Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas do CRATOD: desafios e perspectivas para a adesão ao tratamento / Challenges and Factors Influencing Low Adherence to Treatment in a Substance Abuse Assistance Center

Dentre a natureza multifacetada relacionada ao cuidado às pessoas que usam drogas, a adesão ao tratamento destaca-se como um dos processos mais complexos e laborioso para se alcançar. O CAPS AD III do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (CRATOD), mesmo dispondo de estrutura física e humana privilegiadas, defrontou-se com indícios da dificuldade em manter a longitudinalidade do cuidado aos pacientes. Assim, objetivou-se analisar fatores que pudessem influenciar na adesão ao tratamento. Estruturou-se o método em duas partes. Na Etapa 1, de desenho quantitativo e com base nos dados secundários referentes aos pacientes do CAPS AD III CRATOD, foram considerados o perfil sociodemográfico, a densidade de tratamento e o desfecho (adesão) desses pacientes no setor. Realizou-se a Regressão Logística Binomial com intuito de encontrar a chance de o paciente ser não aderente, investigando-se as categorias nas co-variáveis. Com olhar mais longitudinal, realizou-se a Análise de Sobrevida, com o objetivo de determinar a chance de o paciente tornar-se não aderente ao longo do tempo em tratamento, investigando-se as categorias nas co-variáveis. A Etapa 2, de cunho qualitativo, foi composta pelo Teste de Associação Livre de Palavras (TALP) com os profissionais do CRATOD, utilizando-se os termos indutores tratamento no CAPS AD III CRATOD (retratando a ação do trabalho) e dependente químico (retratando quem recebe a ação do trabalho), esquadrinharam-se possíveis estigmas e representações sociais dos profissionais acerca de elementos constituintes do trabalho no CAPS AD III CRATOD. Considerando os resultados, a Etapa 1 apontou que ser mais jovem, estar sem atividade remunerada, não passar por ao menos um atendimento médico agendado e não passar por ao menos um atendimento odontológico foram características que apresentaram, significativamente, mais chances de serem não aderentes e de tornarem-se não aderentes em menor tempo ao longo das semanas em tratamento. A Etapa 2 encontrou as aproximações semânticas Equipe, Grupo, PTS e Atendimento como as mais representativas para o indutor tratamento no CAPS AD III CRATOD; e Drogas, Vulnerabilidade, Tratamento e Paciente como as mais representativas para o indutor dependente químico. Foi possível compreender que fatores de natureza diversa contribuíram para a adesão ao tratamento, envolvendo o processo de trabalho e os agentes participantes. Levantaram-se questionamentos sobre a acessibilidade e acolhimento dos serviços às pessoas que usam drogas, sobre a importância de respeitar a integralidade do cuidado e sobre os estigmas negativos dos profissionais a respeito dos dependentes químicos e do tratamento. Como proposta, sugeriu-se o estímulo à criação de espaços de Educação Permanente nos serviços, a fim de enriquecer as trocas de saberes, promover o acolhimento a eventuais sofrimentos psíquicos dos profissionais e contribuir com uma assistência mais qualificada.

Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas do Cratod: desafios e perspectivas para a adesão ao tratamento: resumo executivo / Challenges and Factors Influencing Low Adherence to Treatment in a Substance Abuse Assistance Center: executive summary

Garantir o direito à saúde, proporcionando cuidado às pessoas que usam drogas, constitui-se tarefa desafiadora para os equipamentos assistenciais e seus profissionais. Dentre a natureza multifacetada relacionada a este cuidado, a adesão ao tratamento destaca-se como um dos processos mais complexos e difíceis para se alcançar. O Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras drogas (CRATOD) foi uma instituição cujo cerne baseava-se na prestação de assistência qualificada a este público. Mesmo dispondo de estrutura física e humana privilegiadas, o setor ambulatorial do CRATOD (CAPS AS III CRATOD) defrontou-se com indícios da dificuldade em manter a longitudinalidade do cuidado aos pacientes. Assim sendo, esta questão estimulou a elaboração do presente estudo, cujo objetivo foi analisar fatores que pudessem influenciar na adesão e continuidade do tratamento.

Association study of vascular endothelial growth factor and polymorphisms of its gene with ectopic pregnancy.

PROBLEM: In ectopic pregnancy, increased levels of vascular endothelial growth factor are present. The aims of this study were to determine the association between -634C/G, -460T/C, and +936C/T vascular endothelial growth factor (VEGF) polymorphisms and ectopic pregnancy, and to determine whether serum levels of VEGF were affected by genetic factors. METHOD: of study This is a case-control study wherein 74 women with a history of ectopic pregnancy in a tertiary care center were compared to 134 post-menopausal controls with two pregnancies and no ectopic pregnancy for the genotyping of VEGF polymorphisms. For 35 patients with the diagnosis of ectopic pregnancy, serum concentrations of VEGF were obtained before the treatment. Genotyping of VEGF (-634C/G, -460T/C, and +936C/T) polymorphisms was performed by PCR, followed by endonuclease digestion. ELISA was performed to evaluate the VEGF serum levels. RESULTS: The -634C/G, -460T/C, and +936C/T VEGF polymorphisms were not associated with ectopic pregnancy (P = 0.170, P = 0.285, and P = 0.700, respectively). The serum levels of VEGF were not associated with the genotype of -634C/G, -460T/C, and +936C/T VEGF polymorphisms (P = 0.702; P = 0.347, and P = 0.256, respectively). CONCLUSION: There was no association between ectopic pregnancy and -634C/G, -460T/C, and +936C/T VEGF polymorphisms. There was no correlation between VEGF genotype and the expression of VEGF in blood samples.