RESUMO
Pirarucu, Arapaima gigas is a fish species of great social and economic importance in the Amazon region, where they are often farmed in earthen ponds. Intensive cage aquaculture has been growing in Brazil, which could be an alternative means to farm pirarucu, reducing costs and increasing productivity. We evaluated the contribution of natural food organisms in semi-intensive (ponds) and intensive (cages) production systems, and their effect on pirarucu growth and economic performance during the first phase of grow-out. Four ponds (300 m2) and four cages (4.0 m³) were stocked, respectively, with 120 (0.4 fish m-²) and 160 (40 fish m-³) juvenile pirarucu (28.03 ± 6.34 g, 11.75 ± 0.80 cm). The study was conducted for 105 days and fish were fed with commercial feed. Fish growth and plankton intake were evaluated every two weeks. Survival rate, standard length, weight gain and final weight were higher in fish reared in earthen ponds than in cages. Feed conversion of fish kept in ponds was lower (0.96 ± 0.06) than in cages (1.20 ± 0.11). The consumption of natural food organisms was observed, despite artificial feed being fed in both systems. The relative abundance of zooplankton and insects in stomachs was directly proportional to fish weight gain in ponds, and inversely proportional in cages. Higher economic efficiency rate and lower average production cost were calculated for earthen ponds. Our results indicate that the cost-benefit of the first phase grow-out of A. gigas is better in earthen ponds.(AU)
O pirarucu, Arapaima gigas é um peixe de grande importância econômica e social na Amazônia, onde é comumente produzido em viveiros. A produção de peixes em tanques-rede tem crescido no Brasil, e este sistema poderia ser uma alternativa para a produção do pirarucu, reduzindo custos e melhorando os parâmetros produtivos. Nós avaliamos a contribuição do alimento natural na produção em sistema semi-intensivo (viveiros) e intensivo (tanques-rede) e seus efeitos sobre os aspectos produtivos e econômicos do pirarucu na fase de recria. Quatro viveiros (300 m2) e quatro tanques-rede (4,0 m3) foram estocados, respectivamente, com 120 (0,4 peixes m-2) e 160 (40 peixes m-3) juvenis de pirarucu (28,03 ± 6,34 g e 11,75 ± 0,80 cm). O estudo foi conduzido por 105 dias e os peixes foram alimentados com ração comercial extrusada. Crescimento e ingestão de plâncton pelos peixes foram avaliados quinzenalmente. Sobrevivência, comprimento padrão, ganho de peso e peso final foram maiores nos peixes cultivados em viveiros. A conversão alimentar nos viveiros (0,96 ± 0,06) foi menor que nos tanques-rede (1,20 ± 0,11). Mesmo sendo ofertada ração, os pirarucus consumiram alimento natural nos dois sistemas de produção. A abundância relativa de zooplâncton e insetos nos estômagos foi diretamente proporcional ao ganho de peso nos viveiros, e inversamente proporcional nos tanques-rede. Um índice de eficiência econômica mais alto e custo médio de produção mais baixo foram calculados para os viveiros escavados. Nossos resultados indicam que o custo-benefício do cultivo de A. gigas durante a fase de recria é melhor em viveiros.(AU)