RESUMO
Apesar de muitos advogarem o uso intravenoso de sulfato de magnésio na fase aguda do IAM, e alguns trabalhos demostrarem reduçäo na mortalidade dos pacientes assim tratados, a controvérsia acirrou-se ao serem divulgados resultados do estudo ISIS-4. Através de revisäo do assunto, sugerimos alteraçöes no protocolo daquele estudo baseadas em estudos fisiopatológicos da hipomagnesemia da fase aguda do IAM, de modo a responder adequadamente às dúvidas acerca da eficácia do uso do magnésio nessa situaçäo clínica.
Assuntos
Humanos , Infarto do Miocárdio/tratamento farmacológico , Magnésio/uso terapêutico , Resultado do TratamentoRESUMO
Os autores apresentam os resultados de um estudo realizado em 20 pacientes com nefrolitíase cálcica tratados com fenobarbital, 100mg/dia, durante 32 dias. O tratamento com o fenobarbital reduziu a calcemia (9,21 ñ 0,57mg/dl vs. 8,30 ñ 1,07mg/dl; p < 0,05), a calciúria (185,4 ñ 74,91mg/24h vs. 132,8 ñ 50,12mg/24h; p < 0,001), a uricosúria (785,27mg/24h vs. 551,8 ñ 215,02mg/24h; p < 0,05) e a FEAU (12,07 ñ 5,95// vs. 8,33 ñ 3,00//; p < 0,05) e elevou a RTP (82,45 ñ 6,20// vs. 89,11 ñ 4,11//; p < 0,01). O TSCa näo sofreu alteraçöes. Visto que o fenobarbital é uma droga segura, cujos efeitos nos parâmetros hematológicos, hepáticos e renais säo despreziveis, e a ocorrência de doença óssea desmineralizante é rara, os autores consideram que o medicamento deva ser objeto de investigaçäo no tratamento da litíase cálcica, principalmente quando a hipercalciúria e/ou a hiperuricosúria estiverem associadas
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Cálculos Renais/tratamento farmacológico , Hipercalcemia/urina , Fenobarbital/uso terapêutico , Fenobarbital/sangue , Fenobarbital/urinaRESUMO
Os autores apresentam 13 casos de estrongiloidíase disseminada fatal, necropsiados, com idades entre 11 e 66 anos (média = 32 anos), oito dos quais do sexo feminino. Após breve referência histórica, consideram a velha parasitose, de mais de 100 anos, freqüente, potencialmente grave, e, até hoje, menosprezada. Ocupam-se dos aspectos epidemiológicos, de grande importância nesses casos, tais como desnutriçäo crônica, uso de corticosteróides, ato cirúrgico, infecçäo intercorrente e más condiçäoes de vida. Descrevem o quadro clínico observado, dominado por diarréia e vômitos, e assinalam as graves complicaçöes clínicas ocorridas, correspondentes a lesöes diversas, igualmente graves, algumas delas descritas pela primeira vez, como pneumonite hemorrágica fatal em paciente com hipercortisolismo espontâneo (síndrome de Cushing), laceraçöes cardioesofagianas (síndrome de Mallory-Weiss) e hérnia de uncus, secundária a edema cerebral. Insistem que o diagnóstico da infecçäo é simples e a cura, fácil, mas reconhecem que a mortalidade, em termos absolutos, é elevada, fruto do descaso em que, com freqüência, é tida a parasitose. Na opiniäo dos autores, a pesquisa de larvas de Strongyloides stercoralis nas fezes e(ou) no escarro é imprescindível no pré-operatório e antes do uso de imunossupressores e corticosteróides, mesmo em pacientes asssintomáticos e, com maior razäo, naqueles epidemiologicamente suspeitos