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Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 31(supl. 2B): 159-159, abr-jun., 2021. tab.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1284342

RESUMO

INTRODUÇÃO: A dissecção espontânea de artéria coronária (SCAD do inglês spontaneous coronary artery dissection) é uma causa não aterosclerótica de síndrome coronariana aguda que acomete preferencialmente mulheres jovens. De fisiopatologia ainda não completamente conhecida, pode manifestar-se sob a forma de infarto agudo do miocárdio com (IAMCSST) ou sem (IAMSSST) supradesnivelamento do segmento. A SCAD é a principal causa de infarto agudo do miocárdio no ciclo gravídico-puerperal. A descrição demográfica e angiográfica da SCAD de coorte brasileira é pouco explorada. OBJETIVO: Avaliar o perfil demográfico, angiográfico e os gatilhos de SCAD em uma população brasileira. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo e prospectivo de pacientes com SCAD envolvendo 22 Hospitais no Brasil. Revisão de base de dados do REDcap no período de 2010-2021. RESULTADOS: Registraram-se 166 pacientes com SCAD, com idade média de 50,15 ± 10,56 anos (29 a 84 anos) com incidência prevalente no gênero feminino (85%). Os pacientes apresentavam nenhum ou poucos fatores de risco para doença arterial coronariana, incluindo hipertensão arterial (25%), história familiar de doença coronariana precoce (22%), dislipidemia mista (16%) e tabagismo ativo (16%). Seis por cento dos casos de SCAD ocorreram no ciclo gravídico puerperal. A maioria dos casos de SCAD manifestou-se como IAMSSST (47%), com IAMCSST (38%) e angina instável (12%) (Tabela). Entre os fatores desencadeantes, presentes em 57,8% dos casos, destacaram-se: estressor emocional (21,08%) e menopausa (18,07%). A displasia fibromuscular, não investigada sistematicamente, foi observada em poucos casos (4,21%), gestação (0,6%), puerpério (10,24%), estressor físico (5,42%), uso de terapia hormonal (3,60%) e doenças psiquiátricas (2,40%). A artéria descendente anterior foi o vaso mais acometido (57%), seguida pela coronária direita (14,45%). Complicações graves mais frequentes foram choque cardiogênico (3,28%) e parada cardiorrespiratória (0,7%). CONCLUSÃO: Nesta grande coorte brasileira, a SCAD acometeu preferencialmente pacientes jovens e mulheres. A frequência de fatores de risco clássicos para doença arterial coronariana foi pouco comum, sendo o gatilho predominante o estressor emocional. Esta entidade deve ser considerada como diagnóstico diferencial na síndrome coronariana aguda, principalmente em mulheres jovens (< 50 anos).


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Síndrome Coronariana Aguda , Dissecação , Angústia Psicológica
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