RESUMO
O trauma facial apresenta incidência crescente nas últimas quatro décadas, principalmente devido ao aumento dos acidentes automobilísticos e da violência urbana, que continuam sendo as principais causas desses traumatismos em indivíduos jovens. OBJETIVO: Estudar as características da população vítima de trauma facial através das variáveis sexo, idade, profissão, tipo de fratura e suas causas. FORMA DE ESTUDO: clínico retrospectivo com coorte transversal. MAETERIAL E MÉTODO: Estudo retrospectivo por consulta a prontuários de 513 pacientes vítimas de trauma facial. RESULTADOS: Houve maior incidência de trauma de face em homens (84,9 por cento), brancos (82,7 por cento) e com idade média de 29 anos. Quanto à profissão, estudantes (16,6 por cento) e pedreiros (11,2 por cento) foram os mais acometidos. A mandíbula foi o local mais afetado (35 por cento), seguido do zigoma (24 por cento) e do nariz (23 por cento), sendo que a maioria dos pacientes tinha fratura única de face (81,5 por cento). Dentre as causas, destacaram-se os acidentes automobilísticos (28,3 por cento), agressões (21 por cento) e as quedas acidentais (19,5 por cento). CONCLUSÕES: Os acidentes automobilísticos continuam sendo a principal causa de trauma de face, principalmente de fraturas múltiplas devido à grande transmissão de energia cinética.