QT interval prolongation associated with low magnesium in chronic alcoholics.

BACKGROUND: Alcoholism is a psychoactive drug-dependence with high prevalence throughout the world. Alcoholism has already been shown to be associated with electrical heart disorders, such as QT interval prolongation. Long QT, rare among healthy individuals (0.0017-0.31%), can trigger tachyarrhythmias and sudden death and might be caused by alcohol consumption itself and the resulting hypomagnesaemia. METHODS: This case-control study assessed active alcoholics and alcoholics who have been abstinent for at least seven days to compare changes in electrocardiographic, clinical and laboratory analyses among groups. RESULTS: A total of 166 alcoholics were evaluated, of which 62 were active and 104 abstinent alcoholics. Long QT was more prevalent among active alcoholics compared to abstinent alcoholics (16% vs. 2%, respectively, odds ratio (OR) 9.81, p=0.011), as was hypomagnesaemia (23% vs. 10%, OR 3.11, p=0.013). Serum magnesium levels were inversely proportional to the length of the corrected QT interval among active alcoholics (ß=-35.1ms, p=0.005). CONCLUSIONS: Active chronic alcoholics exhibited a higher association of long QT and hypomagnesaemia. Low serum magnesium levels were predictive of QT interval prolongation. Because the above changes potentially trigger fatal arrhythmias, it is of fundamental importance to consider the diagnostic possibility by routinely requesting electrocardiograms and serum magnesium level assessment during the treatment of chronic alcoholic patients.

Qual o melhor momento para o tratamento intervencionista da angina instável e do infarto agudo do miocárdio não-Q? / What is the best timing for interventional treatment of acute coronary syndrome without ST elevation?

As síndromes coronarianas agudas sem supradesnivelamento do segmento ST - angina instável e infarto sem onda Q - são manifestações graves da doença coronariana e freqüentemente exigem uma tomada de decisão rápida por parte do clínico. Neste momento, pode-se optar por duas estratégias principais. A estratégia invasiva indica a cinecoronariografia rotineiramente, logo após a estabilização clínica, seguida de revascularização sempre que necessária, excetuando-se as contra-indicações. A estratégia conservadora reserva a coronariografia para os pacientes que apresentarem angina refratária, indicadores clínicos e eletrocardiográficos de alto risco, ou provas funcionais com isquemia importante. O uso dessas estratégias não apresenta uniformidade entre os cardiologistas do mundo; por isso, vários estudos randomizados foram realizados para verificar qual a melhor dessas estratégias. Os primeiros ensaios clínicos não demonstraram superioridade de uma estratégia sobre a outra, ou mostraram uma vantagem apenas marginal para a estratégia conservadora. Esses estudos, porém, ainda não contavam com avanços surgidos recentemente para o tratamento dessas síndromes, como heparinas de baixo peso molecular, inibidores da glicoproteína IIb/IIIa, e uso rotineiro dos stents na revascularização miocárdica percutânea. Comparações posteriores que dispuseram desses avanços demonstraram melhores resultados com a estratégia invasiva na prevenção de eventos cardíacos adversos, embora a diminuição da mortalidade não tenha sido confirmada. Os consensos atuais recomendam a estratégia invasiva apenas para alguns grupos de alto risco. À luz dos últimos dados, a estratégia invasiva aparece como a alternativa mais promissora, e isso poderá ter impacto na elaboração de novas recomendações nos próximos anos.