RESUMO
The intraperitoneal use of rifamycin s.v. and its influence in postoperative peritoneal adhesions occurrence was analysed in a ninety male rats experimental study. The control group was formed by 45 animals subjected to laparotomy and instillation of 2mL of saline solution with rhythmic digital movements in the four quadrants of the peritoneal cavity for 2 minutes. After this procedure, the remaining saline solution was aspirated with a syringe, followed by immediate laparorrhaphy. The experiment group (n=45) was submitted to a similar procedure with instillation of a solution of rifamycin s.v. 500mg diluted in 500mL of a saline vehicle, according to the same movement used in the control group. The animals of both control and experiment groups were distributed in three subgroups with equal number (n=15), according to the euthanasia period, which was 7, 14 and 21 days postoperative. Peritoneal adhesions were quantified in the euthanasia periods, using a method described by MORENO-EGEA, AGUAYO, ZAMBUDIO and PARRILLA (1993). The experiment group presented a rate of adhesion significantly high as compared to the control group in all subgroups. This difference was higher in animals with an euthanasia period of 21 days.
O uso da rifamicina sv intraperitoneal e a sua influência na formação de aderências peritoneais pós-operatórias (APs), foram analisados num estudo experimental em 90 ratos, machos, da linhagem Wistar-UNIG, distribuídos em dois grupos iguais. O grupo A (n = 45) foi submetido à laparotomia e instilação de 2 mL de solução salina de cloreto de sódio a 0,9%, realizando-se movimento digital rítmico, nos quatro quadrantes da cavidade peritoneal, totalizando um tempo de manuseio de dois minutos. Após este procedimento, a solução remanescente foi aspirada com seringa, seguida de laparorrafia imediata. O grupo B (n = 45), foi submetido a procedimento semelhante com a instilação de uma solução de rifamicina sv 500mg diluída em 500mL de solução salina de cloreto de sódio a 0,9%, utilizando manobra idêntica àquela utilizada no grupo A. Os animais do grupo A e os do grupo B foram separados em três subgrupos com igual número (n = 15) de acordo com o período de eutanásia, que foi de 7, 14 e 21 dias pós-operatório. As aderências peritoneais foram quantificadas nos seus respectivos períodos de eutanásia, utilizando um método descrito por MORENO-EGEA, AGUAYO, ZAMBUDIO e PARRILLA (1993). O grupo B apresentou aderências significantemente mais intensas que o grupo A em todos os subgrupos. Esta diferença foi mais marcante nos animais submetidos à eutanásia após 21 dias.