RESUMO
Este artigo reflete um debate sobre a relação entre territórios negros, práticas religiosas, construção da identidade da população negra e como as memórias e representações sociais têm influência nesse processo. As práticas religiosas de matriz africana estão diretamente relacionadas com os referenciais identitários da população afrodescendente. Sabemos que essas práticas são um grande e importante legado deixado pelos africanos no Brasil para seus descendentes, no entanto as memórias dessas práticas estão sendo marcadas pelo esquecimento e as representações sociais ancoradas com práticas demoníacas relacionadas ao mal. Isso faz com que os praticantes não queiram se identificar com essas manifestações e procurem um distanciamento, enquanto os não praticantes os veem como pessoas que praticam ações que causam prejuízos. O resultado são atitudes de intolerância e discriminação
This article exposes a debate about the relationship between black territories, religious practices, identity construction of the black population and how memories and representations have influence in this process. The religious practices of African origin are directly related to the identity references of people of African descent. We know that these practices are a large and important legacy of Africans in Brazil for their offspring. However, the memories of these practices are being marked by forgetfulness and social representations anchored to demonic practices related to evil. This makes the practitioners no longer wish to be identify with these demonstrations and seek a distance themselves, while non practitioners see them as people who practice actions that cause harm. The results are attitudes of intolerance and discrimination
Este artículo refleja un debate sobre la relación entre los territorios negros, las prácticas religiosas, la construcción de la identidad de la población negra y como los recuerdos y representaciones influyen en este proceso. Las prácticas religiosas de origen africano están directamente relacionadas con las referencias de identidad de las personas de ascendencia africana. Sabemos que estas prácticas son un legado grande e importante de los africanos en Brasil para sus descendientes, sin embargo, los recuerdos de estas prácticas están siendo marcados por representaciones sociales basadas en prácticas demoníacas relacionadas con el mal. Esto hace que los practicantes no quieran identificarse con estas manifestaciones y busquen un distanciamiento, mientras que los no practicantes los ven como personas que practican acciones que causan daño. El resultado son actitudes de intolerancia y discriminación