RESUMO
Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é um problema comum nos centros de urgência e emergência de todos os níveis de complexidade, apresentando um espectro amplo tanto do ponto de vista de morbidade como também do perfil dos pacientes acometidos. As infecções urinárias apresentam importante impacto econômico, social e clínico, fazendo-se necessário seu estudo e melhor compreensão. Objetivo: Revisar as uroculturas do pronto socorro do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, no período de janeiro a junho de 2015. Métodos: O estudo observacional, retrospectivo, descritivo e unicêntrico. O estudo foi realizado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), junto ao Laboratório de Microbiologia deste hospital. Foram incluídas nas análises finais, todas as amostras de urina coletadas neste período independente do crescimento ou não de bactérias, fungos ou micobactérias. Resultados: Entre as 61 culturas positivas, foram isoladas seis bactérias e dois fungos, sendo estes Escherichia coli (59%), Klebsiella pneumoniae (15%), Enterococcus faecalis (6%), Pseudomonas fluorescens (3%), Klebsiella oxytoca (2%), Staphylococcus saprophyticus (2%), Candida albicans (10%), Candida glabrata (3%). Foram representadas a sensibilidade aos antibióticos ampicilina, ampicilina/sulbactam, amoxicilina/clavulanato, cefepima, ceftriaxona, ciprofloxacina, gentamicina, imipenem, levofloxacina, linezolida, nitrofurantoína, penicilina, piperacilina/tazobactan, polimixina, tendo sido vista marcada resistência de Gram negativos às cefalosporinas de 3a geração. Conclusão: Para viabilizar o tratamento da ITU e reduzir a resistência dos microrganismos é necessário conhecer a prevalência dos agentes microbianos e seus respectivos perfis de sensibilidade. A E. coli continua sendo a bactéria mais isolada em ITU, sendo, por isso, importante ressaltar a importância da realização do antibiograma para garantir a eficácia do tratamento
