RESUMO
As fraturas da patela são prevalentes na faixa etária de 20 a 50 anos e representam 1 por cento das fraturas. São classificadas através de 2 aspectos principais: característica do traço de fratura e presença de exposição óssea, o que dirige a escolha do tratamento dentro das diversas técnicas propostas. Este trabalho objetivou estudar a incidência dos padrões de fraturas patelares e analisar os resultados funcionais encontrados com as diferentes modalidades de tratamento no IOT-HC-FMUSP. Levantou-se 103 prontuários de pacientes com fratura de patela tratados no IOT no período de 1988 - 1999 com seguimento mínimo de 5 anos. A média etária foi de 39,4 anos, 68 por cento do sexo masculino, 51,5 por cento de acometimento do lado direito e 2,9 por cento de bilateralidade. Prevaleceram fraturas transversas (36 por cento); 30 por cento de exposição óssea; técnicas mais utilizadas patelectomia parcial (46,6 por cento), banda de tensão (20,4 por cento), imobilização gessada (17,5 por cento), cerclagem (4,8 por cento) e patelectomia total (2,9 por cento); notou-se 57,1 por cento de excelentes e bons resultados com banda de tensão AO e 44,4 por cento nas patelectomias parciais. Concluiu-se que o resultado funcional final do tratamento da fratura de patela é multifatorial; o tipo de fratura, o modo de tratamento - conservador ou cirúrgico, a idade e o mecanismo de trauma não influenciam, isoladamente, o sucesso da terapêutica.