Nucleotides, β-glucans, ascorbic acid, α-tocoferol, and different concentrations of a vitamin-mineral premix promote growth of Nile tilapia juveniles / [Nucleotídeos, β-glucanos, ácido ascórbico, α-tocoferol e diferentes concentrações de uma pré-mistura de vitaminas e minerais promovem o crescimento de juvenis de tilápia do Nilo]

ABSTRACT Feed additives, such as β-glucans, nucleotides, ascorbic acid (vitamin C), and α-tocopherol (vitamin E) can improve fish immunity and contribute to enhanced zootechnical performance of the fish. This study aimed to evaluate the effect of different concentrations of vitamin- mineral premix with or without the inclusion of an immunostimulant boost (β-glucans, nucleotides and vitamins C and E) on the zootechnical performance, hemato-immunological parameters, histological changes, and survival of Nile tilapia juveniles. To this end, isocaloric and isoproteic diets were prepared with three different concentrations of vitamin-mineral premix (1.0, 1.5, and 2.0 kg ton-1); additionally, the effects of 4% immunostimulant boost in the diet were examined considering six diets (without the immunostimulant boost: 0.1%, 0.15%, and 0.2%, and with the immunostimulant boost: 0.1% I, 0.15% I, and 0.2% I). We used 24 experimental units, each including 15 fish. Nile tilapia juveniles (1.88 g±0.25) were fed for 50 d with supplemented diets. Further, zootechnical indexes; histological changes in the liver, spleen, and intestine; intestinal morphology; and hemato-immunological parameters were evaluated. The fish that received supplementation showed higher zootechnical values, compared to those that did not receive the supplementation of immunostimulant reinforcement. Weight gain (30.45g±3.06), daily weight gain (0.60g±0.06), final weight (32.41g±3.15) and feed conversion (0.95±0.06) were higher in tilapia fed with an inclusion concentration of 0.2%. Hematological parameters were not affected by either the pre-mix concentrations or the booster of the immunostimulant. There was an increase in the number of intestinal folds, length of the fold, total area and number of goblet cells in the group supplemented with immunostimulant reinforcement. Supplementation with the immunostimulant promoted growth and improved intestinal morphology and immunological parameters of Nile tilapia juveniles.

RESUMO Os aditivos alimentares, tais como β-glucanos, nucleotídeos, ácido ascórbico (vitamina C) e α-tocoferol (vitamina E), podem melhorar a imunidade dos peixes e contribuir para um melhor desempenho zootécnico. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes concentrações de premix vitamínico mineral com ou sem a inclusão de um imunoestimulante (β-glucanos, nucleotídeos e vitaminas C e E) no desempenho zootécnico, nos parâmetros hematoimunológicos, nas alterações histológicas e na sobrevivência dos juvenis de tilápia-do-Nilo. Para esse fim, foram preparadas dietas isocalóricas e isoproteicas com três concentrações diferentes de premix vitamínico e mineral (1,0, 1,5, e 2,0kg ton-1); além disso, foram examinados os efeitos da inclusão de 4% de imunoestimulante na dieta, considerando-se seis dietas (sem o imunoestimulante: 0,1%, 0,15% e 0,2%, e com a inclusão de imunoestimulante: 0,1% I, 0,15% I e 0,2% I). Foram utilizadas 24 unidades experimentais, cada uma com 15 peixes. Os juvenis de tilápia-do-Nilo (1,88g±0,25) foram alimentados, durante 50 dias, com as dietas suplementadas. Além disso, foram avaliados índices zootécnicos; alterações histológicas no fígado, baço e intestino; morfologia intestinal; e parâmetros hematoimunológicos. Os peixes que receberam suplementação apresentaram valores zootécnicos mais elevados, em comparação aos que não receberam a suplementação de reforço imunoestimulante. O ganho de peso (30,45g±3,06), o ganho de peso diário (0,60g ± 0,06), o peso final (32,41g±3,15) e a conversão alimentar (0,95±0,06) foram maiores nas tilápias alimentadas com uma concentração de inclusão de 0,2%. Os parâmetros hematológicos não foram afetados nem pelas concentrações de premix nem pelo reforço do imunoestimulante. Foi observado o aumento no número de pregas intestinais, no comprimento da prega, na área total e no número de células caliciformes no grupo suplementado com o boost imunoestimulante. A suplementação com o imunoestimulante promoveu o crescimento e melhorou a morfologia intestinal e os parâmetros imunológicos de juvenis de tilápia-do-Nilo.

O mexilhão Perna perna no Brasil: nativo ou exótico? / The brown mussel Perna perna in Brazil: native or exotic?

A mitilicultura no Brasil se baseia no mexilhão Perna perna (Linnaeus, 1758), que é encontrado em todo o litoral brasileiro, sendo especialmente abundante do Espírito Santo a Santa Catarina. Nos últimos anos, foi lançada a hipótese de que P. perna seja uma espécie exótica no litoral brasileiro. A hipótese se baseia na análise da malacofauna presente em sítios arqueológicos. Todas as contestações levantadas não remetem à uma conclusão, pois precisam de estudos específicos, com metodologias claras, aliando arqueologia, ecologia e biologia molecular. O objetivo deste trabalho foi estudar a condição de nativo ou exótico do mexilhão Perna perna no Brasil, a partir de levantamento dos resultados em sítios arqueológicos, de técnicas moleculares e de datação de conchas com C14. A datação indicou que as amostras de Perna perna do sítio arqueológico Rio do Meio/Jurerê, Florianópolis/SC, têm idade de 720±30 e 780±30 anos. O cálculo do tempo de divergência indicou que a separação das populações brasileiras e africanas ocorreu por volta de 200 mil anos. Os resultados apontam a presença da espécie no território brasileiro muito antes do descobrimento do Brasil pelos portugueses no ano de 1500, indicando que P. perna é de fato uma espécie nativa.

Mussel farming in Brazil is based on brown mussel Perna perna (Linnaeus, 1758), which is found throughout the Brazilian coast, especially abundant from Espírito Santo to Santa Catarina coast. In recent years it was suggested that Perna perna is an exotic species for the Brazilian coast. The hypothesis is based on the analysis of the zooarchaeology studies in archaeological sites in Brazil. All objections raised do not offer a conclusion, because they need specific studies with clear methodology, combining archeology, ecology and molecular biology. The aim of this work was to study the condition of the brown mussel Perna perna in Brazil if native or exotic, from survey results in archaeological sites, molecular techniques and dating of shells with C14. The dating indicated that the shells were 720±30 and 780±30 years, respectively. The calculation of divergence time indicated that the separation of the African and Brazilian mussel populations occurred around 200 thousand years ago. The results indicate the presence of the P. perna species in Brazilian territory long before the discovery of Brazil by the Portuguese in 1500, indicating that P. perna is actually a native species of Brazil.

O mexilhão Perna perna no Brasil: nativo ou exótico? / The brown mussel Perna perna in Brazil: native or exotic?

A mitilicultura no Brasil se baseia no mexilhão Perna perna (Linnaeus, 1758), que é encontrado em todo o litoral brasileiro, sendo especialmente abundante do Espírito Santo a Santa Catarina. Nos últimos anos, foi lançada a hipótese de que P. perna seja uma espécie exótica no litoral brasileiro. A hipótese se baseia na análise da malacofauna presente em sítios arqueológicos. Todas as contestações levantadas não remetem à uma conclusão, pois precisam de estudos específicos, com metodologias claras, aliando arqueologia, ecologia e biologia molecular. O objetivo deste trabalho foi estudar a condição de nativo ou exótico do mexilhão Perna perna no Brasil, a partir de levantamento dos resultados em sítios arqueológicos, de técnicas moleculares e de datação de conchas com C14. A datação indicou que as amostras de Perna perna do sítio arqueológico Rio do Meio/Jurerê, Florianópolis/SC, têm idade de 720±30 e 780±30 anos. O cálculo do tempo de divergência indicou que a separação das populações brasileiras e africanas ocorreu por volta de 200 mil anos. Os resultados apontam a presença da espécie no território brasileiro muito antes do descobrimento do Brasil pelos portugueses no ano de 1500, indicando que P. perna é de fato uma espécie nativa.(AU)

Mussel farming in Brazil is based on brown mussel Perna perna (Linnaeus, 1758), which is found throughout the Brazilian coast, especially abundant from Espírito Santo to Santa Catarina coast. In recent years it was suggested that Perna perna is an exotic species for the Brazilian coast. The hypothesis is based on the analysis of the zooarchaeology studies in archaeological sites in Brazil. All objections raised do not offer a conclusion, because they need specific studies with clear methodology, combining archeology, ecology and molecular biology. The aim of this work was to study the condition of the brown mussel Perna perna in Brazil if native or exotic, from survey results in archaeological sites, molecular techniques and dating of shells with C14. The dating indicated that the shells were 720±30 and 780±30 years, respectively. The calculation of divergence time indicated that the separation of the African and Brazilian mussel populations occurred around 200 thousand years ago. The results indicate the presence of the P. perna species in Brazilian territory long before the discovery of Brazil by the Portuguese in 1500, indicating that P. perna is actually a native species of Brazil.(AU)