RESUMO
O objetivo deste trabalho foi determinar a frequência de hipertensão ocular e de catarata em portadores de hanseníase em tratamento de estado reacional dos tipos I e II, associado ou não à neurite, com corticoterapia oral. A partir daí, selecionar, orientar e encaminhar os pacientes que apresentaram complicações oculares para propedêutica e tratamento oftalmológico adequados. Foi elaborado estudo descritivo que incluiu 31 portadores de hanseníase com estado reacional, em tratamento regular com corticosteróide oral, por um período de 5 a 40 meses (média de 18,7 mais ou menos 10,1 meses), sendo 14 do sexo masculino e 17 do feminino, 10 leucodérmicos, 14 faiodérmicos e 7 melanodérmicos. As idades variaram entre 15 e 62 anos (média de 36,8 mais ou menos 13,0 anos). Todos foram submetidos à avaliação oftalmológica para que a frequência de hipertensão ocular e de opacidades cristalinianas subcapsulares posteriores pudessem ser determinadas. A hipertensão ocular foi observada em 22,6 por cento dos olhos examinados, enquanto que a catarata foi diagnosticada em 19,4 por cento. Hipertensão ocular e catarata são achados frequentemente em portadores de hanseníase em tratamento de estado reacional com corticoterapia oral. O controle oftalmológico regular para o pronto diagnóstico, propedêutica e tratamento adequado dessas complicações oculares visam prevenir ou minimizar possíveis danos visuais iatrogênicos.
Assuntos
Humanos , Catarata , Corticosteroides/uso terapêutico , Hanseníase , Hipertensão OcularRESUMO
O objetivo deste trabalho foi determinar a frequência de hipertensão ocular e de catarata em portadores de hanseníase em tratamento de estado reacional dos tipos I e II, associado ou não à neurite, com corticoterapia oral. A partir daí, selecionar, orientar e encaminhar os pacientes que apresentaram complicações oculares para propedêutica e tratamento oftalmológico adequados. Foi elaborado estudo descritivo que inclui 31 portadores de hanseníase com estado reacional, em tratamento regular com corticosteróide oral, por um período de 5 a 40 meses (média de 18,7 +- 10,1 meses) sendo 14 do sexo masculino e 17 do sexo feminino, 10 leucodérmicos, 14 faiodérmicos e 7 melanodérmicos. As idades variaram entre 15 e 62 anos (média de 36,8 +- 13,0 anos). Todos foram submetidos à avaliação oftalmológica para que a frequência de hipertensão ocular e de opacidades cristalinianas subcapsulares posteriores pudessem ser determinadas. A hipertensão ocular foi observada em 22,6% dos olhos examinados, enquanto que a catarata foi diagnosticada em 19,4%. Hipertensão ocular e catarata são achados frequentes em portadores de hanseníase em tratamento de estado reacional com corticoterapia oral. O controle oftalmológico regular para o pronto diagnóstico, propedêutica e tratamento adequado dessas complicações oculares visam prevenir ou minimizar possíveis danos visuais iatrogênicos.
Assuntos
Corticosteroides/farmacologia , Corticosteroides/uso terapêutico , Hanseníase/imunologia , Hanseníase/tratamento farmacológico , Hipertensão Ocular/fisiopatologia , Hipertensão Ocular/terapia , Hipertensão Ocular/tratamento farmacológicoRESUMO
PURPOSE: To check the complications of cataract surgery with intraocular lens implantation in leprosy patients by the phacoemulsification technique, and to compare these results, with a control group. METHODS: The used method was a case control study, where 31 eyes from leprosy patients were submitted to cataract surgery, from June 1999 to January 2003, called Case Group. On the other hand, 31 eyes of healthy patients were selected for the Control Group. The comparison between the groups was performed using Fisher's exact test. The used program was EPI INFO 6.04. RESULTS: Sphincter tear was the only postoperative complication higher in the leprosy group (p=0.024). The other alterations did not show statistic differences (p>0.05). Visual acuity improvement was the same in both groups. CONCLUSIONS: This study showed that the visual acuity and complications after cataract surgery with intraocular lens are the same in leprosy patients and healthy ones.
Assuntos
Catarata/etiologia , Implante de Lente Intraocular , Hanseníase/complicações , Facoemulsificação/métodos , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Estudos de Casos e Controles , Feminino , Humanos , Complicações Intraoperatórias , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Complicações Pós-Operatórias , Acuidade VisualRESUMO
OBJETIVO: Verificar as principais alterações e complicações relacionadas à cirurgia de catarata com o implante de lente intra-ocular em portadores de hanseníase, utilizando-se a técnica da facoemulsificação e, comparar estes resultados com um grupo de pacientes sem a doença. MÉTODOS: O método utilizado foi o estudo caso-controle, no qual foram incluídos 31 olhos de hansenianos operados no período de junho de 1999 a janeiro de 2003, denominados de Grupo Caso. Paralelamente foram selecionados outros 31 olhos de pacientes não hansenianos denominados de Grupo Controle. As comparações entre os Grupos foram realizadas pelo teste exato de Fisher. Foi utilizado programa de processamento estatístico EPI INFO versão 6.04. RESULTADOS: Na análise das complicações pós-operatórias, apenas a rotura de esfíncter evidenciou relação com a hanseníase, com um p=0,024. A distribuição da freqüência das demais alterações não mostrou significância estatística (p>0,05). A melhora na acuidade visual foi semelhante nos dois grupos. CONCLUSÃO: O estudo comprovou que, quanto à acuidade visual no pós-operatório e as complicações, os pacientes hansenianos assemelham-se à população em geral, quando utilizada a técnica da facoemulsificação com introdução de lente intra-ocular.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso de 80 Anos ou mais , Catarata/etiologia , Implante de Lente Intraocular , Hanseníase/complicações , Facoemulsificação , Estudos de Casos e Controles , Complicações Intraoperatórias , Complicações Pós-Operatórias , Acuidade VisualRESUMO
Em nosso estudo, realizou-se a avaliação funcional da inervação autonômica da íris de portadores das várias formas de manifestação clínica da hanseníase através da medida do tempo do ciclo pupilar. Concomitantemente, procurou-se pesquisar a função lacrimal, o comportamento da pressão arterial diante das variações posturais, as alterações da temperatura corporal e a ocorrência de sintomas relacionados com o comprometimento do sistema nervoso autônomo. Foram incluídos 81 participantes, divididos em dois grupos: o Grupo I, composto por 63 portadores de hanseníase, e estratificado em cinco subgrupos (HT, HB, HBB, HBL e HL), dependendo da forma de manifestação clínica da doença, e o Grupo II ou grupo controle, composto por 18 indivíduos hígidos. Limitamos a idade de todos os participantes entre 16 e 45 anos. Os portadores de hanseníase estavam em tratamento regular, tinham o tempo de diagnóstico inferior a 3 anos, grau de incapacidade 0 ou 1 e não apresentavam surto reacional no momento da avaliação. A medida do tempo do ciclo pupilar, realizada segundo a padronização de Miller & Thompson (1978), demonstrou ser um método ambulatorial não invasivo, simples e objetivo para a avaliação funcional da inervação autonômica da íris
Assuntos
Hanseníase , OftalmologiaRESUMO
Em nosso estudo, realizou-se a avaliaçäo funcional da inervaçäo autonômica da íris de portadores das várias formas de manifestaçäo clínica da hanseníase através da medida do tempo do ciclo pupilar. Concomitantemente, procurou-se pesquisar a funçäo lacrimal, o comportamento da pressäo arterial diante das variaçöes posturais, as alteraçöes da temperatura corporal e a ocorrência de sintomas relacionados com o comprometimento do sistema nervoso autônomo. Foram incluídos 81 participantes, divididos em dois grupos: o Grupo I, composto por 63 portadores de hanseníase, e estratificado em cinco subgrupos (HT, HB, HBB, HBL e HL), dependendo da forma de manifestaçäo clínica da doença, e o Grupo II ou grupo controle, composto por 18 indivíduos hígidos. Limitamos a idade de todos os participantes entre 16 e 45 anos. Os portadores de hanseníase estavam em tratamento regular, tinham o tempo de diagnóstico inferior a 3 anos, grau de incapacidade 0 ou 1 e näo apresentavam surto reacional no momento da avaliaçäo. A medida do tempo do ciclo pupilar, realizada segundo a padronizaçäo de Miller & Thompson (1978), demonstrou ser um método ambulatorial näo invasivo, simples e objetivo para a avaliaçäo funcional da inervaçäo autonômica da íris. O tempo do ciclo pupilar observado nos integrantes dos Subgrupos HT e HBT foi estatisticamente semelhante ao dos indivíduos hígidos enquanto o tempo do ciclo pupilar dos integrantes dos Subgrupos HBB, HBL e HL apresentou um prolongamento significativo. Dentre os outros sinais disautonômicos pesquisados, apenas a frequência de disfunçäo lacrimal nos portadores das formas HBT e HL foi significativamente maior em relaçäo à dos indivíduos hígidos. Näo se verificou a ocorrência de hipotensäo arterial ortostática e nem de alteraçöes da temperatura corporal nos portadores de hanseníase. No entanto, a frequência de alguns sintomas disautonômicos foi significativamente aumentada no Grupo I em relaçäo ao Grupo II; esses sintomas foram mais frequentes no Subgrupo HL e menos no Subgrupo HT.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Distúrbios Pupilares/fisiopatologia , Hanseníase/complicações , Iris/fisiopatologia , Dissertação Acadêmica , Doenças do Sistema Nervoso Autônomo/complicações , Iris/inervação , Reflexo Pupilar/fisiologiaRESUMO
Os autores apresentam levantamento das condiçöes visuais de Associaçäo Mineira de reabilitaçäo, entidade voltada para os deficientes físicos em Belo Horizonte. Comparam os dados obtidos com os de uma escola regular e verificam maior incidência de deficiência visual (24,8%) e estrabismo (20,9%) que do grupo-controle. Discutem ainda as dificuldades na normatizaçäo do exame oftalmológico dos deficientes físicos e sugerem teste de acuidade visual alternativo para os casos especiais em estudo