Alterações no metabolismo ósseo e mineral de indivíduos jovens portadores do HTLV-1 e suas correlações com o polimorfismo na região promotora do gene da interleucina 6 / Changes in bone and mineral metabolism of young people with HTLV-1 and their correlation with the polymorphism in the promoter region of the interleukin 6 gene

Osteoporose é uma doença comum em mulheres pós - menopausadas com graves conseqüências em termos de morbidade e mortalidade. Esta doença foi recentemente reportada entre indivíduos portadores de TSP/ HAM . A fim de estimar a prevalência de alterações do metabolismo ósseo e mineral em indivíduos jovens, assintomáticos, portadores do HTLV - 1, realizamos um estudo de corte transversal, avaliando voluntários, oriundos do Centro de Referência em HTLV da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em Salvador. Quarenta e sete portadores saudáveis do HTLV - 1, assintomáticos para TSP/HAM e 108 indivíduos saudáveis, não portadores do vírus, com idades entre 20 e 45 anos foram avaliados. Marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo foram analisados e a densidade mineral óssea (DMO) foi determinada utilizando-se a Densitometria óssea (colo do fêmur e coluna lombar (L 1 - L4)). Densidade óssea reduzida foi definida como um Z - score <-1 (valores comparados com uma população padrão do mesmo sexo e idade). Redução da DMO foi encontrada em 15 dos 47 indivíduos HTLV – 1 infectados (31,9 por cento) e em 12 dos 108 Indivíduos não portadores (11,1 por cento) , (OR = 3,75; IC 95 por cento: 1,59 - 8,85). Na análise de regressão logística, indivíduos HTLV – 1 infectados estavam mais susceptíveis a apresentar densidade óssea reduzida (OR = 3,48; IC 95 por cento, 1,29 - 9,43) quando ajustado para baixo nível de educação, IMC e cálcio sérico. O presente estudo demonstrou uma alta prevalência de redução da DMO entre jovens saudáveis portadores do HTL V - 1. Investigações prospectivas são necessárias para determinar a evolução dos distúrbios ósseos nesses indivíduos.

Prevalência de alterações dos níveis plasmáticos de osteocalcina em indivíduos portadores do virus da imunodeficiência humana tipo 1 / Prevalence of changes in plasma levels of osteocalcin in individuals of the human immunodeficiency virus type 1

Pacientes infectados pelo HIV apresentam alterações no metabolismo ósseo e mineral aparentemente relacionadas à infecção. Osteopenia tem sido associada à terapia com inibidores de protease. Porém, interação do HIV com células do esqueleto e da matriz óssea, assim como, ativação crônica de células T e produção anormal de citocinas podem afetar a função de osteoblastos e osteoclastos mesmo antes do uso de terapia. O objetivo deste estudo foi o de investigar a influência da infecção pelo HIV nos níveis séricos do marcador de formação óssea osteocalcina. Realizamos um estudo secdonal no qual avaliamos 69 indivíduos portadores do HIV [ homens, 21 mulheres, idade média 1 (sd): 33 anos ± 4] antes do uso de terapia antiretroviral. Para fins de comparação, 50 indivíduos HIV negativos foram testados como controles. Com objetivo de analisar uma possível relação ntre os níveis séricos de osteocalcina e a severidade da doença o grupo HIV + foi agrupado - de acordo com seus níveis de linfócitos T CD4 - em três grupos de 23 indivíduos: Grupo 1 CD4 que 500, Grupo 2 CD4 entre 499 e 200 e Grupo 3 CD4 que 199. Níveis de osteocalcina foram mensurados por um ensaio imunométrico (DPC Corp., Los Angeles, CA) detectando a fração intacta da osteocalcina (1-49) com valores de referência variando de 3,1 a 13,7 ng/mI. Quando comparando mais de dois grupos, o teste de Kruskal-WaIIis foi utilizado. Quando uma diferença estatisticamente significante era encontrada o teste U, Mann-Whitney foi usado para determinar as diferenças entre cada par de grupos. Coeficientes de correlação foram calculados utilizando o teste de Spearman. Valores de P foram considerados significantes quando < 0,05. Redução de níveis sericos de osteocalcina foram encontrados em 43,5 % dos indivíduos HIV positivos e em 16% dos controles [ odds ratio (OR) 4,04; intervalo de confiança 95% 1,68-9,69]. N houve diferença estatisticamente significante nos níveis de osteocalcina, quando comparada...