RESUMO
Hepatitis E is an emerging zoonotic disease caused by hepatitis E virus (HEV). Immunohistochemistry (IHC) can be used to verify viral presence in human and swine livers. The aim of this study was to comparatively analyze the immunolabeling of the ORF2 protein (pORF2) versus the ORF3 protein (pORF3) of HEV in swine livers from subsistence farms in the state of Mato Grosso, Brazil. This study included 25 liver samples formalin fixed paraffin embedded tissue block from a published molecular detection and immunohistochemistry (IHC) study, which used the HEV pORF3 protein, demonstrating 4% (1/25) of positive immunolabeling and 96% (24/25) negative, in contrast to the molecular exam that showed 24% (6/25) of liver samples positive and 76% (19/25) negative. In order to increase the sensitivity of the IHC technique, these samples were analyzed using the antibody for the detection of HEV pORF2, showing 24% (6/25) immunolabeling positive and 76% (19/25) negative, equivalent to the result of molecular analysis on corresponding samples. Thus, the use of antibody to pORF2 increased the number of HEV cases detectable in the IHC by 600%. The IHC added to molecular techniques can be used as a tool for monitoring viral presence in swine livers, constituting a sensitive diagnostic methodology when liver samples fixed in formalin and embedded in paraffin are available.
A hepatite E é uma enfermidade emergente de caráter zoonótico causada pelo Vírus da Hepatite E (HEV). A imuno-histoquímica (IHQ) pode ser utilizada para verificar a presença viral em fígados de humanos e suínos. O objetivo deste estudo foi analisar comparativamente a imunomarcação da proteína ORF2 (pORF2) versus proteína ORF3 (pORF3) de HEV em fígados de suínos de criatórios de subsistência no estado de Mato Grosso, Brasil. Este trabalho incluiu 25 amostras de fígados de suínos fixados em formol e embebidos em parafina provenientes de um estudo publicado de detecção molecular e imuno-histoquímica (IHQ), que utilizou pORF3 de HEV, demonstrando 4% (1/25) de imunomarcação positiva e 96% (24/25) negativa, em contraste com o exame molecular que apresentou 24% (6/25) das amostras de fígado positivas e 76% (19/25) negativas. Com o objetivo de aumentar a sensibilidade da técnica de IHQ, essas amostras foram analisadas utilizando o anticorpo para detecção da pORF2 de HEV, apresentando 24% (6/25) de imunomarcação positiva e 76% (19/25) negativa, equivalente ao resultado da análise molecular em amostras correspondentes. Desta forma, o uso do anticorpo para pORF2 ampliou o número de casos de HEV detectáveis na IHQ em 600%. A IHQ somada a técnica molecular pode ser utilizada como ferramenta de monitoramento da presença viral em fígados de suínos, constituindo uma metodologia diagnóstica sensível quando há disponibilidade de amostras de fígado fixadas em formol e embebidas em parafina.