RESUMO
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa bibliográfica e empírica realizada com assistentes sociais, visando obter dados sobre as apreensões desses profissionais em relação à dimensão política do trabalho. Os dados coletados sobre a categoria profissional foram submetidos a uma análise teórica. A dimensão foi demonstrada através do perfil dos profissionais, das suas percepções sobre essa dimensão e dos principais desafios para sua efetivação no trabalho, sob a perspectiva do Projeto Ético-Político do Serviço Social. Como resultado, percebeu-se uma fragilidade na apreensão desses trabalhadores. Além disso, verificou-se uma dificuldade no dia a dia profissional, associada ao distanciamento da perspectiva crítica, sugerindo a necessidade de discutir a dimensão política do trabalho de assistentes sociais em um cenário de ascensão neoconservadora. Essa postura política é fundamentada na individualização, competição, imediatismo, flexibilização, precarização e regressão dos direitos da classe trabalhadora, tendo em vista o contexto ultra neoliberal
This article presents the results of a bibliographical and empirical study carried out with social workers. The aim was to obtain information on the apprehensions of these professionals about the political dimension of their work. The data collected in the category was submitted for theoretical analysis. The dimension in question was demonstrated through evidence of the professionals' profile, their perceptions of this dimension, and the main challenges for its realization at work from the perspective of the Ethical-Political Project of Social Work. The data showed that the professionals' apprehension was found to be fragile. In addition, there was a difficulty in day-to-day work associated with a move away from the critical perspective, suggesting the need to resume the discussion of the political dimension of the professionals' work regarding neoconservative ascension, individualization, competition, immediacy, flexibilization, precariousness and regression of the rights of the working class in an ultra-neoliberal context