RESUMO
Os primeiros cursos de mestrado da Educação Física brasileira remetem ao final da década de 1970. Em 2010, a área contava com 21 cursos de mestrado e nove de doutorado. Apesar desse avanço, é fundamental fazer uma avaliação constante dos caminhos que a pós-graduação vem trilhando. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo principal diagnosticar e analisar a situação da pós-graduação no período de 2007 a 2011, mais especificamente os efeitos do qualis periódico na configuração da área. A metodologia do estudo compreendeu uma consulta aos sítios dos 21 programas de pós-graduação em Educação Física e uma análise dos Cadernos de Indicadores da Capes dos anos de 2007, 2008 e 2009. Os dados indicaram que em 2011 havia 260 pesquisadores atuando na área relacionada com as Ciências Biológicas e da Saúde e 142 na área relacionada com as Ciências Sociais e Humanas. Essa diferença numérica entre as duas áreas é maior nos programas com conceito 5 e 6. O estudo mostrou também que a adoção de um qualis periódico construído a partir de princípios das Ciências Biológicas e da Saúde é incapaz de contemplar a diversidade da Educação Física, contribuindo com o esvaziamento da área das Ciências Sociais e Humanas. Nesse sentido, visando atender à diversidade constituinte da Educação Física (Ciências Biológicas e da Saúde e Ciências Sociais e Humanas) e evitar uma maior fragmentação da área, propomos alguns parâmetros para balizar a construção de um novo qualis periódico para a área 21.
The first MSc courses in Physical Education in Brazil were launched in the late 70's; in 2010, 21 MSc and nine PhD courses were operating. In spite of this rapid increase, it is essential to constantly monitor the progress of post-graduate courses in Brazil. The aim of the present article is to diagnose and evaluate the situation of post-graduate courses in Physical Education in Brazil from 2007 to 2011, with emphasis on the implications of the ranking of journals in the structure of the courses. We visited the website of the 21 post-graduate programs and also the Capes data for the calendar years of 2007, 2008 and 2009. In 2011, there were 260 researchers working in Biological and Health Sciences and 142 in Human and Social Sciences. This difference is even wider in courses ranked in the top strata (5 and 6). We also show that ranking journals by criteria which are valid for Biological and Health Sciences is unable to deal with the diversity of the , thus leading researchers from Human and Social Sciences to abandon the area. In this context, if we need to deal with the diversity of the , it is needed to rethink the ranking of the journals, and this paper presents some suggestions on how to do that.