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1.
Rev. Soc. Cardiol. Estado São Paulo, Supl. ; 34(2B): 161-161, abr-jun. 2024.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1561944

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Cardiomiopatia Periparto (CMPP) é uma insuficiência cardíaca (IC), idiopática, que acomete gestantes e puérperas, desde o 9° mês de gravidez até o 5° mês pósparto. Os sintomas são semelhantes às alterações fisiológicas gestacionais, o que dificulta o diagnóstico. No entanto, a diminuição da função sistólica ventricular esquerda, associada à ausência de doença cardíaca prévia e outra etiologia determinável para IC, falam a favor da CMPP. O prognóstico varia, sendo possível haver recuperação completa do ventrículo esquerdo, disfunção cardíaca persistente, necessidade de transplante e óbito. Não há dados consistentes quanto à prevalência da CMPP, mas estima-se que 1 a cada 4000 gestações tenha esse desfecho. OBJETIVO: Analisar a mortalidade por cardiomiopatia periparto entre as pacientes do município de São Paulo na última década. MÉTODOS: O estudo elaborado trata-se de uma análise epidemiológica, descritiva e transversal. Os dados expostos foram obtidos através do banco informativo de saúde DATASUS (TABNET) entre 2013 a 2023, do município de São Paulo. A análise utiliza as variáveis: cor, faixa etária e escolaridade. RESULTADOS: Durante a última década, apenas 31 mortes por CMPP foram registradas no município de São Paulo. A taxa de mortalidade não seguiu padrões de aumento ou redução ao longo do tempo. A média de registros foi de 3 por ano. O parâmetro cor apresentou uma diferença pouco significativa, pois 55% das padecedoras eram brancas, e 45% pretas ou pardas. Quanto à faixa etária, a maioria das mulheres tinham entre 25 e 34 anos (44%), já as faixas entre 15 a 24 e 35 a 44 anos representaram a mesma porcentagem de 26%. Acerca da escolaridade, padeceram mais mulheres com 8 a 11 anos de estudo (48%), seguido por 26% que frequentaram a escola por 4 a 7 anos. Os grupos que tiveram 1 a 3 e 12 ou mais anos de escolaridade, representaram 6,5% cada, e outras 13% não informaram esse parâmetro. Conclusões: Os resultados sugerem que faleceram mais mulheres por cardiomiopatia periparto com idade entre 25 e 35 anos e com escolaridade de 8 a 11 anos. Apesar dessas conclusões, o estudo demonstrou, sobretudo, uma preocupante subnotificação da prevalência e dos óbitos pela CMPP. Diante de possíveis prognósticos desfavoráveis, aprimorar o diagnóstico e registro dessa patologia é substancial para torná-la evidente, incentivando o aumento de pesquisas que contribuirão para melhores desfechos no futuro.


Assuntos
Humanos , Feminino , Período Periparto
2.
Rev. Soc. Cardiol. Estado São Paulo, Supl. ; 34(2B): 126-126, abr-jun. 2024.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1561626

RESUMO

INTRODUÇÃO: A cardiomegalia é uma condição, na qual o coração assume um tamanho maior e desproporcional diante de um estímulo estressor. Nesse contexto, para aumentar a performance cardíaca ocorre hipertrofia dos cardiomiócitos. No entanto, esse mecanismo torna-se patológico quando o crescimento celular excede a angiogênese, deprimindo assim a função contrátil. O aumento cardíaco pode ser transitório, como em atletas e gestantes, ou secundário a condições sustentadas, como hipertensão arterial, etilismo, doenças infecciosas e mutações genéticas. Apesar de frequentemente ser assintomática, a cardiomegalia é um fator de risco importante para arritmias, insuficiência cardíaca, eventos tromboembólicos e morte súbita. OBJETIVO: Analisar a mortalidade por cardiomegalia no município de São Paulo entre 2013 e 2023. MÉTODOS: Este estudo é uma análise epidemiológica, descritiva e transversal. Os dados expostos foram obtidos através do banco informativo de saúde DATASUS (TABNET) entre os anos de 2013 e 2023, do município de São Paulo. A análise utiliza as variáveis: cor, sexo e faixa etária. Resultados: Em 10 anos, foram registrados 2244 óbitos por cardiomegalia no município de São Paulo. Nesse período, a taxa de mortalidade teve um aumento progressivo de 248%, e 2023 foi o ano de maior incidência (374). Quanto à cor, brancos representaram o maior número de padecedores (60%), seguidos por pardos (27,6%), pretos (11%) e amarelos (1,2%). Quanto ao sexo prevalente, mais da metade dos afetados eram homens (65,86%). Por último, foram registradas mortes em todas as faixas etárias, desde indivíduos menores de 1 ano (8) até maiores de 75 anos (529). Sendo que, 2% eram crianças de até 14 anos, 4% adolescentes e jovens adultos, 53% adultos até 64 anos e 42% idosos acima de 65 anos. CONCLUSÕES: Segundo a análise dos resultados, a taxa de mortalidade por cardiomegalia no município de São Paulo aumentou progressivamente na última década. A incidência de óbitos foi maior em indivíduos brancos (60%), do sexo masculino (66%) e com mais de 35 anos (95%). Por fim, a ampliação de prognósticos fatais pode estar relacionada ao crescimento da prevalência dos fatores de risco. Ademais, é provável que os resultados sejam subnotificados, pois os óbitos de indivíduos que tiveram cardiomegalia, mas faleceram pelas patologias decorrentes dessa condição, podem não estar registrados nos dados obtidos neste estudo.


Assuntos
Mortalidade , Cardiomegalia , Miócitos Cardíacos
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