RESUMO
The present study investigated the male effect on the estrus behaviors, estradiol and progesterone release in prepubertal Saanen goats. Twenty-nine female Saanen goats at 135 ± 10 days old with body weight of 22.8 ± 3.3 Kg were randomly assigned to three treatments: exposure to sexually active male (male treatment), exposure to androgenized females (androgenized female treatment), and prepubertal goats isolated from active male and androgenized females (control treatment). Sexual behaviors associated with estrus were recorded daily, and blood samples were taken weekly to determine estradiol and progesterone concentrations over 24 weeks. The experimental goats subjected to male or androgenized female had significantly higher frequency of estrus (mount acceptance) (P ≤ 0,02), progesterone (P ≤ 0,01), and estradiol (P ≤ 0,01) release than the control goats. Furthermore, goats exposed to a male showed estrus behavior two weeks earlier and maintained this estrus behavior for three weeks more than goats of both female and control treatments. Estrus was observed in 70 % of goats in male and female treatments during the breeding season versus 44 % of the control goats. Finally, significantly more goats subjected to male treatment (60 % of goats) showed progesterone concentrations higher than 1 ng mL-1 (which indicates the presence of a functional corpus luteum) compared to the female and control treatment (40 and 22 % of goats, respectively). These results shows that male treatment significantly increased the number of females showing estrus behavior, estradiol and progesterone release, and the number of animals with a functional corpus luteum, anticipating puberty for experimental goats, suggesting that the male effect could be used to anticipate the onset of puberty in goats.(AU)
O presente estudo investigou o efeito do macho sobre o comportamento do estro, liberação de estradiol e progesterona em cabritas Sannen pré-púberes. Vinte e nove cabritas com 135 ± 10 dias de idade e peso corporal de 22,8 ± 3,3 kg foram submetidas à três tratamentos: macho; fêmeas androgenizadas; controle (mantidas isoladas do efeito macho ou de fêmeas androgenizadas) . Os comportamentos sexuais foram registrados diariamente e as amostras de sangue foram colhidas semanalmente ao longo de 24 semanas. Os tratamentos macho e fêmea androgenizada aumentaram significativamente a ocorrência comportamental do estro (P ≤ 0,02), a concentração de progesterona (P ≤ 0,01) e estradiol (P ≤ 0,01) em comparação ao tratamento controle. As cabritas expostas ao efeito macho anteciparam o comportamento de estro em duas semanas, e o mantiveram por mais três semanas quando comparado às cabritas dos tratamentos fêmea androgenizada e controle. Apenas 44% das cabritas controle foram observadas em estro, sendo que 70% das cabritas submetidas aos tratamentos macho e fêmea androgenizada foram observadas em estro. Além disso, 60% das cabritas expostas ao efeito macho, 40 % das cabritas expostas ao efeito fêmea androgenizada e 22% das cabritas controle apresentaram concentrações de progesterona superiores a 1 ng mL-1, o que indica a presença de corpo lúteo funcional. De fato, o efeito macho aumentou significativamente o número de fêmeas em estro, a concentração de estradiol e progesterona, o número de fêmeas com corpo lúteo funcional, sugerindo que o efeito macho pode ser usado para antecipar o início da puberdade em cabritas Saanen.(AU)