RESUMO
Probiotics are viable defined microorganisms (bacteria or yeasts) that exert a beneficial effect on the health of the host when ingested in adequate amounts. Screening for such biotherapeutic agents is commonly performed by in vitro assays simulating gastrointestinal environment to determine the ability to survive in the digestive tract. In the present study, the possibility of extrapolation of data obtained in in vitro assays to in vivo conditions was studied using five Saccharomyces cerevisiae strains isolated from Brazilian Atlantic rain forest. Trehalose contents and survival after exposure to a combination of physiological stresses generally found in the gastrointestinal tract of humans were determined for the five yeasts and compared to the behavior of Saccharomyces boulardii, a well-known probiotic. The results were completed with the colonization capacity of the gastrointestinal tract of gnotobiotic mice by these yeast strains. Some results obtained by in vitro assays are not confirmed by in vivo experiments, indicating that the extrapolation cannot be always done.
Probióticos são definidos como microrganismos (bactérias e leveduras) que exercem um efeito benéfico na saúde do hospedeiro quando ingeridos em quantidades adequadas. A seleção desses agentes bioterapêuticos normalmente é feita por testes in vitro simulando o ambiente gastrointestinal que determina a capacidade de sobrevivência no trato digestivo. Neste trabalho, a possibilidade de extrapolação dos dados obtidos nos testes in vitro para as condições in vivo foi estudada utilizando cinco linhagens de Saccharomyces cerevisiae isoladas da floresta Atlântica brasileira. O conteúdo de trealose e a sobrevivência após a exposição a diversos estresses fisiológicos geralmente encontrados no trato gastrointestinal de humanos foram determinados para as cinco linhagens e os resultados comparados com a Saccharomyces boulardii, um probiótico conhecido. Esses resultados foram completados com a capacidade de colonização do trato gastrointestinal de camundongos gnotobióticos pelas leveduras. Pelos resultados obtidos, concluimos que os testes in vitro não são confirmados pelos ensaios in vivo, indicando que essa extrapolação não pode sempre ser feita.
RESUMO
The ability of Lactobacillus acidophilus UFV-H2B20 to antagonize Salmonella enterica subsp. enterica ser. Typhimurium and to reduce the pathological consequences for the host was determining using conventional and gnotobiotic animals. Conventional NIH mice received daily by gavage a 0.1 ml suspension containing about 10(8) cfu L. acidophilus UFV-H2B20 and germfree animals received a single 0.1 ml dose. The gnotobiotic and conventional groups were infected orally with 10² and 10(5) cfu of S. Typhimurium, respectively, 7 days after the beginning of treatment. Control groups were treated with sterile saline instead of Lactobacillus. Survival data showed a protective effect against the pathogenic bacteria in both conventional and gnotobiotic Lactobacillus-treated mice. L. acidophilus UFV-H2B20 colonized the digestive tract of gnotobiotic mice and the number of viable cells ranged from 10(9) to 10(10) cfu/g of faeces. In both experimental and control gnotobiotic animals, S. Typhimurium became rapidly established at a level ranging from 10(8) to 10(10) cfu/g of faeces and remained at high levels until the animals died or were sacrificed. In conclusion, the previous treatment of mice with L. acidophilus UFV-H2B20 protects the animals against the experimental infection with S. Typhimurium but this protection was not due to the reduction of the pathogenic populations in the intestines.
A capacidade de Lactobacillus acidophilus UFV-H2B20 de antagonizar Salmonella enterica subsp. enterica ser. Typhimurium, e de reduzir as conseqüências patológicas para o hospedeiro foram determinadas em animais convencionais e gnotobióticos. Camundongos NIH convencionais receberam diariamente, por via oral, 0,1 ml de uma suspensão contendo em torno de 10(8) ufc de L. acidophilus UFV-H2B20 e os animais sem germes receberam uma única dose de 0,1 ml. Os grupos gnotobióticos e convencionais foram desafiados oralmente com, respectivamente, 10² e 10(5) ufc de S. Typhimurium 7 dias após o início do tratamento. Os grupos controles foram tratados com salina estéril em vez do Lactobacillus. Dados de sobrevida mostraram um efeito protetor contra a bactéria patogênica em ambos os grupos convencional e gnotobiótico tratados com o Lactobacillus. L. acidophilus UFV-H2B20 colonizou o trato digestivo dos camundongos gnotobióticos e o número de células víaveis flutuou entre 10(9) e 10(10) ufc/g de fezes. Em ambos os grupos experimental e controle, S. Typhimurium se estabeleceu rapidamente numa faixa de 10(8) a 10(10) ufc/g de fezes e se manteve em níveis elevados até os animais morreram ou serem sacrificados. Em conclusão, o tratamento prévio de camundongos com L. acidophilus UFV-H2B20 protege os animais contra a infecção experimental com S. Typhimurium mas essa proteção não se deve à uma redução das populações patogênicas nos intestinos.