RESUMO
RESUMO Objetivo: Avaliar se houve associação entre a ocorrência de fratura após trauma físico e o uso de glicocorticoides nos 12 meses precedentes ao trauma, em crianças e adolescentes atendidos em uma emergência. Métodos: No período de abril a outubro de 2015 foi conduzido em uma emergência pediátrica um estudo tipo caso controle, em pacientes de 3 a 14 anos incompletos, vitimados por trauma físico, com e sem fratura. Os dados analisados foram obtidos pela consulta dos prontuários, pelo exame físico dos pacientes e por entrevista dos responsáveis, comparando-se uso de glicocorticoides nos últimos 12 meses, características demográficas, índice de massa corpórea, ingesta de leite, intensidade do trauma, prática de exercício físico e tabagismo passivo domiciliar nos dois grupos de pacientes. Resultados: Estudaram-se 104 pacientes com trauma físico, 50 com fratura e 54 sem fratura. O uso de glicocorticoides ocorreu em 15,4% dos pacientes estudados, sem diferença estatisticamente significante entre os dois grupos. A faixa etária de 10 a 14 anos incompletos, o trauma grave e a prática de exercício físico predominaram entre os pacientes com fratura. Conclusões: Este estudo não mostrou associação entre o uso prévio de glicocorticoides e a ocorrência de fraturas em crianças e adolescentes. A faixa etária de 10 a 14 anos incompletos, o trauma grave e a prática de exercício físico associaram-se com maior risco para fraturas.
ABSTRACT Objective: To assess the association between traumatic fractures and glucocorticoids taken 12 months prior to a trauma, in children and adolescents seen at an emergency room. Methods: A case-control study was conducted from April to October 2015, at a pediatric emergency hospital with patients aged 3- to 14 years-old, who had suffered physical trauma. Some of the patients had a fracture and some did not. The data analyzed were obtained from medical records, physical examination of the patients, and interview with the patients' caregivers. Glucocorticoid use in the past 12 months, demographic variables, body mass index, milk intake, trauma intensity, physical activity and smoking in the household were compared between the two patient groups. Results: A total of 104 patients with physical trauma were studied - 50 had a fracture and 54 did not. Of all the patients, 15.4% had previously used glucocorticoids, and there were no statistically significant differences between the groups. The age range of 10- to 14 years-old, severe trauma and physical activity were more prevalent among patients with a bone fracture. Conclusions: This study did not find an association between previous glucocorticoid use and the occurrence of fractures in children and adolescents. The age range of 10- to 14 years-old, severe trauma, and physical activity were associated with an increased risk for fractures.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Exercício Físico/fisiologia , Centros de Traumatologia/estatística & dados numéricos , Brasil/epidemiologia , Estudos de Casos e Controles , Índices de Gravidade do Trauma , Fatores de Risco , Fraturas Ósseas/diagnóstico , Fraturas Ósseas/etiologia , Fraturas Ósseas/epidemiologia , Glucocorticoides/efeitos adversos , Glucocorticoides/uso terapêuticoRESUMO
OBJECTIVE: To assess the association between traumatic fractures and glucocorticoids taken 12 months prior to a trauma, in children and adolescents seen at an emergency room. METHODS: A case-control study was conducted from April to October 2015, at a pediatric emergency hospital with patients aged 3- to 14 years-old, who had suffered physical trauma. Some of the patients had a fracture and some did not. The data analyzed were obtained from medical records, physical examination of the patients, and interview with the patients' caregivers. Glucocorticoid use in the past 12 months, demographic variables, body mass index, milk intake, trauma intensity, physical activity and smoking in the household were compared between the two patient groups. RESULTS: A total of 104 patients with physical trauma were studied - 50 had a fracture and 54 did not. Of all the patients, 15.4% had previously used glucocorticoids, and there were no statistically significant differences between the groups. The age range of 10- to 14 years-old, severe trauma and physical activity were more prevalent among patients with a bone fracture. CONCLUSIONS: This study did not find an association between previous glucocorticoid use and the occurrence of fractures in children and adolescents. The age range of 10- to 14 years-old, severe trauma, and physical activity were associated with an increased risk for fractures.
OBJETIVO: Avaliar se houve associação entre a ocorrência de fratura após trauma físico e o uso de glicocorticoides nos 12 meses precedentes ao trauma, em crianças e adolescentes atendidos em uma emergência. MÉTODOS: No período de abril a outubro de 2015 foi conduzido em uma emergência pediátrica um estudo tipo caso controle, em pacientes de 3 a 14 anos incompletos, vitimados por trauma físico, com e sem fratura. Os dados analisados foram obtidos pela consulta dos prontuários, pelo exame físico dos pacientes e por entrevista dos responsáveis, comparando-se uso de glicocorticoides nos últimos 12 meses, características demográficas, índice de massa corpórea, ingesta de leite, intensidade do trauma, prática de exercício físico e tabagismo passivo domiciliar nos dois grupos de pacientes. RESULTADOS: Estudaram-se 104 pacientes com trauma físico, 50 com fratura e 54 sem fratura. O uso de glicocorticoides ocorreu em 15,4% dos pacientes estudados, sem diferença estatisticamente significante entre os dois grupos. A faixa etária de 10 a 14 anos incompletos, o trauma grave e a prática de exercício físico predominaram entre os pacientes com fratura. CONCLUSÕES: Este estudo não mostrou associação entre o uso prévio de glicocorticoides e a ocorrência de fraturas em crianças e adolescentes. A faixa etária de 10 a 14 anos incompletos, o trauma grave e a prática de exercício físico associaram-se com maior risco para fraturas.