RESUMO
As lesões na cavidade oral compreendem as mais frequentes complicações da quimioterapia antineoplásica, devido à alta sensibilidade das estruturas orais aos efeitos tóxicos dos quimioterápicos. O objetivo deste trabalho foi registrar as complicações orais mais comuns em pacientes submetidos à quimioterapia do câncer, relacioná-las ao sexo e à idade, determinando a frequência dessas lesões e a possível interação com a medicação quimioterápica em uso. Este trabalho foi realizado na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, no município de Itajaí/SC. Foram analisados os prontuários dos pacientes, registrando dados pessoais e aspectos referentes à patologia de cada um deles. Foi efetuado um exame clínico oral para avaliar as lesões desses pacientes. A tabulação dos dados foi efetuada por meio da distribuição de frequência relativa de cada tipo de lesão encontrada, segundo faixa etária, gênero e medicação utilizada. Os resultados foram: o gênero mais frequente foi o feminino (60 por cento); a idade mais afetada foi acima de 50 anos (57,8 por cento); o tumor mais frequente foi o de mama (11 casos); as manifestações orais encontradas foram xerostomia (46 casos), afta (dois casos), herpes (dois casos), candidíase (um caso) e mucosite (um caso). A maioria dos pacientes apresentou algum tipo de manifestação oral, sendo a xerostomia a mais frequente; as infecções orais mais encontradas foram a candidíase e a herpes; o maior número de pacientes foi do gênero feminino; a faixa etária mais prevalente foi acima de 50 anos em ambos os gêneros. A manifestação oral mais prevalente quanto à interação com os medicamentos foi a xerostomia