RESUMO
Hypospadias is a congenital anomaly of the external genitalia, in which the penile urethra ends ventrally and caudally at its normal opening. It can be classified based on the location of the urethral opening as glandular, penile, scrotal, perineal, or anal. The affected animals have other congenital or developmental abnormalities. This article is a case report of a rare perineal hypospadias in a 5-months-old, mixed-breed male dog, and it broaches the clinical and therapeutic aspects and also the requested tests. A dog with assumed hermaphrodite condition received medical care at Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi. During physical examination, urethral meatus located ventrally to the anus, foreskin alterations, penis, and absence of scrotum, as well as coccygeal vertebrae malformation, were observed. Screening tests were performed, such as blood count, abdominal ultrasonography, and thoracolumbar and sacral loins radiographs. The dog received surgical treatment which consisted in penectomy and orchiectomy. The animal received antibiotic, analgesic, and anti-inflammatory medication, daily cleaning of stitches and perineal region and showed excellent postoperative recovery. Fifteen days after the surgery, the patient returned to the hospital and the surgical wound was completely healed, with no signs of urinary infection, inflammation or rashes on perineal(AU)
A hipospadia é uma anomalia congênita da genitália externa na qual a uretra peniana termina ventral e caudalmente à sua abertura normal. Pode ser classificada, com base na localização da abertura uretral, como glandular, peniana, escrotal, perineal ou anal. Os animais acometidos apresentam outras anormalidades congênitas ou de desenvolvimento. Este trabalho relata um caso raro de hipospadia perineal em um cão macho, sem raça definida, com cinco meses de idade, abordando os aspectos clínicos e terapêuticos e os exames solicitados. Um canino com suspeita de hermafroditismo foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi. Durante o exame físico, foram observados meato uretral localizado ventralmente ao ânus, alterações no prepúcio e no pênis e ausência de escroto, além de má formação das vértebras coccígeas. Foram realizados exames de triagem, como hemograma, ultrassonografia abdominal e radiografias das regiões toracolombar e lombo sacra. O cão foi encaminhado para tratamento cirúrgico, sendo submetido à penectomia e orquiectomia. O animal recebeu antibioticoterapia, analgésico, anti-inflamatório, limpeza diária da ferida cirúrgica e da região perineal e apresentou excelente recuperação pós-operatória. Após 15 dias da operação, o paciente retornou ao hospital e foi constatada a completa cicatrização da ferida cirúrgica e ausência de infecção urinária(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Cães/anormalidades , Hipospadia/diagnóstico , Hipospadia/veterináriaRESUMO
Hypospadias is a congenital anomaly of the external genitalia, in which the penile urethra ends ventrally and caudally at its normal opening. It can be classified based on the location of the urethral opening as glandular, penile, scrotal, perineal, or anal. The affected animals have other congenital or developmental abnormalities. This article is a case report of a rare perineal hypospadias in a 5-months-old, mixed-breed male dog, and it broaches the clinical and therapeutic aspects and also the requested tests. A dog with assumed hermaphrodite condition received medical care at Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi. During physical examination, urethral meatus located ventrally to the anus, foreskin alterations, penis, and absence of scrotum, as well as coccygeal vertebrae malformation, were observed. Screening tests were performed, such as blood count, abdominal ultrasonography, and thoracolumbar and sacral loins radiographs. The dog received surgical treatment which consisted in penectomy and orchiectomy. The animal received antibiotic, analgesic, and anti-inflammatory medication, daily cleaning of stitches and perineal region and showed excellent postoperative recovery. Fifteen days after the surgery, the patient returned to the hospital and the surgical wound was completely healed, with no signs of urinary infection, inflammation or rashes on perineal
A hipospadia é uma anomalia congênita da genitália externa na qual a uretra peniana termina ventral e caudalmente à sua abertura normal. Pode ser classificada, com base na localização da abertura uretral, como glandular, peniana, escrotal, perineal ou anal. Os animais acometidos apresentam outras anormalidades congênitas ou de desenvolvimento. Este trabalho relata um caso raro de hipospadia perineal em um cão macho, sem raça definida, com cinco meses de idade, abordando os aspectos clínicos e terapêuticos e os exames solicitados. Um canino com suspeita de hermafroditismo foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi. Durante o exame físico, foram observados meato uretral localizado ventralmente ao ânus, alterações no prepúcio e no pênis e ausência de escroto, além de má formação das vértebras coccígeas. Foram realizados exames de triagem, como hemograma, ultrassonografia abdominal e radiografias das regiões toracolombar e lombo sacra. O cão foi encaminhado para tratamento cirúrgico, sendo submetido à penectomia e orquiectomia. O animal recebeu antibioticoterapia, analgésico, anti-inflamatório, limpeza diária da ferida cirúrgica e da região perineal e apresentou excelente recuperação pós-operatória. Após 15 dias da operação, o paciente retornou ao hospital e foi constatada a completa cicatrização da ferida cirúrgica e ausência de infecção urinária
Assuntos
Animais , Cães , Cães/anormalidades , Hipospadia/diagnóstico , Hipospadia/veterináriaRESUMO
A coccidioidomicose é uma infecção fúngica sistêmica causada pelo Coccidioides immitis, que acomete os animais e o homem (1,2). É um fungo telúrico, encontrado em regiões áridas e semi-áridas. A infecção ocorre pela inalação dos artroconídeos do fungo suspensos no ar. Há vários relatos de sua ocorrência em cães que habitam regiões endêmicas do sudoeste dos Estados Unidos (1). No Brasil, sua ocorrência tem sido descrita em pacientes humanos provenientes da região nordeste. É uma doença primariamente pulmonar, mas a forma disseminada tem sido descrita, com envolvimento do sistema nervoso central, ossos, articulações, coração, olhos e do tecido cutâneo (2). A doença pode cursar por um longo período de forma subclínica e as principais alterações clínicas na manifestação dessa doença são a tosse e dispnéia. As alterações radiográficas descritas na coccidioidomicose pulmonar no cão são quadros intersticiais nodulares, quadros alveolares ou mistos. O espessamento da pleura e linfonodomegalia mediastinal também são relatados (2). O diagnóstico definitivo baseia-se na presença do agente identificado em amostras citológicas ou histológicas (2). O objetivo desse trabalho foi relatar um caso autóctone de coccidioidomicose pulmonar em cão, cujos exames radiográfico e ultrassonográfico do tórax contribuiram no direcionamento do diagnóstico.
RESUMO
A coccidioidomicose é uma infecção fúngica sistêmica causada pelo Coccidioides immitis, que acomete os animais e o homem (1,2). É um fungo telúrico, encontrado em regiões áridas e semi-áridas. A infecção ocorre pela inalação dos artroconídeos do fungo suspensos no ar. Há vários relatos de sua ocorrência em cães que habitam regiões endêmicas do sudoeste dos Estados Unidos (1). No Brasil, sua ocorrência tem sido descrita em pacientes humanos provenientes da região nordeste. É uma doença primariamente pulmonar, mas a forma disseminada tem sido descrita, com envolvimento do sistema nervoso central, ossos, articulações, coração, olhos e do tecido cutâneo (2). A doença pode cursar por um longo período de forma subclínica e as principais alterações clínicas na manifestação dessa doença são a tosse e dispnéia. As alterações radiográficas descritas na coccidioidomicose pulmonar no cão são quadros intersticiais nodulares, quadros alveolares ou mistos. O espessamento da pleura e linfonodomegalia mediastinal também são relatados (2). O diagnóstico definitivo baseia-se na presença do agente identificado em amostras citológicas ou histológicas (2). O objetivo desse trabalho foi relatar um caso autóctone de coccidioidomicose pulmonar em cão, cujos exames radiográfico e ultrassonográfico do tórax contribuiram no direcionamento do diagnóstico.