RESUMO
Os animais são parte integrante da sobrevivência humana e têm sido usados na alimentação, na caça, nos esportes, no transporte, nas cerimônias religiosas e sacríficos. Nos experimentos científicos os animais vêm sendo utilizados há muitos anos, como forma de se compreender a anatomia, fisiologia, diferentes processos biológicos e reações em que se possa aprimorar o conhecimento nos mecanismos das doenças e na busca por avanços na área da saúde. Neste sentido, a melhoria e a padronização das condições de criação, manutenção e de experimentação dos animais tornam-se fatores imprescindíveis para o controle dos resultados e o avanço das técnicas empregadas. Dito isto, o bioterismo assume um papel de grande importância no desenvolvimento de protocolos cujos requisitos são a confiabilidade e a reprodutibilidade. Seguindo uma tendência mundial, projetos contemporâneos de pesquisa estão cada vez mais aplicando os princípios dos "3Rs" para a realização de experimentação animal, ou seja, com foco na substituição, redução e refinamento. O objetivo do presente estudo é explanar sobre a utilização de animais de biotério, destacando sua significância no avanço científico e na promoção da saúde. Para o desenvolvimento deste trabalho, realizamos uma busca abrangente de artigos científicos nas principais bases de dados, reunindo uma variedade de informações relevantes para a nossa pesquisa, seguida por uma triagem para selecionar as publicações mais pertinentes, considerando a relevância e a credibilidade das fontes, além da consistência dos dados apresentados nos estudos. Apresentamos exemplos de modelos animais e suas respectivas contribuições para a ciência e saúde humana. Diante do dilema ético entre atenuar o sofrimento animal e privilegiar a busca pelo conhecimento científico consideramos que o modo mais resoluto de seguir este caminho é com pesquisas bem delineadas, incorporação dos princípios dos 3Rs e envolvendo a comunidade científica e a população em geral.