RESUMO
Este artigo faz uma reflexão sobre práticas dos psicólogos atuantes nos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), na interface com a formação acadêmica. Objetiva contribuir para formação de psicólogos junto à Política Nacional de Assistência Social e à aplicação de políticas públicas que operacionalizam direitos e fortalecem garantias sociais. A produção dos dados ocorreu mediante entrevista com oito psicólogos de CRAS. A análise qualitativa de conteúdo gerou quatro categorias a posteriori, em torno dos temas seguintes: mal-estar de trabalhar no campo da assistência social; conflitos de identidade profissional; bom senso, ecletismo e conhecimentos da clínica tradicional como referências teóricas para o trabalho em CRAS; práticas nos CRAS: fazeres dos psicólogos x conhecimentos necessários. A pesquisa indica a necessidade de rever a formação, compreendendo-se a Assistência Social enquanto Política Pública que afirma direitos, para a construção de práticas psicológicas que superem o modelo clínico individualizante essencialista, tradicionalmente aplicado à formação de psicólogos.(AU)
This article is a reflection on the interface between psychologists practices at the Social Work Reference Centers (CRAS) and their academic education. It aims to contribute to psychologists education, in view of the National Policy of Social Work, as well as the application of public policies that operationalize rights and strengthen social safeguards. Data collection was conducted by means of an interview with eight psychologists from CRAS. After the qualitative content analysis, four categories evolved on the following themes: Dissatisfaction with working in the field of the Social Work; Professional identity conflicts; Common sense, eclecticism and knowledge of the traditional clinic as the theoretical background for working at CRAS; CRAS practices: psychologists work X required knowledge. The study points to the need of reviewing education, understanding Public Policy as reassuring rights, and constructing psychological practices that overcome the essentialist, individualist clinical model, traditionally applied to the psychologists education.(AU)
