RESUMO
Este texto apresenta um estudo sobre a política curricular implementada no Estado de São Paulo nas décadas de 1980 e 1990 para as primeiras séries do ensino fundamental. Examina o currículo prescrito cotejando-o com os contextos práticos de desenvolvimento do currículo. A pesquisa revela que a política curricular desse período articulou-se fortemente com a produção acadêmica em educação. Ressalta ainda a continuidade na política de produção de materiais de orientação curricular nos últimos 20 anos, buscando difundir e tornar hegemônico um pensamento pedagógico inovador. Também verifica que esses materiais circularam de diferentes formas na rede de ensino e foram apropriados de maneira seletiva pelos professores que adotaram, sobretudo, as indicações práticas(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Educação , Ensino Fundamental e Médio , Instituições Acadêmicas , Psicologia Educacional , Brasil , Epidemiologia , História do Século XXRESUMO
Problematiza aspectos da politica curricular, apresentando um estudo comparado entre duas propostas curriculares para as quatro primeiras series do ensino fundamental - os Guias de ensino para a escola primaria, editados pelo MEC em 1962, e as Propostas curriculares para o ensino de primeiro grau, editadas pela Secretaria de Educacao do estado de Sao Paulo (Seesp), em 1991, elaborados em momentos diferenciados da historia da educacao brasileira, com o objetivo de orientar a pratica docente e melhorar a qualidade do ensino publico. Destaca os pressupostos politicos, sociais, epistemologicos e didatico-pedagogicos que nortearam as duas propostas, o significado politico como estrategia de controle do conhecimento e assinala as implicacoes desses dispositivos para a pratica pedagogica e a profissionalizacao docente.