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Biota Neotrop. (Online, Ed. ingl.) ; 18(3): e20170493, 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-951194

RESUMO

Abstract: We examined size-related and seasonal changes in the diet of the peacock bass Cichla kelberi in a tropical lowland reservoir in southeastern Brazil over three hydro-climatic seasons: summer (high rainfall and temperature), winter (low rainfall and temperature), and late spring (increasing rainfall and temperature) during two years (2006-2007). The tested hypothesis is that this non-native predator fish changes diet during the subadult and adult phases and among seasons to adapt in new colonized environment. Fishes of the families Clupeidae (Platanichthys platana), Characidae (Astyanax spp.) and Cichlidae (Cichla kelberi) were the most important food items, followed by insects of the order Odonata. Cannibalism was also recorded for the largest individuals. A significant size-related change in diet was found with the smallest individuals (Total Length, TL < 20 cm) preying mainly on fishes, whereas the larger individuals (TL > 30 cm) preyed mainly on Odonata. The niche breadth increased during growth, with the largest individuals having a diet more evenly distributed among the available resources. No significant seasonal differences in diet composition were found, but stomachs with higher degree of volume occupied by food were more frequent in late spring than in summer. Conversely, the highest niche breadth was found during the summer compared to the other seasons. Together, these observations suggest an efficient use of the available resources by this top predator in this new colonized system.


Resumo: Foram examinadas as mudanças sazonais na dieta e relacionadas ao tamanho para o tucunaré Cichla kelberi em um reservatório tropical de várzeas no Sudeste do Brasil em três ciclos hidrológicos: verão (elevadas precipitações e temperaturas), inverno (baixas precipitações e temperaturas), e final da primavera (aumentos das precipitações e temperaturas) durante dois anos (2006-2007). A hipótese testada é que este peixe predador não-nativo muda a dieta durante as fases adulta e subadulta e entre as estações do ano para se adaptar neste novo ambiente colonizado. Peixes das famílias Clupeidae (Platanichthys platana), (Characidae (Astyanax spp.) e Cichlidae (Cichla kelberi) foram os itens alimentares mais importantes, seguidos por insetos da ordem Odonata. O canibalismo também foi registrado para os maiores indivíduos. Mudanças significativas na dieta foram relacionadas ao tamanho, com os indivíduos menores (Comprimento Total, CT <20 cm) utilizando principalmente peixes, enquanto os indivíduos maiores (CT >20 cm) se alimentaram principalmente de Odonata. A amplitude de nicho aumentou ao longo do crescimento, com indivíduos de maior porte tendo dieta mais uniformemente distribuída entre os recursos disponíveis. Nenhuma diferença significativa na composição da dieta foi encontrada entre as estações do ano, mas estômagos com maiores volumes ocupados pelo alimento foram mais frequentes no fim da primavera e menos frequentes no verão. Por outro lado, a maior amplitude de nicho foi encontrada no verão comparada com as outras estações, o que indica o uso mais uniforme dos diversos recursos disponíveis. Juntas, estas observações sugerem uma utilização eficiente dos recursos disponíveis por esta espécie predadora de topo neste novo sistema colonizado.

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