Rhipicephalus microplus infected by Metarhizium: unveiling hemocyte quantification, GFP-fungi virulence, and ovary infection.

Hemocytes, cells present in the hemocoel, are involved in the immune response of arthropods challenged with entomopathogens. The present study established the best methodology for harvesting hemocytes from Rhipicephalus microplus and evaluated the number of hemocytes in addition to histological analysis from ovaries of fungus-infected females and tested the virulence of GFP-fungi transformants. Different centrifugation protocols were tested, and the one in which presented fewer disrupted cells and higher cell recovery was applied for evaluating the effect of Metarhizium spp. on hemocytes against R. microplus. After processing, protocol number 1 (i.e., hemolymph samples were centrifuged at 500×g for 3 min at 4 °C) was considered more efficient, with two isolates used (Metarhizium robertsii ARSEF 2575 and Metarhizium anisopliae ARSEF 549), both wild types and GFP, to assess their virulence. In the biological assays, the GFP-fungi were as virulent as wild types, showing no significant differences. Subsequently, hemocyte quantifications were performed after inoculation, which exhibited notable changes in the number of hemocytes, reducing by approximately 80% in females previously treated with Metarhizium isolates in comparison to non-treated females. Complementarily, 48 h after inoculation, in which hemolymph could not be obtained, histological analysis showed the high competence of these fungi to colonize ovary from ticks. Here, for the first time, the best protocol (i.e., very low cell disruption and high cell recovery) for R. microplus hemocyte obtaining was established aiming to guide directions to other studies that involves cellular responses from ticks to fungi infection.

Estudo do efeito do veneno da serpente Bothrops Jararaca na interação materno - fetal, em camundongos no 9º e 19º dias de prenhez

Neste estudo foi avaliado o efeito do veneno da serpente Bothrops jararaca na interação materno-fetal, em camundongos no 9º e 19º dias de prenhez. Para isso, animais no 8º dia de prenhez receberam, por via intramuscular, 4,88µg do veneno/20g de peso do corpo (grupo BjV). Como grupo controle, foram utilizados camundongos, na mesma data de prenhez, que receberam pela mesma rota, salina estéril (grupo Sal). No 9º dia de prenhez, um grupo de animais foi sacrificado para avaliação materna hemostática, hematológica e morfológica da decídua antimesometrial. Um outro grupo de animais foi a pré-termo, para avaliação externa e esquelética dos fetos, do peso médio dos fetos, e também do peso médio materno e da placenta, com o objetivo de relacioná-los ao envenenamento e, consequentemente, ao efeito sobre fetos. No 9º dia de prenhez, foi constatado um número maior de reabsorção de fetos entre os animais do grupo BjV (39%) quando comparado com o grupo Sal (15%), porém, não havia diferença estatística entre os dois grupos. O exame histológico da decídua antimesometrial dos camundongos do grupo BjV revelou a presença de células trofoblásticas gigantes e células deciduais necróticas, na interface materno-fetal. Focos hemorrágicos e células típicas inflamatórias também foram observados nessa região. O grupo BjV apresentou níveis mais baixos de fibrinogênio que o grupo controle (p<0,0001) entretanto, TP e TTPA não estavam alterados. Os leucogramas eram semelhantes, nos dois grupos estudados, não havendo diferenças entre a contagem geral e específica dos leucócitos. Nos animais que foram a pré-termo, o envenenamento não foi capaz de alterar o ganho de peso materno, ao longo da gestação, e também não alterou o peso das placentas. Entretanto, o grupo envenenado mostrou uma incidência, estatisticamente significativa (p=0,004), de animais com reabsorção total de fetos (43%) quando comparado com o grupo controle (16%) e de animais apresentando reabsorção parcial de fetos (19%), o que não foi observado entre os animais do grupo controle...(Resumo limitado a 300 caracteres).

The injury caused by the intramuscular injection of a single dose of Bothrops jararaca venom 4.88 µg /20 g body weight) to mice on day 8 of pregnancy and examined on day 9 was investigated. Macroscopic examination of envenomed mice showed a greater number of resorptions (39%) than that of saline-treated animals (15%), despite of no statistical difference. Histologically, a characteristic involution of mature decídua was noticed in saline-treated mice; however, necrotic trophoblast giant cells and decidual cells were also presente in this region of mice treated with B. jararaca venom, mainly close to the embryo. Hemorrhagic areas were also observed at maternal-fetal interface, wich contained maternal erythrocytes and polymorphonuclears. Plasma fibrinogen levels were lower in envenomed group (p<=0,0001) but prothrombin time and activated partial thromboplastin time remained unaltered. Total and differential white blood cell counts were not statistically different between groups. Thus, B. jararaca venom causes injuries not only to the fetus, but also to decidual tissue and blood coagulation of pregnant mice. It is not clear, nonetheless, whether disturbances during the development of pregnancy are due to a direct effect of venom on uterus/fetus or to homeostatic changes in dams, such as clotting disturbances, or to both of them.