RESUMO
A epidemia de HIV/AIDS está se disseminando em direção a mulheres principalmente através da via heterossexual, onde questões de gênero detêm papel decisivo. O objetivo desse estudo foi descrever características sócio-econômicas, comportamentais e reprodutivas, e identificar fatores associados a infecção pelo HIV em mulheres com e sem o diagnóstico de AIDS. Realizamos um estudo caso-controle com pacientes atendidas em ambulatório de HIV/AIDS (casos) em hospital de referência em Fortaleza, Ceará, e mulheres HIV negativo frequentando outro serviço do mesmo hospital (controles), entre junho e agosto de 2004. Participaram do estudo 290 mulheres com AIDS, 83 mulheres HIV (sem AIDS) e 209 controles. Dentre as mulheres com parceiro fico, 79,3% (AIDS), 62,3% (HIV) e 20,6% (controles) utilizaram o preservativo na última relação sexual (p < 0,001 para AIDS ou HIV vs. controles). Dentre as 106 mulheres soropositivas com parceiro fixo HIV negativo ou de sorologia desconhecida, apenas 79 (75,2%) utilizaram o preservativo naquela ocasião. O motivo mais frequente para o não uso do preservativo foi "o parceiro não gosta" (53,8%), dentre as soropositivas, e "usa outro método contraceptivo", dentre os controles (30,7%). Mulheres HIV foram diagnosticadas mais frequentemente devido ao parceiro ter adoecido (36,6%), e mulheres com AIDS, por ter adoecido (45,7%). O modo de infecção principal foi a heterossexual (79,5%). Somente quatro mulheres soropositivas (1,1%) relataram ter usado droga injetável, porém, 20,6% (AIDS) e 17,8% (HIV) das mulheres relataram ter tido parceiros usuários de drogas injetáveis (UDI), em comparação com 4,0% dos controles (p < 0,001 para AIDS ou HIV vs. controles)...
Assuntos
Humanos , Feminino , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida , HIVRESUMO
Doenças ectoparasitárias como a escabiose, a pediculose, a tungíase e a larva migrans cutânea säo hiperendêmicas em inúmeras comunidades carentes no Brasil, e näo raramente associadas à severidade considerável. Entretanto, programas que priorizem o controle de ectoparasitas näo existem em nível de saúde pública no país. Como conseqüência da alta contagiosidade, de manejo inadequado, de negligência tanto da populaçäo como dos profissionais de saúde e/ou da presença de reservatórios animais, além de ciclos de vida complexos, o controle efetivo das ectoparasitoses é um desafio para a saúde pública. Aqui discutimos possíveis medidas de intervençäo para o controle de doenças ectoparasitárias em comunidades afetadas, baseadas em tratamento em massa, educaçäo em saúde e, caso se aplique, na erradicaçäo dos reservatórios animais