covariates in formal meta-regression. LEVEL OF EVIDENCE: NA.

Tabagismo e câncer no Brasil: evidências e perspectivas / Tobacco smoking and cancer in Brazil: evidence and prospects

Neste artigo analisa-se a tendência temporal da prevalência do tabagismo no Brasil, bem como as assimetrias da prevalência de acordo com as regiões do país, a idade, o gênero e o nível socioeconômico da população. Desde o estabelecimento da relação entre tabagismo e câncer de pulmão há 60 anos, o número de tumores malignos com evidências de associação causal com o tabagismo ascendeu a vinte. O declínio da prevalência do tabagismo na população brasileira tem sido constante desde o final da década de 80. Até 2003, foi mais intenso entre os homens. A partir daquele ano, a queda tornou-se mais pronunciada entre as mulheres. As mais altas prevalências de tabagismo encontram-se no Sudeste e Sul, as duas regiões com maiores incidências de neoplasias estritamente relacionadas ao tabaco (cavidade oral, esôfago e pulmão). A exposição ambiental à fumaça do tabaco também foi examinada considerando-se os efeitos para os adultos não fumantes, que apresentam maior risco de tumores de pulmão, laringe e faringe, e entre crianças de pais fumantes, suscetíveis ao risco de hepatoblastoma e leucemia linfocítica aguda. Apesar do incontestável sucesso da política de controle do tabagismo no país, as ações de prevenção devem considerar que as parcelas da população com piores condições socioeconômicas e com baixo nível educacional são as que apresentam taxas mais altas de prevalência de tabagismo. Dentro destes segmentos populacionais os adolescentes representam uma prioridade.