RESUMO
A terminologia hérnia diafragmática é utilizada para designar desordens onde o conteúdo abdominal projeta-se para a cavidade torácica. São divididas em traumáticas ou congênitas de acordo com a etiologia, sendo a forma traumática a mais freqüente. O exame radiográfico normalmente é recomendado, onde a presença de vísceras com gases em seus interiores acrescido da perda de visualização completa ou parcial da cúpula diafragmática confirmam o diagnóstico. A ultra-sonografia torácica tem seu principal uso em cães na investigação de enfermidades cardíacas, sendo pouco relatada as demais alterações torácicas, já que a presença de gás dificulta a propagação de ondas sonoras. Relata-se o caso de um cão da raça Beagle macho, com um ano de idade atendido no Hospital Veterinário da UFES, com o histórico de taquidispnéia e intolerância ao exercício de aparecimento repentino. Os proprietários também informaram que o animal fora vítima de atropelamento há aproximadamente 40 dias, porém não foram observados sinais de comprometimento respiratórios imediatamente após o acidente. Ao exame clínico caracterizou-se acentuado abafamento das bulhas cardíacas. Ao exame radiográfico simples confirmou-se o diagnóstico de efusão pleural, com obscurecimento dos órgãos da cavidade torácica devido a acentuada quantidade de líquido presente na cavidade pleural. Posteriormente realizou-se ultra-sonografia tor
RESUMO
Duas queimaduras cutâneas de espessura total de 2,5 cm de diâmetro foram produzidas na região dorsal, eqüidistantes 4cm, em 16 coelhos adultos. A do antímero direito tratou-se com gaze umedecida com água destilada (GC) e a do esquerdo utilizou-se um fragmento de peritônio parietal bovino, conservado em glicerina a 98% e gaze umedecida em solução fisiológica 0.9% (GM). As bandagens foram trocadas a cada 24 horas. Analisaram-se macroscópica e histologicamente as feridas aos três, sete, 14 e 21 dias de pós-operatório (PO). Após 24 horas, observou-se nas feridas GM íntima aderência do peritônio às lesões, sem presença de exsudato. Aos três dias de PO, as feridas do GM apresentavam-se de contornos irregulares, com o peritônio aderido a elas. Já as feridas do GC encontravam-se com aspecto úmido e coloração rosada. Aos sete dias, observavam-se nas feridas do GC presenças de crostas e, histologicamente, presença de contaminação. No GM, a membrana formava sobre a ferida uma crosta bastante aderida, sem presença de contaminação. Aos 14 dias de PO, encontravam-se nas lesões do GC tecido de granulação imaturo desorganizado, com moderada quantidade de células inflamatórias. Já nos do GM notava-se presença de tecido de granulação maduro, com mínima quantidade de células inflamatórias. Aos 21 dias, as feridas do GC apresentavam-se semelhantes aos observados aos 14 dias, entretanto, com presen
RESUMO
Duas queimaduras cutâneas de espessura total de 2,5 cm de diâmetro foram produzidas na região dorsal, eqüidistantes 4cm, em 16 coelhos adultos. A do antímero direito tratou-se com gaze umedecida com água destilada (GC) e a do esquerdo utilizou-se um fragmento de peritônio parietal bovino, conservado em glicerina a 98% e gaze umedecida em solução fisiológica 0.9% (GM). As bandagens foram trocadas a cada 24 horas. Analisaram-se macroscópica e histologicamente as feridas aos três, sete, 14 e 21 dias de pós-operatório (PO). Após 24 horas, observou-se nas feridas GM íntima aderência do peritônio às lesões, sem presença de exsudato. Aos três dias de PO, as feridas do GM apresentavam-se de contornos irregulares, com o peritônio aderido a elas. Já as feridas do GC encontravam-se com aspecto úmido e coloração rosada. Aos sete dias, observavam-se nas feridas do GC presenças de crostas e, histologicamente, presença de contaminação. No GM, a membrana formava sobre a ferida uma crosta bastante aderida, sem presença de contaminação. Aos 14 dias de PO, encontravam-se nas lesões do GC tecido de granulação imaturo desorganizado, com moderada quantidade de células inflamatórias. Já nos do GM notava-se presença de tecido de granulação maduro, com mínima quantidade de células inflamatórias. Aos 21 dias, as feridas do GC apresentavam-se semelhantes aos observados aos 14 dias, entretanto, com presen
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A terminologia hérnia diafragmática é utilizada para designar desordens onde o conteúdo abdominal projeta-se para a cavidade torácica. São divididas em traumáticas ou congênitas de acordo com a etiologia, sendo a forma traumática a mais freqüente. O exame radiográfico normalmente é recomendado, onde a presença de vísceras com gases em seus interiores acrescido da perda de visualização completa ou parcial da cúpula diafragmática confirmam o diagnóstico. A ultra-sonografia torácica tem seu principal uso em cães na investigação de enfermidades cardíacas, sendo pouco relatada as demais alterações torácicas, já que a presença de gás dificulta a propagação de ondas sonoras. Relata-se o caso de um cão da raça Beagle macho, com um ano de idade atendido no Hospital Veterinário da UFES, com o histórico de taquidispnéia e intolerância ao exercício de aparecimento repentino. Os proprietários também informaram que o animal fora vítima de atropelamento há aproximadamente 40 dias, porém não foram observados sinais de comprometimento respiratórios imediatamente após o acidente. Ao exame clínico caracterizou-se acentuado abafamento das bulhas cardíacas. Ao exame radiográfico simples confirmou-se o diagnóstico de efusão pleural, com obscurecimento dos órgãos da cavidade torácica devido a acentuada quantidade de líquido presente na cavidade pleural. Posteriormente realizou-se ultra-sonografia tor
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Adenosine is an important signaling molecule for many cellular events. Adenosine deaminase (ADA) is a key enzyme for the control of extra- and intra-cellular levels of adenosine. Activity of ADA was detected in hemolymph of B. glabrata and its optimum assay conditions were determined experimentally. The pH variation from 6.2 to 7.8 caused no significant change in ADA activity. Using adenosine as a substrate, the apparent Km at pH 6.8 was 734 µmols.L-1. Highest activity was found at 37ºC. Standard assay conditions were established as being 15 minutes of incubation time, 0.4 µL of pure hemolymph per assay, pH 6.8, and 37ºC. This enzyme showed activities of 834 ± 67 µmol.min-1.L-1 (25ºC) and 2029 ± 74 µmol.min-1.L-1 (37ºC), exceeding those in healthy human serum by 40 and 100 times, respectively. Higher incubation temperature caused a decrease in activity of 20% at 43ºC or 70% at 50ºC for 15 minutes. The ADA lost from 26 to 78% of its activity when hemolymph was pre-incubated at 50ºC for 2 or 15 minutes, respectively. Since the ADA from hemolymph presented high levels, it can be concluded that in healthy and fed animals, adenosine is maintained at low concentrations. In addition, the small variation in activity over the 6.2 to 7.8 range of pH suggests that adenosine is maintained at low levels in hemolymph even under adverse conditions, in which the pH is altered.
A adenosina é uma molécula sinalizadora de muitos eventos celulares. A adenosina desaminase (ADA) é enzima chave para o controle dos níveis intra e extra celulares de adenosina. A atividade da ADA foi detectada em hemolinfa de B. glabrata e suas condições ótimas de ensaio foram determinadas experimentalmente. A variação do pH de 6,2 até 7,8 não causou mudança significativa na atividade. O Km aparente foi de 734 µmoles L-1, usando adenosina como substrato. A maior atividade foi encontrada usando 37ºC como temperatura de incubação. As condições de ensaio padrão foram então estabelecidas como sendo 15 minutos de tempo de incubação, 0,4 µL de hemolinfa por ensaio, pH 6.8 e 37ºC de temperatura de incubação. A enzima apresentou atividades de 834 ± 67 µmols.min-1.L-1 (25ºC) e 2029 ± 74 µmols.min-1.L-1 (37ºC), em torno de 40 e 100 vezes maiores que os níveis encontrados em soro de humanos sadios. Em temperaturas superiores, essa atividade cai 20% a 43ºC e 70% a 50ºC, em 15 minutos. A ADA perde 26 a 78% de sua atividade quando a hemolinfa é pré-incubada a 50ºC de 2 a 15 minutos, respectivamente. Considerando os altos níveis de ADA encontrados pode-se inferir que, em animais sadios e alimentados, a adenosina é mantida em baixas concentrações na hemolinfa. Tendo a atividade da enzima permanecido constante frente à larga faixa de pH testada, sugere-se que a ADA pode atuar com eficiência mesmo em situações adversas que determinem variações no pH da hemolinfa.