RESUMO
Estudaram-se histologicamente amostras de osso frontal de 2000 bovinos abatidos em matadouros industriais dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, com o objetivo de se determinar a freqüência de osteodistrofias clinicamente näo manifestas. A amostragem foi realizada equitativamente nas estaçöes seca e chuvosa, tendo cada estado contribuído com 500 espécimes. Alteraçöes ósseas de caráter matabólico-nutricionais ocorreram em 1878 (93,9%) amostras, sendo 941 (46,4%) referentes à estaçäo seca e 937 (44,7%), à chuvosa. O diagnóstico mais freqüente foi o aumento da reabsorçäo óssea, seguido de "osteoidose" ou mineralizaçäo insuficiente do osteóide em 216 (10,6%) amostras, na seca, e 157 (7,5%) amostras, na estaçäo chuvosa, sempre associada à reabsorçäo óssea. Estas alteraçöes enquadram-se nas de osteodistrofia fibrosa, provavelmente por hiperparatireoidismo de origem nutricional. A freqüência de osteodistrofias em bovinos aparentemente sadios, surpreendentemente elevada, projeta amplas perspectivas de estudo das doenças metabólicas e nutricionais do osso, näo só de bovinos, mas também de outras espécies em pastejo, nas regiöes tropicais
Assuntos
Animais , Doenças Musculoesqueléticas , Osso Frontal , BovinosRESUMO
Avaliaram-se, pelo estudo clínico e morfológico, os efeitos de três misturas minerais de uso corrente, no Brasil, sobre o periodonto e o esqueleto de vacas prenhes acometidas ou näo de "doença periodontal" clínica, e de suas respectivas crias, até o desmame. Nas vacas, as misturas demonstraram relativa capacidade de reverter os sintomas da doença já instalada e, mais eficientemente, de controlar a sua instalaçäo. Nos bezerros, mostraram-se relativamente eficientes em prevenir a doença clínica, mas ineficientes para impedir a instalaçäo e progressäo do hiperparatireodismo