RESUMO
No presente trabalho avaliou-se a presença de fibrose pós-cirurgica na correção de desvio traumático de pênis em três touros da raça Holandesa e dois Gir. Os animais foram submetidos ao tratamento cirúrgico dessa enfermidade, que constou inicialmente da anestesia dos nervos pudendo e hemorroidal, tranqüilização com cloridrato de xilazina a 2%, contenção em decúbito lateral e exposição do pênis. Após antissepsia com iodopovidona realizou-se aplicação de manguito de borracha na base da glande peniana, visando minimizar a hemorragia. Procedeu-se incisão longitudinal na região dorsal da glande atingindo a albugínea e o corpo esponjoso, até evidenciar a porção fibrosa do órgão, que foi cuidadosamente escarificada. Aproximou-se os tecidos seccionados empregando fio de algodão n 0 em dois planos de sutura, padrão simples separado. No pós-operatório fez-se diariamente a higienização da lâmina interna do prepúcio e da glande, com o mesmo princípio ativo utilizado no pré-operatório. Durante 15 dias, com a intenção de prevenir aderências e avaliar a evolução clínica da ferida cirúrgica, procedeu-se exposição do pênis a cada cinco dias, após utilizar o mesmo procedimento anestésico empregado na fase de preparação. Nos 15 dias subseqüentes, os animais foram colocados próximos a uma fêmea bovina apresentando sinais de cio, obedecendo aos mesmos intervalos para que a exposição de pênis ocorr
RESUMO
Hérnia umbilical é a insinuação através do anel umbilical não involuído, de órgãos e estruturas da cavidade peritonial. A enfermidade pode apresentar origem genética ou adquirida, acarretando uma diminuição do valor comercial dos animais. O tratamento consiste na redução do conteúdo herniário e reconstituição de defeito na parede abdominal. O presente trabalho teve como objetivo relatar o caso de um bezerro, da raça Holandesa, três meses de idade, com peso de 80 kg, apresentando histórico de aumento de volume da região umbilical atendido no Hospital Veterinário da EV-UFG. O diagnóstico de hérnia umbilical foi confirmado através do exame clínico. Realizou-se o tratamento cirúrgico, utilizando fio de náilon nº 0,60 em sutura padrão jaquetão para a herniorrafia. Após a terceira reintervenção ocorreu evisceração parcial de alças intestinais e omentos, sendo estas estruturas higienizadas com iodopovidona a 0,2% e aplicado seis mililitros de enrofloxacina a 10% intra-abdominal antecedendo sua reposição à respectiva cavidade. O mesmo princípio ativo foi empregado diariamente, via intramuscular, na dose de 2,5 mg/kg de peso corporal, até completar sete aplicações. Nessa ocasião, a laparorrafia foi praticada com fio de algodão nº 000 em sutura padrão simples, alternando com pontos de relaxamento. As reintervenções foram acompanhadas da remoção de parte da aponeurose do músculo oblíquo i
RESUMO
Objetivou-se com este estudo avaliar clinicamente a reconstrução da pálpebra inferior em coelhos, com cartilagem auricular alógena conservada em solução saturada de sal (1,5g de sal comercial para 1 ml de água destilada). Doze coelhos, adultos, machos e fêmeas receberam acepromazina (0,5 mg/kg) intramuscular (IM) e anestesia com tiletamina e zolazepam (7,0 mg/kg/ IM), após removeu-se um retalho de 1,0 x 0,5 cm das pálpebras inferiores esquerda e direita. Posteriormente a pálpebra esquerda foi reparada pela técnica de blefaroplastia em H (grupo GC) e a pálpebra direita por um retalho de cartilagem auricular associado à blefaroplastia em H (grupo GE). Realizou-se avaliação clínica das pálpebras aos sete, 15 e 30 dias de pós-operatório (PO). Aos sete dias de PO, as feridas cirúrgicas dos grupos GE e GC apresentavam hiperemia e mínima produção de secreção serosa, no grupo GC notou-se sinais de retração cutânea. Aos 15 dias de PO, observou-se que as feridas do grupo GE estavam cicatrizadas. No grupo GC verificou-se deiscência da sutura com aparente retração cicatricial em 30% dos animais. Aos 30 dias de PO, ambas as feridas cirúrgicas dos grupos GE e GC apresentavam-se cicatrizadas, entretanto em 30% dos animais do grupo GC, observou-se que as bordas das feridas reparadas não estavam coaptadas. Em todos os animais, ocorreu crescimento de pêlos na região onde foi realizado o procedim
RESUMO
Foram avaliados o comportamento da pressão intra-ocular (PIO) e as complicações em 02 coelhos machos, adultos, normotensos (17,8mmHg) da raça Nova Zelândia, submetidos ao implante de tubo de silicone na câmara anterior com mitomicina C?. Foi constituída uma bolsa conjuntival dorsal no globo ocular direito, onde foi colocado sobre a esclera um chumaço de algodão embebido em mitomicina C?, durante três minutos. O local foi irrigado por várias vezes com solução de Ringer com Lactato. Na esclera, a 0,2mm da córnea foi introduzido um catéter de 0,7mm até a câmara anterior para formação de um orifício, onde foi introduzido até a pupila, um tubo de silicone de 0,6mm por 4,0mm de comprimento. O tubo foi fixado à esclera e o retalho ao limbo/córnea, com fio de náilon 8-0, formando uma bolsa. No pósoperatório (PO) foram realizados aplicações subconjuntivais de prednisolona e colírio de cloranfenicol. No PO imediato a PIO média foi de 5mmHg, e a cada sete dias com média de 14mmHg. Quinzenalmente, através da aplicação na câmara anterior com o corante azul de tripan, verificou-se que o tubo se mantinha desobstruído e bem estabilizado. Durante 30 dias, a cápsula mantinha-se preenchida de líquido e envolvendo a inserção do tubo. A diferença entre as médias da PIO pré e pós-operatória foi de 3,8mmHg. O método demonstrou ser seguro quando realizado em coelhos normotensos e promissor no contro
RESUMO
A dermatite digital bovina é considerada um dos principais obstáculos econômicos e produtivos à bovinocultura, podendo levar a perdas relacionadas ao escore corporal, produção de leite, descarte prematuro, altos custos do tratamento e interferência sobre o desempenho reprodutivo. A doença é caracterizada por inflamação na pele do espaço interdigital palmar/plantar ou dorsal e a lesão pode adquirir aspecto erosivo, ulcerativo, proliferativo, sendo denominada papilomatosa ou verrucosa. Os sinais clínicos inespecíficos da dermatite digital compreendem claudicação de intensidade variada, relutância em se locomover, dentre outros. No presente trabalho avaliou-se durante 12 meses o comportamento reprodutivo de 20 fêmeas bovinas, mestiças (Gir x Holandesa) na faixa etária entre 30 e 84 meses, iniciando-se o estudo logo após o parto. Os bovinos foram divididos em dois grupos (GI e GII) de dez animais, onde, os componentes do GI eram portadores de dermatite digital erosiva ou verrucosa, e os do grupo GII por animais saudáveis. Dentre os bovinos pertencentes ao grupo GI, dois (20%) apresentaram o período de serviço de aproximadamente 130 dias, um (10%) de 180 dias, três (30%) de 250 dias, dois (20%) de 320 dias e dois (20%) não manifestaram cio, sendo que destes em um (50%) foi diagnosticado cisto ovariano. Em cinco animais alocados no grupo I (50%) os ovários apresentaram-se lisos e os
RESUMO
O desvio traumático de pênis em bovinos é uma enfermidade corrigida cirurgicamente, podendo ser empregado no tratamento implantes biológicos homólogos. O presente trabalho objetivou relatar a utilização destes implantes em nove touros, sendo três da raça Holandesa, dois Nelores, um Gir, um Simental e dois Santa Gertrudes, com a finalidade de corrigir esta enfermidade. Os nove bovinos foram distribuídos em três grupos (I, II e III) compostos por três animais cada. Nos bovinos pertencentes ao grupo GI, o ligamento apical peniano foi substituído por um fragmento do ligamento da nuca. No GII, empregou-se fragmento do centro tendíneo diafragmático e no GIII utilizou-se retalho da túnica albugínea peniana. Os materiais foram obtidos em frigoríficos, sob inspeção federal, conservados em glutaraldeído a 4% e implantados após 30 dias de conservação. Independente do grupo ao qual pertenciam os animais, os segmentos de tecidos empregados na substituição do ligamento apical tinham, aproximadamente, oito centímetros de comprimento por um de largura. A exposição do pênis foi conseguida após praticar anestesia dos nervos, pudendo e hemorroidal. Mediante incisão longitudinal no dorso da glande, até atingir a sua porção fibrosa, fixaram-se os implantes empregando fio de algodão nº 0 em pontos simples separados. A túnica albugínea da glande foi reconstituída empregando- se catigute nº 1 e o mesm
RESUMO
O adenocarcinoma mamário é uma neoplasia maligna com alto poder metastático, sendo mais comum em animais idosos, com idade média de dez anos. Fêmeas que utilizam progestágenos para suprimir o estro apresentam maior risco de desenvolver a doença. O adenocarcinoma mamário é a terceira neoplasia mais freqüente em gatas. Foi atendido no Hospital Veterinário do CCA-UFES, uma gata da raça siamês, fêmea, com 12 anos de idade, apresentando nódulos em glândulas mamárias de crescimento contínuo há seis meses. O proprietário relatou a aplicação de progestágenos durante cinco anos. No exame físico o animal apresentou freqüência cardíaca (FC) de 160 batimentos por minuto (bpm), pulso forte, regular e rítmico, freqüência respiratória (FR) de 32 movimentos por minuto (mpm), temperatura de 38ºC, mucosas normocoradas, tempo de preenchimento capilar de um segundo e ausência de alterações em linfonodos regionais. No exame das glândulas mamárias observou- se presença de quatro nódulos com aproximadamente um centímetro (cm) cada na mama torácica cranial, um nódulo de oito cm na mama torácica caudal e outro de cinco cm na mama abdominal cranial, todos do antímero esquerdo, apresentando consistência firme e secreção leitosa pelos tetos. Foram realizados como exames préoperatórios a citologia aspirativa por agulha fina (CAAF) que sugeriu um tumor maligno com características de adenocarcinoma, radiogra
RESUMO
A dermatite digital bovina é considerada um dos principais obstáculos econômicos e produtivos à bovinocultura, que direta ou indiretamente pode levar a alterações do comportamento dos animais e conseqüentemente comprometimento do desempenho produtivo. O objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento de vacas leiteiras portadoras de dermatite digital em comparação a vacas saudáveis. O estudo está sendo desenvolvido em uma propriedade rural do Estado de Goiás, entre os meses oito e nove de 2006, avaliando-se o comportamento de 20 vacas mestiças Holandês X Zebu, em lactação, manejadas intensivamente, divididas em dois grupos (GI e GII), com dez animais cada. Os animais saudáveis foram alocados no GI, enquanto que as vacas portadoras de lesões digitais em diferentes graus, foram alocadas no GII. As observações foram realizadas por três profissionais, durante três dias consecutivos, no período diurno entre seis e 18horas, com intervalos de 10 minutos. Foram avaliados o posicionamento durante o período observado (quadrupedal ou em decúbito), período de alimentação, freqüência de ingestão de água, movimentação durante o período de ordenha, e ócio. O tempo médio dispensado pelos animais para exercer cada atividade avaliada foi transformado em percentual do tempo total de observação por dia. Em relação ao posicionamento, observouse que em ambos os grupos os animais mantiveramse
RESUMO
Duas queimaduras cutâneas de espessura total de 2,5 cm de diâmetro foram produzidas na região dorsal, eqüidistantes 4cm, em 16 coelhos adultos. A do antímero direito tratou-se com gaze umedecida com água destilada (GC) e a do esquerdo utilizou-se um fragmento de peritônio parietal bovino, conservado em glicerina a 98% e gaze umedecida em solução fisiológica 0.9% (GM). As bandagens foram trocadas a cada 24 horas. Analisaram-se macroscópica e histologicamente as feridas aos três, sete, 14 e 21 dias de pós-operatório (PO). Após 24 horas, observou-se nas feridas GM íntima aderência do peritônio às lesões, sem presença de exsudato. Aos três dias de PO, as feridas do GM apresentavam-se de contornos irregulares, com o peritônio aderido a elas. Já as feridas do GC encontravam-se com aspecto úmido e coloração rosada. Aos sete dias, observavam-se nas feridas do GC presenças de crostas e, histologicamente, presença de contaminação. No GM, a membrana formava sobre a ferida uma crosta bastante aderida, sem presença de contaminação. Aos 14 dias de PO, encontravam-se nas lesões do GC tecido de granulação imaturo desorganizado, com moderada quantidade de células inflamatórias. Já nos do GM notava-se presença de tecido de granulação maduro, com mínima quantidade de células inflamatórias. Aos 21 dias, as feridas do GC apresentavam-se semelhantes aos observados aos 14 dias, entretanto, com presen
RESUMO
Blue eye (olho azul) é uma reação imune ocular pós-vacinal do adenovírus canino tipo I presente na vacina óctupla. O vírus replica no endotélio da córnea, formando um complexo antígenoanticorpo com acúmulo de neutrófilos que liberam enzimas danificando as células epiteliais. Essas alterações podem causar intenso edema corneano, uveíte e muito desconforto ocular, o que pode resultar em úlceras de córnea secundárias ao autotraumatismo do animal. Úlceras superficiais não complicadas cicatrizam rapidamente e com mínima formação de cicatriz. Foi atendido no Hospital Veterinário do CCA-UFES, um cão da raça Beagle, macho, com seis meses de idade, apresentando coloração azulada no olho direito, secreção e desconforto ocular há três dias. O proprietário relatou a administração de vermífugo e aplicação das vacinas óctupla e anti-rábica há cinco anos. No exame físico o animal apresentou freqüência cardíaca (FC) de 180 batimentos por minuto (bpm), pulso forte, regular e rítmico, freqüência respiratória (FR) de 36 movimentos por minuto (mpm), temperatura de 39ºC, mucosas normocoradas, tempo de preenchimento capilar de um segundo e ausência de alterações em linfonodos regionais. No exame oftálmico observou-se secreção ocular serosa, congestão de vasos, edema de córnea, fotofobia, lacrimejamento e pressão intra-ocular (PIO) normal. O teste de fluoresceína detectou presença de úlcera de córnea
RESUMO
A brucelose é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Brucella abortus. Em eqüinos está associada à infecção generalizada, inflamação nas bolsas sinoviais interescapular e atlantal, fistuladas ou não, tenossinovites, osteomielites, laminites, infertilidade e aborto. Os resultados obtidos na sorologia devem ser avaliados cuidadosamente, porque o teste positivo significa exposição ao microorganismo e não uma infecção corrente. Em levantamentos epidemiológicos realizados no Brasil, com eqüinos sem sintomatologia foi verificado a prevalência de 1 a 2%. Em um estudo realizado no estado de Goiás, de 52 eqüinos portadores de bursites nucal e de cernelha foram diagnosticados 38 casos positivos para brucelose. Atendeu-se no Hospital Veterinário da EV/UFG, uma égua, mestiça, com gestação de sete meses e escore corporal três. Durante a anamnese, o proprietário relatou que o animal havia apresentado aumento de volume bilateral na cernelha, que fistulou em aproximadamente quatro meses, sendo tratado com antibiótico endovenoso e limpeza local da ferida. Houve regressão parcial da fístula e do aumento de volume. Por ocasião do atendimento, foi observado o recrudescimento da fístula e do aumento de volume. Ao exame clínico, não se constatou alteração nos parâmetros fisiológicos, mas a tumoração ao ser pressionada, fazia drenar secreção pela fístula presente. Foi colhida uma amostra
RESUMO
Foi atendido no Hospital Veterinário da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás, uma fêmea da raça Pônei Brasileira, com seis meses de idade e pesando 56kg, manejada em baia e recebendo alimentação de concentrado e capim triturado. Segundo o proprietário, o animal apresentou, dois dias antes da consulta, sinais de cólica, sendo medicada com 1,1mg/kg de flunixin meglumine. Ao exame clínico constatou-se freqüência respiratória de 80 batimentos por minuto, freqüência cardíaca de 52 batimentos por minuto, tempo de preenchimento capilar de três segundos, conjuntivas congestas, temperatura de 39ºC, desidratação de aproximadamente 8%, pH estomacal igual a cinco e meio e abdome distendido com sensibilidade no antímero esquerdo. Na auscultação abdominal verificou-se hipermotilidade do intestino delgado, atonia de cólon ascendente esquerdo, hipomotilidade de cólon ascendente direito e movimento incompleto da valva ileocecal, suspeitando-se de compactação de cólon. O animal recebeu seis litros de solução de cloreto de sódio a 0,9%, 150mg/kg de gluconato de cálcio, 25mg/kg de dipirona sódica, todos via endovenosa e 100ml de suspensão de metilcelulose via sonda nasogástrica. Como o animal não respondeu ao tratamento clínico, foi indicado o tratamento cirúrgico, sendo submetido a laparotomia abdominal sob anestesia geral em centro cirúrgico apropriado, confirmando a suspeita d
RESUMO
No presente trabalho avaliou-se a presença de fibrose pós-cirurgica na correção de desvio traumático de pênis em três touros da raça Holandesa e dois Gir. Os animais foram submetidos ao tratamento cirúrgico dessa enfermidade, que constou inicialmente da anestesia dos nervos pudendo e hemorroidal, tranqüilização com cloridrato de xilazina a 2%, contenção em decúbito lateral e exposição do pênis. Após antissepsia com iodopovidona realizou-se aplicação de manguito de borracha na base da glande peniana, visando minimizar a hemorragia. Procedeu-se incisão longitudinal na região dorsal da glande atingindo a albugínea e o corpo esponjoso, até evidenciar a porção fibrosa do órgão, que foi cuidadosamente escarificada. Aproximou-se os tecidos seccionados empregando fio de algodão n 0 em dois planos de sutura, padrão simples separado. No pós-operatório fez-se diariamente a higienização da lâmina interna do prepúcio e da glande, com o mesmo princípio ativo utilizado no pré-operatório. Durante 15 dias, com a intenção de prevenir aderências e avaliar a evolução clínica da ferida cirúrgica, procedeu-se exposição do pênis a cada cinco dias, após utilizar o mesmo procedimento anestésico empregado na fase de preparação. Nos 15 dias subseqüentes, os animais foram colocados próximos a uma fêmea bovina apresentando sinais de cio, obedecendo aos mesmos intervalos para que a exposição de pênis ocorr
RESUMO
Foi atendido no Hospital Veterinário da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás, uma fêmea da raça Pônei Brasileira, com seis meses de idade e pesando 56kg, manejada em baia e recebendo alimentação de concentrado e capim triturado. Segundo o proprietário, o animal apresentou, dois dias antes da consulta, sinais de cólica, sendo medicada com 1,1mg/kg de flunixin meglumine. Ao exame clínico constatou-se freqüência respiratória de 80 batimentos por minuto, freqüência cardíaca de 52 batimentos por minuto, tempo de preenchimento capilar de três segundos, conjuntivas congestas, temperatura de 39ºC, desidratação de aproximadamente 8%, pH estomacal igual a cinco e meio e abdome distendido com sensibilidade no antímero esquerdo. Na auscultação abdominal verificou-se hipermotilidade do intestino delgado, atonia de cólon ascendente esquerdo, hipomotilidade de cólon ascendente direito e movimento incompleto da valva ileocecal, suspeitando-se de compactação de cólon. O animal recebeu seis litros de solução de cloreto de sódio a 0,9%, 150mg/kg de gluconato de cálcio, 25mg/kg de dipirona sódica, todos via endovenosa e 100ml de suspensão de metilcelulose via sonda nasogástrica. Como o animal não respondeu ao tratamento clínico, foi indicado o tratamento cirúrgico, sendo submetido a laparotomia abdominal sob anestesia geral em centro cirúrgico apropriado, confirmando a suspeita d
RESUMO
A brucelose é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Brucella abortus. Em eqüinos está associada à infecção generalizada, inflamação nas bolsas sinoviais interescapular e atlantal, fistuladas ou não, tenossinovites, osteomielites, laminites, infertilidade e aborto. Os resultados obtidos na sorologia devem ser avaliados cuidadosamente, porque o teste positivo significa exposição ao microorganismo e não uma infecção corrente. Em levantamentos epidemiológicos realizados no Brasil, com eqüinos sem sintomatologia foi verificado a prevalência de 1 a 2%. Em um estudo realizado no estado de Goiás, de 52 eqüinos portadores de bursites nucal e de cernelha foram diagnosticados 38 casos positivos para brucelose. Atendeu-se no Hospital Veterinário da EV/UFG, uma égua, mestiça, com gestação de sete meses e escore corporal três. Durante a anamnese, o proprietário relatou que o animal havia apresentado aumento de volume bilateral na cernelha, que fistulou em aproximadamente quatro meses, sendo tratado com antibiótico endovenoso e limpeza local da ferida. Houve regressão parcial da fístula e do aumento de volume. Por ocasião do atendimento, foi observado o recrudescimento da fístula e do aumento de volume. Ao exame clínico, não se constatou alteração nos parâmetros fisiológicos, mas a tumoração ao ser pressionada, fazia drenar secreção pela fístula presente. Foi colhida uma amostra
RESUMO
Blue eye (olho azul) é uma reação imune ocular pós-vacinal do adenovírus canino tipo I presente na vacina óctupla. O vírus replica no endotélio da córnea, formando um complexo antígenoanticorpo com acúmulo de neutrófilos que liberam enzimas danificando as células epiteliais. Essas alterações podem causar intenso edema corneano, uveíte e muito desconforto ocular, o que pode resultar em úlceras de córnea secundárias ao autotraumatismo do animal. Úlceras superficiais não complicadas cicatrizam rapidamente e com mínima formação de cicatriz. Foi atendido no Hospital Veterinário do CCA-UFES, um cão da raça Beagle, macho, com seis meses de idade, apresentando coloração azulada no olho direito, secreção e desconforto ocular há três dias. O proprietário relatou a administração de vermífugo e aplicação das vacinas óctupla e anti-rábica há cinco anos. No exame físico o animal apresentou freqüência cardíaca (FC) de 180 batimentos por minuto (bpm), pulso forte, regular e rítmico, freqüência respiratória (FR) de 36 movimentos por minuto (mpm), temperatura de 39ºC, mucosas normocoradas, tempo de preenchimento capilar de um segundo e ausência de alterações em linfonodos regionais. No exame oftálmico observou-se secreção ocular serosa, congestão de vasos, edema de córnea, fotofobia, lacrimejamento e pressão intra-ocular (PIO) normal. O teste de fluoresceína detectou presença de úlcera de córnea
RESUMO
Duas queimaduras cutâneas de espessura total de 2,5 cm de diâmetro foram produzidas na região dorsal, eqüidistantes 4cm, em 16 coelhos adultos. A do antímero direito tratou-se com gaze umedecida com água destilada (GC) e a do esquerdo utilizou-se um fragmento de peritônio parietal bovino, conservado em glicerina a 98% e gaze umedecida em solução fisiológica 0.9% (GM). As bandagens foram trocadas a cada 24 horas. Analisaram-se macroscópica e histologicamente as feridas aos três, sete, 14 e 21 dias de pós-operatório (PO). Após 24 horas, observou-se nas feridas GM íntima aderência do peritônio às lesões, sem presença de exsudato. Aos três dias de PO, as feridas do GM apresentavam-se de contornos irregulares, com o peritônio aderido a elas. Já as feridas do GC encontravam-se com aspecto úmido e coloração rosada. Aos sete dias, observavam-se nas feridas do GC presenças de crostas e, histologicamente, presença de contaminação. No GM, a membrana formava sobre a ferida uma crosta bastante aderida, sem presença de contaminação. Aos 14 dias de PO, encontravam-se nas lesões do GC tecido de granulação imaturo desorganizado, com moderada quantidade de células inflamatórias. Já nos do GM notava-se presença de tecido de granulação maduro, com mínima quantidade de células inflamatórias. Aos 21 dias, as feridas do GC apresentavam-se semelhantes aos observados aos 14 dias, entretanto, com presen
RESUMO
A dermatite digital bovina é considerada um dos principais obstáculos econômicos e produtivos à bovinocultura, que direta ou indiretamente pode levar a alterações do comportamento dos animais e conseqüentemente comprometimento do desempenho produtivo. O objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento de vacas leiteiras portadoras de dermatite digital em comparação a vacas saudáveis. O estudo está sendo desenvolvido em uma propriedade rural do Estado de Goiás, entre os meses oito e nove de 2006, avaliando-se o comportamento de 20 vacas mestiças Holandês X Zebu, em lactação, manejadas intensivamente, divididas em dois grupos (GI e GII), com dez animais cada. Os animais saudáveis foram alocados no GI, enquanto que as vacas portadoras de lesões digitais em diferentes graus, foram alocadas no GII. As observações foram realizadas por três profissionais, durante três dias consecutivos, no período diurno entre seis e 18horas, com intervalos de 10 minutos. Foram avaliados o posicionamento durante o período observado (quadrupedal ou em decúbito), período de alimentação, freqüência de ingestão de água, movimentação durante o período de ordenha, e ócio. O tempo médio dispensado pelos animais para exercer cada atividade avaliada foi transformado em percentual do tempo total de observação por dia. Em relação ao posicionamento, observouse que em ambos os grupos os animais mantiveramse
RESUMO
O adenocarcinoma mamário é uma neoplasia maligna com alto poder metastático, sendo mais comum em animais idosos, com idade média de dez anos. Fêmeas que utilizam progestágenos para suprimir o estro apresentam maior risco de desenvolver a doença. O adenocarcinoma mamário é a terceira neoplasia mais freqüente em gatas. Foi atendido no Hospital Veterinário do CCA-UFES, uma gata da raça siamês, fêmea, com 12 anos de idade, apresentando nódulos em glândulas mamárias de crescimento contínuo há seis meses. O proprietário relatou a aplicação de progestágenos durante cinco anos. No exame físico o animal apresentou freqüência cardíaca (FC) de 160 batimentos por minuto (bpm), pulso forte, regular e rítmico, freqüência respiratória (FR) de 32 movimentos por minuto (mpm), temperatura de 38ºC, mucosas normocoradas, tempo de preenchimento capilar de um segundo e ausência de alterações em linfonodos regionais. No exame das glândulas mamárias observou- se presença de quatro nódulos com aproximadamente um centímetro (cm) cada na mama torácica cranial, um nódulo de oito cm na mama torácica caudal e outro de cinco cm na mama abdominal cranial, todos do antímero esquerdo, apresentando consistência firme e secreção leitosa pelos tetos. Foram realizados como exames préoperatórios a citologia aspirativa por agulha fina (CAAF) que sugeriu um tumor maligno com características de adenocarcinoma, radiogra
RESUMO
O desvio traumático de pênis em bovinos é uma enfermidade corrigida cirurgicamente, podendo ser empregado no tratamento implantes biológicos homólogos. O presente trabalho objetivou relatar a utilização destes implantes em nove touros, sendo três da raça Holandesa, dois Nelores, um Gir, um Simental e dois Santa Gertrudes, com a finalidade de corrigir esta enfermidade. Os nove bovinos foram distribuídos em três grupos (I, II e III) compostos por três animais cada. Nos bovinos pertencentes ao grupo GI, o ligamento apical peniano foi substituído por um fragmento do ligamento da nuca. No GII, empregou-se fragmento do centro tendíneo diafragmático e no GIII utilizou-se retalho da túnica albugínea peniana. Os materiais foram obtidos em frigoríficos, sob inspeção federal, conservados em glutaraldeído a 4% e implantados após 30 dias de conservação. Independente do grupo ao qual pertenciam os animais, os segmentos de tecidos empregados na substituição do ligamento apical tinham, aproximadamente, oito centímetros de comprimento por um de largura. A exposição do pênis foi conseguida após praticar anestesia dos nervos, pudendo e hemorroidal. Mediante incisão longitudinal no dorso da glande, até atingir a sua porção fibrosa, fixaram-se os implantes empregando fio de algodão nº 0 em pontos simples separados. A túnica albugínea da glande foi reconstituída empregando- se catigute nº 1 e o mesm