RESUMO
O estresse ocupacional constitui um complexo estado físico-psíquico derivado das exigências e inadequações dos fatores ambientais, organizacionais e humanos do ambiente de trabalho. Há uma relação direta entre os altos índices de estresse ocupacional e a ausência de concepções ergonômicas e preparo físico dos funcionários nas empresas. O objetivo deste estudo foi analisar a influência da readequação ergonômica e o exercício físico no tratamento do estresse ocupacional. Participaram do estudo quatro funcionárias do setor de costura de uma empresa de uniformes em Londrina-PR. Foram utilizados, no período pré e pós-intervenção, os sistemas check-list para a diagnose ergonômica do ambiente/posto de trabalho e tarefas, o questionário de auto-avaliação de Lipp, na avaliação do estresse ocupacional e mapas de regiões dolorosas, na investigação de tensões musculares. No período de intervenção foram realizados três procedimentos: informação e conscientização, sessões de ginástica laboral e, finalmente, a readequação ergonômica do ambiente e posto de trabalho. Os resultados comparativos das avaliações inicial e final foram: no check-list, as inadequações biomecânicas e organizacionais evidenciadas obtiveram, após a readequação, alterações fundamentais com enfoque ergonômico; na auto-avaliação do estresse ocupacional houve melhoras significativas nos níveis de estresse com variação de 75 por cento moderada; e 25 por cento leve para 25 por cento moderada; e 75 por cento leve. Predominou a região lombar como sendo a área de maior tensão muscular, mas com uma redução de 20 por cento à inicial. A associaçção da readequação ergonômica e o exercício físico revelou-se uma abordagem terapêutica eficaz na redução do estresse ocupacional.