RESUMO
The ability of Lactobacillus acidophilus UFV-H2B20 to antagonize Salmonella enterica subsp. enterica ser. Typhimurium and to reduce the pathological consequences for the host was determining using conventional and gnotobiotic animals. Conventional NIH mice received daily by gavage a 0.1 ml suspension containing about 10(8) cfu L. acidophilus UFV-H2B20 and germfree animals received a single 0.1 ml dose. The gnotobiotic and conventional groups were infected orally with 10² and 10(5) cfu of S. Typhimurium, respectively, 7 days after the beginning of treatment. Control groups were treated with sterile saline instead of Lactobacillus. Survival data showed a protective effect against the pathogenic bacteria in both conventional and gnotobiotic Lactobacillus-treated mice. L. acidophilus UFV-H2B20 colonized the digestive tract of gnotobiotic mice and the number of viable cells ranged from 10(9) to 10(10) cfu/g of faeces. In both experimental and control gnotobiotic animals, S. Typhimurium became rapidly established at a level ranging from 10(8) to 10(10) cfu/g of faeces and remained at high levels until the animals died or were sacrificed. In conclusion, the previous treatment of mice with L. acidophilus UFV-H2B20 protects the animals against the experimental infection with S. Typhimurium but this protection was not due to the reduction of the pathogenic populations in the intestines.
A capacidade de Lactobacillus acidophilus UFV-H2B20 de antagonizar Salmonella enterica subsp. enterica ser. Typhimurium, e de reduzir as conseqüências patológicas para o hospedeiro foram determinadas em animais convencionais e gnotobióticos. Camundongos NIH convencionais receberam diariamente, por via oral, 0,1 ml de uma suspensão contendo em torno de 10(8) ufc de L. acidophilus UFV-H2B20 e os animais sem germes receberam uma única dose de 0,1 ml. Os grupos gnotobióticos e convencionais foram desafiados oralmente com, respectivamente, 10² e 10(5) ufc de S. Typhimurium 7 dias após o início do tratamento. Os grupos controles foram tratados com salina estéril em vez do Lactobacillus. Dados de sobrevida mostraram um efeito protetor contra a bactéria patogênica em ambos os grupos convencional e gnotobiótico tratados com o Lactobacillus. L. acidophilus UFV-H2B20 colonizou o trato digestivo dos camundongos gnotobióticos e o número de células víaveis flutuou entre 10(9) e 10(10) ufc/g de fezes. Em ambos os grupos experimental e controle, S. Typhimurium se estabeleceu rapidamente numa faixa de 10(8) a 10(10) ufc/g de fezes e se manteve em níveis elevados até os animais morreram ou serem sacrificados. Em conclusão, o tratamento prévio de camundongos com L. acidophilus UFV-H2B20 protege os animais contra a infecção experimental com S. Typhimurium mas essa proteção não se deve à uma redução das populações patogênicas nos intestinos.