Exposição parental à pesticida e o risco de leucemia mieloide aguda na infância: uma revisão sistemática e metanálise / [Parental exposure to pesticides and the risk of acute myeloid leukemia in childhood: a systematic review and meta-analysis]

Introdução: As leucemias correspondem a 25-35% dos casos de câncer em menores de 15 anos. Dentre as leucemias da infância 15-20% à leucemia mieloide aguda (LMA). Estudos sugerem, que as leucemias agudas pediátricas têm origem na vida intra-uterina e que exposições a substâncias cancerígenas durante o período gestacional podem ser prejudiciais para o desenvolvimento fetal e contribui para a leucemogênese. As associações causais para a leucemia infantil ainda não estão bem estabelecidas. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática e metanálise com o objetivo de compreender se a exposição ocupacional ou domiciliar parental à pesticida é um o risco para o desenvolvimento de LMA na infância A revisão foi elaborada conforme as recomendações da metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). A busca foi realizada nas bases de dados eletrônicas PubMed, Scopus, Web of Science e Embase no período de agosto a setembro de 2018, resultando em 105 trabalhos. Após a remoção dos duplicados e a aplicação dos critérios de exclusão foram incluídos na revisão 8 estudos de caso-controle, observacional, longitudinal e retrospectivo publicados entre 1980 a 2018. Para a metanálise, os resultados binários de exposições foram coletados de acordo com o numero amostral de cada estudo, gerando tabelas de contingências para exposição à pesticidas com seus respectivos OR ou RR. Para o cálculo foi utilizado o software Rev manager version 5, especificando o efeito aleatórios baseado no método de Mantel-Haenszel. Resultado e Discussão: Apesar da conhecida teratogenicidade de diversos tipos de pesticidas, ao avaliar ensaios e estudos epidemiológicos esta correlação não fica tão clara. Isso se deve a complexidade e o número de variáveis que influem nesses resultados, neste estudo notou-se a influência significativa da exposição parental aos pesticidas no desenvolvimento da leucemia infantil, porem ao se avaliar apenas para LMA o resultado ainda não é conclusivo. Sugere-se que o baixo número de elementos (n) estatístico encontrado para LMA restringiu a potência estatística dos testes e também a alta variabilidade nas metodologias dos estudos avaliados. A primeira metanálise foi realizada com a relação da exposição aos pesticidas e desenvolvimento da LMA, com uma amostra com 240 casos e 643 controles, o OR combinado dos estudos foi de 1,33 (IC 95% = 0,91- 1,95) e p = 0,004. A segunda metanálise avaliou a influência da exposição parental a pesticidas e a chance de desenvolver leucemia, com amostra de 1586 casos e 4542 controles, o OR combinado dos estudos foi de 1.32 (IC 95% = 1.05 ­ 1.66), p = 0,02. Analisando a primeira metanálise concluímos que não pode-se afirmar que a exposição a pesticidas aumentam a chance de desenvolver LMA. Já na segunda metanálisa concluímos que houve uma associação entre a exposição parenteral a agentes pesticidas e o aumento de chances do desenvolvimento de leucemia na infância. Conclusão: Portanto podemos concluir que a exposição parental a pesticidas, sejam domésticos ou em ambiente laboral podem aumentar as chances da criança de desenvolver leucemia, porém quando relacionado ao subtipo LMA os dados ainda são inconclusivos.

Introduction: Leukemias account for 25-35% of cases of cancer in children under 15 years of age. Among childhood leukemias 15-20% to acute myeloid leukemia (AML). Studies suggest that acute pediatric leukemias originate in intrauterine life and that exposures to carcinogenic substances during the gestational period may be detrimental to fetal development and contribute to leukemogenesis. Causal associations for childhood leukemia are still not well established. Methods: A systematic review and meta-analysis was carried out to understand whether occupational or home exposure to the pesticide is a risk for the development of AML in childhood. The review was elaborated according to the recommendations of the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyzes (PRISMA). The search was performed in the electronic databases PubMed, Scopus, Web of Science and Embase from August to September 2018, resulting in 105 papers. After the removal of the duplicates and the application of the exclusion criteria, 8 case-control, observational, longitudinal and retrospective studies published between 1980 and 2018 were included in the review. For the meta-analysis, the binary results of exposures were collected according to the number sample of each study, generating contingency tables for exposure to pesticides with their respective OR or RR. The software Rev manager version 5 was used for the calculation, specifying the random effect based on the Mantel-Haenszel method. Results and Discussion: Despite the known teratogenicity of several types of pesticides, this correlation is not so clear when evaluating trials and epidemiological studies. This is due to the complexity and the number of variables influencing these results, in this study we noticed the significant influence of parental exposure to pesticides in the development of childhood leukemia, but when evaluating only for AML the result is not yet conclusive. It is suggested that the low number of statistical elements (n) found for AML restricted the statistical power of the tests and also the high variability in the methodologies of the studies evaluated. The first meta-analysis was performed with the relationship between exposure to pesticides and AML development, with a sample with 240 cases and 643 controls, the combined OR of the studies was 1.33 (95% CI = 0.91-1.95) ep = 0.004. The second meta-analysis evaluated the influence of parental exposure to pesticides and the chance of developing leukemia, with a sample of 1586 cases and 4542 controls, the combined OR of the studies was 1.32 (95% CI = 1.05 - 1.66), p = 0.02 . Analyzing the first meta-analysis we conclude that it can not be said that exposure to pesticides increases the chance of developing AML. In the second meta-analysis, we conclude that there was an association between parenteral exposure to pesticidal agents and an increased chance of developing childhood leukemia. Conclusion: Therefore we can conclude that parental exposure to pesticides, whether domestic or in the workplace, may increase the child's chances of developing leukemia, but when related to the AML subtype the data are still inconclusive.

Conhecimento dos enfermeiros sobre o novo protocolo de ressuscitação cardiopulmonar / Conocimiento de enfermeros en el nuevo protocolo de reanimación cardiopulmonar / Nurses’ knowledge on the new cardiopulmonary resuscitation protocol

Objetivo: avaliar o conhecimento de enfermeiros sobre o atendimento à parada cardiorrespiratória (PCR), suporte básico e avançado de vida cardiovascular, tendo como base as novas diretrizes de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) da American Heart Association (AHA) do ano de 2015. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa, realizado no hospital escola de um município do interior de Minas Gerais, através da aplicação de um questionário fechado, elaborado pelas pesquisadoras. Os dados coletados foram processados pelo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20. Resultados:Participaram do estudo 19 enfermeiros. O número de acertos dos participantes no questionário oscilou entre 0 a 100%, com média de 4,2 e desvio padrão de 3,2. Foi classificado, como conhecimento satisfatório, o número de acertos superior e/ou igual a 70% e o conhecimento insatisfatório, o número inferior a 70%. Apenas 26,4% dos enfermeiros obtiveram conhecimento satisfatório.Conclusão: Constatou-se que enfermeiros não possuem conhecimento satisfatório sobre as mudanças propostas pelas novas diretrizes de RCP da AHA de 2015.

Objective: to evaluate nurses' knowledge about cardiorespiratory arrest care (CRP), basic and advanced cardiovascular life support,based on the new American Heart Association (AHA) Cardiopulmonary Resuscitation (CPR) guidelines of 2015. Methods: This is adescriptive study of a quantitative approach, carried out at the school hospital of a municipality in the interior of Minas Gerais,through the application of a closed questionnaire prepared by the researchers. Statistical Package for the Social Sciences (SPSS)version 20 processed the collected data. Results: Nineteen nurses participated in the study. The number of correct answers of theparticipants in the questionnaire ranged from zero to 100%, with an average of 4.2 and a standard deviation of 3.2. This study classified that when the number of hits is higher and/or equal to 70%, there is satisfactory knowledge and the number less than70%, un satisfactory knowledge. Only 26.4% of the nurses had satisfactory knowledge. Conclusion: This study found that nurses donot have satisfactory knowledge about the changes proposed by the new AHA CPR guidelines of 2015.

Objetivo: evaluar el conocimiento de los enfermeros acerca de la atención a la parada cardiorrespiratoria (PCR), soporte básico y vital cardiovascular avanzado, basado en las nuevas directrices para la resucitación cardiopulmonar (CPR) de la American Heart Association (AHA) en el año 2015. Métodos: Este es un estudio descriptivo de abordaje cuantitativo, realizado en el hospital escuela en una ciudad en Minas Gerais por la aplicación de un cuestionario cerrado preparado por las investigadoras. Los datos recogidos fueron procesados por el Paquete Estadístico para Ciencias Sociales (SPSS) versión 20. Resultados: En el estudioparticiparon 19 enfermeros. El número de respuestas correctas de los participantes en el cuestionario varió de 0 a 100%, con un promedio de 4,2 y la desviación estándar de 3,2. Se clasificó como conocimiento satisfactorio, el número de aciertos por encimay/o iguales de 70% y el conocimiento insatisfactorio, el número menos de 70%. Sólo el 26,4% de los enfermeros han obtenido unconocimiento satisfactorio. Conclusión: Se encontró que los enfermeros no tienen un conocimiento adecuado sobre los cambios propuestos por las nuevas directrices de RCP 2015 de la AHA.