As primeiras entrevistas com Marcel: sobre fort-da e entrada em análise / ­The initial interviews with Marcel: on fort-da and entry into analysis / Las primeras entrevistas con Marcel: sobre fort-da y la entrada en análisis

Este trabalho utiliza uma vinheta clínica para ressaltar a importância, nas primeiras entrevistas, do trabalho de retificação subjetiva na entrada em análise, fazendo com que o candidato à análise passe a se reconhecer como partícipe da situação geradora da dor. Assinala como uma memória construída por meio de uma narrativa pode permitir que o passado seja reinventado no presente, dando sentido a pulsões que, não conseguindo advir, não existiam como evento psíquico.

This paper uses a clinical vignette to emphasize the importance, in the initial interviews, of the subjective rectification in the entry into analysis, causing the candidate to analysis to begin to recognize him/herself as a participant of the situation that creates pain. This work points out how a memory built through a narrative can allow the past to be reinvented in the present, making sense of drives which, failing to occur, did not exist as a psychic event.

Este estudio utiliza parte de una experiencia clínica para enfatizar la importancia, en las primeras entrevistas, del trabajo de rectificación subjetiva en el momento de la entrada en análisis, haciendo que el paciente se reconozca como parte de la situación generadora del dolor. Destaca cómo una memoria construida a través de una narrativa puede permitir que el pasado se reinvente en el presente, dando sentido a impulsos que, no consiguiendo manifestarse, no existían como acontecimiento psíquico.

Emancipação versus adaptação: perspectivas na formação psicanalítica / Emancipation versus adaptation: perspectives on psychoanalytic training

O autor aborda alguns problemas que enfrenta a formação psicanalítica buscando enfocar sobretudo questões relativas a emancipação versus adaptação. Apóia-se nos autores Theodor Adorno e Hanna Arendt quando considera a formação um processo que deve conduzir o sujeito à emancipação e não à adaptação. O termo Ausbildung, empregado por Freud para a noção de formação, é retomado e articulado à concepção de formação, entendida como processo que conduz a uma prática de autocrítica, de interrogação, em oposição à noção de modelo. Por fim, tece comentários sobre a formação analítica na Sociedade Psicanalítica de Paris e faz algumas reflexões sobre a ocupação do lugar de analista e sobre a experiência de supervisão

Conheça o analista

O autor apresenta neste artigo algumas dimensões do fazer psicanalítico. Discute conceitos básicos da psicanálise tais como o de formação, inconsciente, linguagem, transferência, primeiras entrevistas, articulados com algumas vinhetas clínicas. Faz um paralelo entre o setting cinematográfico e o settingpsicanalítico, valendo-se de um caso clínico, a fim de melhor discutir o lugar da psicanálise e o lugar do psicanalista(AU)

Sobre a identidade do psicanalista / On the identity of the psychoanalyst

O autor discute o estatuto, o objeto e os objetivos da psicanálise, situando a importância do setting analítico e da transferência como elementos básicos do trabalho analítico. Defende a idéia de que a instauração do processo analítico e sua eficácia estão diretamente associados às possibilidades de o analista manter-se no ôlugar de analistaö. Mantido em seu ôlugarö, o analista não impediria que a meta principal da psicanálise se cumprisse, ao propiciar um movimento mais livre da energia psíquica que criasse a formação de cadeias significantes, a fim de conduzir a um movimento no qual se dêem significações e ressignificações. Apresenta e discute o significado da formação de analista, nela ressaltando a necessidade da análise pessoal, dos estudos teóricos e do trabalho de supervisão. Neste momento, o autor é categórico em destacar a análise pessoal do analista como elemento fundamental na formação de sua identidade e na transmissão da psicanálise. Visando corroborar as reflexões e discussões sobre o tema, são apresentados alguns elementos básicos da formação psicanalítica, por meio do modelo de formação da Sociedade Psicanalítica de Paris. Finalmente, o trabalho indaga sobre quais devem ser os remanejamentos que a psicanálise deverá operar a fim de que a análise não recue diante das ônovas patologias da almaö.

Do pedido de ajuda à demanda de análise: sobre escuta psicanalítica e entrevistas preliminares / From the request for help to the demand for analysis: on psychoanalytic listening during the preliminary interviews

Para o autor, o tempo das entrevistas preliminares - prólogo da análise - apresenta questões fundamentais, cujo manejo, pode ajudar o psicanalista a definir, pelos seus critérios de analisabilidade, a maneira mais adequada de investigar e de encaminhar o processo psicanalítico. Salienta, também, o laço indissociável entre o ato de investigar e um saber que se oferece à transformação. As entrevistas preliminares revelam também a sua importância por meio da possibilidade de poder situar o analista frente ao tipo de demanda que lhe faz o entrevistando-paciente em potencial. Nos casos em que o analista constata ser cabível o método psicanalítico ele visará afirmar o pedido de ajuda em demanda de análise, encaminhando o entrevistado a dar-se conta de sua participação na desordem da qual se queixa. É também salientado neste trabalho o dever que tem o analista de interrogar-se sobre as suas possibilidades de empreender o trabalho analítico com aquele entrevistando, podendo as entrevistas prelimires lhe fornecer elementos para essa auto-interrogação. Quando no entrevistando os processos de representação -simbolização parecem muito frágeis, não havendo o espaço psíquico que possa dar sentido à busca de um sentido inconsciente, onde a palavra é desvalorizada e o analista parece ser mais solicitado na sua pessoa do que na sua função, o analista deverá fazer remanejamentos no enquadre para poder fazer face àquela situação. É ressaltado pelo autor, que o modo específico da escuta e da intervenção analíticas, poderá modificar o sentido que até então o entrevistando vinha dando ao seu sofrimento. É esse novo sentido - buscado ao longo do processo analítico - que nas entrevistas preliminares adquire a função de redirecionar o pedido de ajuda do potencial paciente, podendo, assim, conduzi-lo a uma demanda de análise (AU)

O psicanalista: um artifice e os limites de sua identidade

Neste trabalho, o autor discute a singularidade da formacao do analista, enfatizando a analise pessoal como a pedra angular dessa formacao. E ainda chamada atencao para a maneira paradoxal do fazer psicanalitico, no qual o analista e um artifice que ja antes fora artefato.

Sobre a transferencia na supervisao dita "oficial"

Neste trabalho o autor destaca o momento no qual se torna necessario a figura do supervisor na formacao do analista, suscitada pelos multiplos dasafios com os quais se defronta o analista em formacao. O autor tambem discrimina o papel do supervisor, daqueles desempenhados tanto pelo professor quanto pelo analista. O supervisor, em analogia ao mestre Zan, e situado pelo autor como aquele que conduzira o supervisando a se despojar de todas as formulas, constatando que cada paciente sera sempre uma surpresa.

Sobre a transferência na supervisao dita "oficial". / Regarding transference in the so-called \"official\" supervision

Neste trabalho o autor destaca o momento no qual se torna necessário a figura do supervisor na formaçao do analista, suscitada pelos múl tiplos desafios com os quais se defronta o analista em formaçao. O autor também discrimina o papel do supervisor, daqueles desempenhados tanto pelo professor quanto pelo analista. O supervisor, em analogia ao mestre Zen, é situado pelo autor como aquele que conduzirá o supervisando a se despojar de todas as fórmulas, constatando que cada paciente será sempre uma surpresa

O psicanalísta: um artífice e os limites de sua identidade / The psychoanalyst: an artificer and the limits of his identity

Neste trabalho, o autor discute a singularidade da forma çao do analista, enfatizando a análise pessoal como a pedra angular dessa forma cao. É ainda chamada atençao para a maneira paradoxal do fazer psicanalítico, no qual o analista é um artífice que já antes fora artefato

Enzymatic (PK, CK) levels and genetic counseling in Duchenne muscular dystrophy

Vinte e nove pacientes afetados por diferentes formas de distrofia muscular foram localizados e estudados clinicamente. Os 21 com o tipo Duchenne, tiveram, além disso, seus níveis de piruvato quinase (PK) e creatino quinase (CK) determinados. Sessenta e oito mulheres aparentadas a eles e controles normais foram investigados da mesma maneira. Entre os pacientes os níveis enzimáticos séricos mostraram um aumento da ordem de 15x(PK) e 112x(CK); e seis das oito heterozigotas obrigatórias foram discriminadas usando ambas as enzimas (enquanto a sua utilizaçäo isolada detectou cinco dentre elas). Coeficientes de correlaçäo entre os níveis de PK e CK foram geralmente altos (r:0,79-0,84) para pacientes e portadoras obrigatórias, declinado à medida que a probabilidade de ter o gene anormal também decrescia. O uso concomitante de ambas as enzimas combinado com o máximo de informaçäo disponível para cada genealogia possibilitou estimativas de riscos de heterozigose altos (acima de 80%) e abaixo de 20%) para 80% das mulheres aparentadas a pacientes que solicitaram aconselhamento genético

O homem das vacas

A partir de uma lembrança infantil de seu paciente, Fernando Rocha articulou neste relato, o rigor dos conceitos psicanalíticos com a fluidez das vivências do 'Homem das vacas'. Um trabalho clinico de abordagem semelhante a que Freud desenvolveu em Leonardo da Vinci (AU)

Em marcha a re pela fonte da saudade: da separacao e emergencia do sujeito na cena psicanalitica

Neste trabalho o autor apresenta o relato de uma analise cujo ponto central e a separacao do objeto que permitiu ao analisando a criacao de uma identidade pessoal. O analisando muda do submetimento ao desejo do outro para se tornar sujeito do seu proprio desejo.

Em marcha à ré pela fonte da saudade: da separaçäo e emergência do sujeito na cena psicanalítica / At reverse speed of the longing fountain: on the separation from the object and the emergency of the subject in the psychanalytic scene

Apresenta-se o relato de uma análise cujo ponto central é a separaçäo do objeto que permitiu ao analisando a criaçäo de uma identidade pessoal. O analisando muda do submetimento ao desejo do outro para se tornar sujeito do seu próprio desejo

Narcisismo e experiência clínica

Neste trabalho, Fernando Rocha transmite os fundamentos teóricos que orientam sua escuta e alguma coisa do seu manejo técnico, ao relatar um caso clínico de uma estória de amor louco, ao mesmo tempo estranho e familiar. Fernando Rocha é membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, e da Societe Psychanalytique de Paris(AU)