RESUMO
Resumo Este artigo tem como objetivo analisar as novas formas de mal-estar que surgem na contemporaneidade, bem como pensar o papel atualmente exercido pelas empresas na constituição das subjetividades. Utilizamos como eixo teórico principal as contribuições da filosofia e da psicologia existencial, articulando-as aos estudos da psicossociologia. As nossas conclusões são no sentido de que a tematização da nossa condição existencial de sermos-para-a-morte coloca em questão o projeto de um sujeito sem limites e onipotente, que impera nos modos de subjetivação dominantes da sociedade capitalista. Ao mesmo tempo, nos permite uma apropriação mais ampla da nossa existência, abrindo um espaço para a experiência da autenticidade.
Abstract This article aims to analyse the new ways of dicontents that appear in the contemporaneousness, besides to think the role fullfilled nowdays by the enterprises in the constitution of subjectivities. We used as a main theoretical base the contributions of existential philosophy and existential psychology, that are related to the psychosociology studies. Our conclusions are that the thematization of our existential condition of being-for-death calls into question the project of a subject without limits and omnipotent, which prevails in the dominant subjectivation modes of capitalist society. At the same time, it allows for a broader appropriation of our existence, opening a space for the experience of authenticity.
Assuntos
Ansiedade , Trabalho , Morte , Constrangimento , Capitalismo , EmpregoRESUMO
Este artigo tem por objetivo a reflexão, sob o enfoque da fenomenologiahermenêutica, acerca de um tema recorrente para a clínica psicoterápica: a solidão e as relações afetivas. A relação entre solidão e isolamento e a angústia frente à necessidade de controle e de segurança nos relacionamentos, serão analisados à luz do pensamento do filósofo Martin Heidegger, e de outros autores como Medard Boss, enquanto possibilidades de sentido que compõem o horizonte histórico do homem moderno. Neste contexto o papel desempenhado pela psicoterapia não será somente o ajustamento, mas se constituirá em um espaço de meditação, em que se farão presentes outras possibilidades de ser no mundo com o outro.
This paper aims to reflect, under a phenomenological-hermeneutic approach, about a recured complain in psychoterapic setting: loneliness and affective relationships. The connection between loneliness, isolation and anxiety with the necessity of control and security on relationships were analysed. For this we used Martin Heidegger's philosophical thought. We concluded these feelings are possibilities of meaning that constitute the historic experience of modern man. This way, psychotherapy will not intent only an adjustment but will be a setting of medidation, where other possibilities of being in the world with others will be present.
Assuntos
Humanos , Adulto , Afeto , Relações Interpessoais , Isolamento Social/psicologia , Solidão/psicologiaRESUMO
Este artigo tem por objetivo a reflexão, sob o enfoque da fenomenologiahermenêutica, acerca de um tema recorrente para a clínica psicoterápica: a solidão e as relações afetivas. A relação entre solidão e isolamento e a angústia frente à necessidade de controle e de segurança nos relacionamentos, serão analisados à luz do pensamento do filósofo Martin Heidegger, e de outros autores como Medard Boss, enquanto possibilidades de sentido que compõem o horizonte histórico do homem moderno. Neste contexto o papel desempenhado pela psicoterapia não será somente o ajustamento, mas se constituirá em um espaço de meditação, em que se farão presentes outras possibilidades de ser no mundo com o outro.(AU)
This paper aims to reflect, under a phenomenological-hermeneutic approach, about a recured complain in psychoterapic setting: loneliness and affective relationships. The connection between loneliness, isolation and anxiety with the necessity of control and security on relationships were analysed. For this we used Martin Heidegger's philosophical thought. We concluded these feelings are possibilities of meaning that constitute the historic experience of modern man. This way, psychotherapy will not intent only an adjustment but will be a setting of medidation, where other possibilities of being in the world with others will be present.(AU)
Assuntos
Humanos , Adulto , Solidão/psicologia , Afeto , Relações Interpessoais , Isolamento Social/psicologiaRESUMO
Tendo como ponto de partida as modificações ocorridas na Psiquiatria a partir da década de 1950, as quais foram posteriormente denominadas como revolução psicofarmacológica, o autor busca investigar de que forma e com que objetivo o recurso medicamentoso vem sendo utilizado na contemporaneidade. Avalia-se, ainda, o papel desempenhado pela indústria farmacêutica em semelhante contexto. Conclui-se que a medicação tanto pode ser empregada como forma de adequação a um sistema de valores previamente constituído, buscando a solução de todos os conflitos humanos através do recurso medicamentoso, como pode ser um instrumento de libertação e de mudança.
RESUMO
Tendo como ponto de partida as modificações ocorridas na Psiquiatria a partir da década de 1950, as quais foram posteriormente denominadas como revolução psicofarmacológica, o autor busca investigar de que forma e com que objetivo o recurso medicamentoso vem sendo utilizado na contemporaneidade. Avalia-se, ainda, o papel desempenhado pela indústria farmacêutica em semelhante contexto. Conclui-se que a medicação tanto pode ser empregada como forma de adequação a um sistema de valores previamente constituído, buscando a solução de todos os conflitos humanos através do recurso medicamentoso, como pode ser um instrumento de libertação e de mudança(AU)
Assuntos
Psiquiatria , Psicofarmacologia , Indústria FarmacêuticaRESUMO
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a possibilidade do atendimento psicológico mediado pelo computador. Buscamos relacionar a psicoterapia com as descrições das tecnologias da inteligência - a oralidade, a escrita e a informática. Concluímos que a clínica, enquanto entidade instituída, envolve a necessidade da presença física do terapeuta, o que não inviabiliza o esforço de pensarmos outras formas de encontros
Assuntos
Psicoterapia , Terapia Assistida por Computador , Internet/éticaRESUMO
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a possibilidade do atendimento psicológico mediado pelo computador. Buscamos relacionar a psicoterapia com as descrições das tecnologias da inteligência - a oralidade, a escrita e a informática. Concluímos que a clínica, enquanto entidade instituída, envolve a necessidade da presença física do terapeuta, o que não inviabiliza o esforço de pensarmos outras formas de encontros(AU)
Assuntos
Terapia Assistida por Computador , Psicoterapia , Internet/éticaRESUMO
O presente trabalho se propõe a questionar se a admissão da impotência, inserida nos Doze Passos dos Alcoólicos Anônimos, se confronta com a noção sartreana de liberdade, marcando uma posição tomada pelo AA de entender o alcoolismo como uma compulsão, em que somente a ação de uma força externa pode proporcionar a recuperação. Os autores concluem que, se a programação dos Doze Passos tem sido tão repleta de êxitos, é porque ela, mesmo sem disso dar-se conta, vem trabalhando com a dimensão da escolha, que permite que cada um possa, a todo momento, determinar seu destino.
RESUMO
O presente trabalho se propõe a questionar se a admissão da impotência, inserida nos doze passos dos alcoólicos anônimos, se confronta com a noção sartreana de liberdade, marcando uma posição tomada pelos AA de entender o alcoolismo como uma compulsão, em que somente a ação de uma força externa pode proporcionar a recuperação. Os autores concluem que, se a programação dos doze passos tem sido tão repleta de êxitos, é porque ela, mesmo sem disso dar-se conta, vem trabalhando com a dimensão da escolha, que permite que cada um possa, a todo momento, determinar seu destino (AU)
Assuntos
Estudo Comparativo , Humanos , Adulto , Alcoolismo/terapia , Alcoólicos Anônimos , LiberdadeRESUMO
O presente artigo visa fazer uma análise fenomenológico-existencial da relação interpretativa estabelecida entre o homem e o mundo. Em Heidegger, encontram-se subsídios para pensar a doença como decorrência da dificuldade de se suportar a relação de abertura com o mundo, onde novos sentidos continuamente se desvelam. Pensa-se, então, em que medida os sentidos conferidos por uma compreensão religiosa podem colaborar com esta restrição. Por fim, questiona-se a possibilidade de que a experiência religiosa possa ser, em alguns casos, promotora de uma abertura de sentidos
Assuntos
Fenômenos Psicológicos , ReligiãoRESUMO
O presente artigo visa fazer uma análise fenomenológico-existencial da relação interpretativa estabelecida entre o homem e o mundo. Em Heidegger, encontram-se subsídios para pensar a doença como decorrência da dificuldade de se suportar a relação de abertura com o mundo, onde novos sentidos continuamente se desvelam. Pensa-se, então, em que medida os sentidos conferidos por uma compreensão religiosa podem colaborar com esta restrição. Por fim, questiona-se a possibilidade de que a experiência religiosa possa ser, em alguns casos, promotora de uma abertura de sentidos (AU)