RESUMO
Segundo o Ministério da Saúde, gestações de alto risco correspondem a uma parcela das gestações no Brasil, e o histórico de óbito fetal e/ou neonatal indica a necessidade de maior atenção. Este estudo, de caráter qualitativo, investigou a vivência da maternidade de cinco gestantes internadas na Unidade de Gestação de Alto Risco de um Hospital Público de Porto Alegre e que tinham histórico de perda fetal ou neonatal. Os resultados indicam que a vivência de perda pode impactar em nova gestação, em relação aos sentimentos, acarretando em medo intenso, ao cuidado de si, que parece ser reforçado, e às expectativas de futuro, que mostram-se pouco concretas. Diante disso, considera-se importante oferecer espaço de escuta das vivências atuais de gestantes de alto risco, especialmente aquelas com histórico de perda fetal e/ou neonatal, a fim de amenizar o sofrimento psíquico, e prevenir desencontros futuros na relação mãe-bebê