Amamentação exclusiva no vivido da adolescente: mundo da vida, relações sociais e intencionalidade / Exclusive breastfeeding in the lived of the adolescent: world of life, social relations and intentionality

A adolescência desenvolve-se por uma série de mudanças biológicas, sociais, emocionais e sexuais, possibilitando as adolescentes engravidarem e mediante o nascimento do bebê, ocorre a possibilidade da amamentação. Amamentar exclusivamente por seis meses é uma resolução da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma política de saúde brasileira e uma ação a ser desenvolvida pelas mulheres mães. Os profissionais de enfermagem, como integrantes da equipe de saúde que cuida das adolescentes grávidas, classificadas de risco gestacional, atuam na promoção, proteção e apoio à amamentação. Considerando que conhecimento técnico-científico pode agregar o sócio-relacional baseado na subjetividade, na vivência e nas ações desta adolescente que engravidou, estabeleceu-se como objeto do estudo o “mundo da vida da adolescente que amamenta”. Tendo como objetivos: “apreender a situação biográfica e a bagagem de conhecimentos no mundo da vida das adolescentes que amamentam; compreender, através das relações sociais desenvolvidas, o movimento da adolescente referente ao fenômeno da amamentação; analisar compreensivamente os motivos-para e os motivos-porque da mãe adolescente na ação de amamentar exclusivamente por seis meses; analisar compreensivamente os motivos-porque da mãe adolescente não amamentar exclusivamente por seis meses”. Trata-se de um estudo qualitativo de abordagem fenomenológica, sustentado no referencial teórico metodológico de Alfred Schutz. O cenário foi a Maternidade-Escola (ME) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O projeto, sob Protocolo de Pesquisa CEP/ME–UFRJ n° 24/2009, CAAE: 0027.0.361.000-09, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da ME/UFRJ. Foram respeitados os aspectos éticos da pesquisa referente a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). ...

Amamentação para mães primíparas: perspectivas e intencionalidades do enfermeiro ao orientar / Lactancia para madres prímíparas: perspectivas e intenciones del enfermero al orientar / Breastfeeding for primiparous mothers: nurse´s perspectives and intentions while orienting

No cotidiano assistencial encontramos mulheres que se sentem inseguras diante do desafio de ser nutriz. Assim,o enfermeiro deve agir como facilitador, fornecendo informação e cuidado. Baseados nesta premissa, realizamos um estudocujo objeto foi a orientação do enfermeiro às mães primíparas, com o objetivo de compreender os motivos-para do enfermeiroao orientar primíparas sobre amamentação. Como metodologia nos apropriamos da pesquisa qualitativa, utilizando afenomenologia sociológica de Alfred Schütz. O cenário foi uma Maternidade-Escola, situada no Rio de Janeiro e os sujeitos,os enfermeiros atuantes no Programa de Aleitamento Materno da unidade. Evidenciou-se como resultado que o enfermeiro,ao orientar as primíparas sobre amamentação, espera incentivar a amamentação e alertar sobre suas dificuldades e complicações.Conclui-se que os enfermeiros, na assistência às mães primíparas, podem promover um cuidado diferenciado orientandoacerca do aleitamento, assistindo em um contexto biopsicossocial, desvendando mitos e crenças sobre a amamentação.

In the daily assistance daily we meet women that feel unsafe before the challenge of being nutritious. Thus,the nurse must act as facilitator, providing information and care. Based on this premise we developed a study which objectwas the nurse´s orientation to the primaparous mother, the objective was to understand the nurse´s reasons-for whileorienting breastfeeding to primiparous women. It was used the qualitative research as methodology, using the AlfredSchütz´s phenomenological approach. The research setting was a School-Maternity, located in Rio de Janeiro and thesubjects, the Nurses working in the Maternal Breastfeeding Program of this unit. The results showed nurses? expectationswhen orienting the primiparous about breastfeeding: to foster breastfeeding and alert about its difficulties and complications.In conclusion, nurses when assisting primiparous mothers could promote a differentiated care by orienting aboutbreastfeeding, assisting in a biopsychosocial context, unveiling myths and beliefs about breastfeeding.

En el cotidiano asistencial encontramos mujeres que se sienten inseguras delante del desafío de ser lactante.Así, el enfermero debe actuar como facilitador, proporcionando información y cuidado. Basados en esta premisa realizamosun estudio cuyo objeto fue la orientación del enfermero a las madres primíparas, teniendo como objetivo comprender losmotivos-para del enfermero al orientar primíparas sobre lactación. Como metodología nos apropiamos de investigacióncualitativa, utilizando la fenomenología sociológica de Alfred Schütz. El escenario fue una Maternidad-Escuela, situada en Rio de Janeiro y los sujetos, enfermeros actuantes en el Programa de Lactación Materna de la unidad. Se evidenció como resultado que el enfermero, al orientar las primíparas sobre lactación, espera incentivar la lactación y alertar sobre sus dificultades y complicaciones. Se concluye que los enfermeros, en la asistencia a las madres primíparas, pueden promover un cuidado diferenciado orientando acerca de la lactación, asistiendo en un contexto biopsicosocial desvendando mitos y creencias sobre lactación.

Desvelando o processo de morrer na adolescência: a ótica da equipe de enfermagem / Revealing the process of dying in adolescence: the nursing team´s point of view

Acompanhar o morrer na adolescência foge aos padrões da vida, mesmo para a equipe de saúde que lida rotineiramente com essa realidade. Neste contexto, o estudo teve como objetivo compreender o signifi cado do processo de morrer na adolescência na ótica da equipe de enfermagem. O referencial etodológico utilizado foi a fenomenologia e os sujeitos foram seis técnicos e quatro enfermeiros. Os resultados videnciaram quatro categorias. Ao ver o adolescente morrendo, os profi ssionais: vivenciam a impotência; apoiam-se na crença; colocam-se como familiar; expressam difi culdade em aceitar a morte doadolescente. Conclui-se que os profissionais de enfermagem, diante da realidade da morte de adolescentes, experienciam questões existenciais. Há necessidade de inovações a partir das discussões e refl exões acerca do cuidado do ser adolescente frente à morte e ao morrer. É fundamental que a equipe de enfermagem se aproprie dessa temática, se instrumentalizandotécnica e emocionalmente para cuidar do ser em sua finitude.

Cuidando de adolescentes com câncer: contribuições para o cuidar em enfermagem / The care of adolescents with cancer: contributions to the nursing care

Retratar a temática do câncer é sempre necessário, tendo em vista o grande número de adolescentes acometidos pelo câncer a cada ano. Eles sofrem quando se vêm hospitalizados, presos, diante da morte iminente e seu triste diagnóstico. Tais questões orientam este estudo cujo objetivo é apreender as expectativas de vida do adolescente hospitalizado com câncer. Utilizamos, como referencial teórico, a Teoria do Cuidado Humano de Watson e, para análise, a Fenomenologia Sociológica de Alfred Schutz. O estudo foi realizado com 16 adolescentes internados numa instituição pública da cidade do Rio de Janeiro, em 2002. Os resultados indicam que esses adolescentes, após o diagnóstico do câncer, têm como expectativas a esperança da cura e o retorno às atividades cotidianas, tais como estudar, trabalhar e convívio familiar. O conhecimento e a técnica por si só não dão conta do cuidar do adolescente com câncer. Os cuidadores devem estimulá-los a viver com qualidade, ajudando-os a verbalizarem seus medos, sentimentos, angústias, frustrações e sonhos, possibilitando suporte necessário.

O significado do câncer na adolescência: uma análise compreensiva por portadores de neoplasia / The meaning of cancer in adolescence: a comprehensive analysis for neoplasm carriers

0 câncer consiste num problema social que interfere e afeta não somente o doente, mas a família e a comunidade, pelas suas características de difícil detecção precoce na maioria das localizações no organismo. Retratar tal temática é sempre precedente e necessário. O estudo que desenvolvi tem como recorte as vivências dos adolescentes após o diagnóstico do câncer. A Teoria do Cuidado Humano de Jean Watson foi o referencial teórico para dar conta do cuidar em enfermagem desses adolescentes considerando a necessidade de um olhar humanizado e holístico. Assim, com o objetivo de apreender o tipo vivido adolescente com neoplasia malígna, utilizei como suporte metodológico a Fenomenologia Sociológica de Alfred Schutz. Os sujeitos do estudo foram adolescentes de dez a dezenove anos por compreender que o impacto da doença se dá de forma diferenciada quando esse adolescente sai do seu meio social e de seu cotidiano, para conviver com estranhos, sendo submetido a rotinas que não são as suas. O meio para captar as vivências dos adolescentes foi a entrevista fenomenológica que após a sua obtenção foi realizada a análise minuciosa agrupando trechos afins, para a constituição das categorias concretas, estabelecendo então o tipo vivido adolescente com câncer. Através desse estudo pude apreender que o tipo vivido adolescente com câncer é aquele que mediante o fenômeno da doença ressente-se pela perda da liberdade, percebe-se diferente do grupo ao qual fazia parte, por sentir-se e ver-se com uma aparência feia, mas que passa por outras mudanças em nível interno e subjetivo, exemplificados até mesmo na relação com a família, pois com o surgimento do câncer esperam o retorno ao lar e ao convívio familiar, apoiando-se na mesma, para superar tais momentos. Além do lar e da família, tem fé como meio de suporte e obtenção de seu maior objetivo, a cura, quando vivenciarão um futuro com o retorno à escola e formação para o trabalho. Direcionemos então, o nosso cuidar em enfermagem na estimulação da fé, esperança, nas vivências diárias, não importando com possíveis prognósticos sombrios, que possamos nos pré-ocuparmos em dar qualidade de vida, de existência, possibilitando um cuidado humanizado que englobe o Ser Humano em sua complexidade, corpo, alma e espírito.